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quarta-feira, fevereiro 5, 2025
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Como Profissionais de Segurança Podem se Tornar Líderes Estratégicos

A transição de um técnico em segurança cibernética para um estrategista corporativo exige mais do que conhecimento técnico. Essa jornada passa pela necessidade de traduzir complexidades técnicas em conceitos claros e compreensíveis, permitindo que os executivos e conselhos compreendam o impacto da segurança no negócio. Sem isso, o profissional corre o risco de ser ignorado em discussões importantes e perder espaço nas decisões estratégicas.

O Desafio de Falar a Língua dos Conselhos

Um dos maiores obstáculos enfrentados pelos profissionais de segurança cibernética é comunicar de forma problemática questões técnicas para executivos com pouca familiaridade no tema. Muitos, ao iniciarem suas carreiras, subestimam a importância de simplificar o discurso, acreditando que a profundidade técnica é suficiente para convencer a liderança.

Porém, a realidade mostra que dominar a “linguagem do negócio” é um fator decisivo. Traduzir temas como proteção de dados, vulnerabilidades ou ataques cibernéticos em riscos corporativos tangíveis é essencial para garantir que a segurança seja vista como uma área estratégica, e não apenas um custo.

Uma Experiência Transformadora

Durante um evento internacional, um palestrante usou uma analogia poderosa para demonstrar o impacto de uma comunicação desconectada. Ele apresentou um slide com uma sequência de DNA cheia de termos técnicos e, após dois minutos explicando, destacou que aquela era a sensação que os executivos tinham ao ouvir técnicas de segurança desenvolvidas. Esse exemplo se tornou um divisor de águas para muitos profissionais, que perceberam a necessidade de adaptar seu discurso ao público.

Esse tipo de abordagem ajuda a criar uma conexão com a audiência e garante que as discussões sobre segurança sejam relevantes para o contexto da organização, evitando o uso de jargões técnicos que só aumentam a desconexão.

Conectando Segurança e Risco

Executivos e conselhos corporativos entendem e trabalham em cima de riscos. Portanto, um dos caminhos mais eficazes para envolver essas audiências é vincular temas de segurança a riscos que impactam a operação, concessão e conformidade da empresa.

Quantificar os riscos cibernéticos em termos financeiros, por exemplo, pode ser uma estratégia poderosa. Ferramentas e metodologias, como a FAIR (Análise Fatorial de Risco de Informação), ajudam a traduzir ameaças técnicas em valores financeiros. Essa prática permite que os conselhos compreendam a gravidade das situações e façam escolhas com base em dados claros e objetivos.

O Papel do Profissional de Segurança na Estratégia Corporativa

Para evoluir de um especialista técnico para um parceiro estratégico, o profissional de segurança precisa desenvolver habilidades além do campo técnico. Soft skills, como comunicação executiva, visão estratégica e empatia, são indispensáveis. Esses atributos permitem que o profissional se alinhe aos objetivos organizacionais e construa pontes entre a segurança cibernética e as outras áreas da empresa.

Uma jornada para alcançar esse nível exige dedicação, prática constante e, em muitos casos, o aprendizado com profissionais mais experientes. Adotar uma visão mais ampla, que considere o impacto das decisões em toda a organização, é essencial para tomar decisões estratégicas com maior precisão. Essa abordagem não apenas melhora o processo de decisão, mas também ajuda os profissionais de segurança a se destacarem como líderes confiáveis ​​na gestão.

Habilidades Essenciais para o Futuro

Para quem deseja alcançar posições de liderança ou até mesmo integrar conselhos corporativos, algumas competências são essenciais:

  1. Comunicação Executiva: Ser capaz de traduzir conceitos técnicos em negociações corporativas claras e diretas.
  2. Visão Estratégica: Alinhar iniciativas de segurança aos objetivos de longo prazo da organização.
  3. Entendimento do Negócio: Conhecer profundamente as operações da empresa e os riscos inerentes ao setor.
  4. Soft Skills: Desenvolver habilidades interpessoais para construir relacionamentos e liderar equipes.
  5. Capacidade de Adaptação: Permanecer flexível e atualizado em um cenário digital que muda constantemente.

Treinamentos específicos, como cursos de gestão de risco ou formação para conselheiros, podem ser grandes aliados no desenvolvimento dessas competências e na preparação para interações mais estratégicas.

Conclusão

A jornada do profissional de segurança cibernética, do técnico ao estratégico, é repleta de desafios e aprendizados. No entanto, aqueles que se dedicam a desenvolver habilidades de comunicação, visão de negócios e competências interpessoais podem se destacar e assumir posições de liderança. À medida que as organizações enfrentam ameaças cada vez mais complexas, esses profissionais desempenham um papel vital ao traduzir a complexidade técnica em decisões estratégicas que protegem e fortalecem o negócio.

A chave para o sucesso nessa evolução é simples: comunicar com clareza, conectar segurança aos riscos empresariais e se posicionar como um parceiro estratégico.

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