Iniciativa liderada pelo senador Esperidião Amin visa articular ações entre governo, empresas e sociedade civil para blindar o país contra ataques cibernéticos.
Brasil avança na construção de uma Política Nacional de Cibersegurança
O Senado Federal sediou, nesta terça-feira (25), a cerimônia oficial de instalação da Frente Parlamentar de Apoio à Cibersegurança, uma iniciativa que promete mudar o rumo da proteção digital no país. Liderada pelo senador Esperidião Amin (Progressistas-SC), a frente reúne nomes de peso do Congresso Nacional e nasce com a missão de construir uma Política Nacional de Cibersegurança, integrando o Executivo, o Legislativo, o setor privado, academia e a sociedade civil.
O Itshow acompanhou presencialmente o evento ao lado do Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC), registrando o engajamento direto de parlamentares como os senadores Marcos Pontes, Sérgio Moro, Hamilton Mourão, Damares Alves, Jorge Seif, além de deputados como Tabata Amaral, Rony Vanzof, Jorge Ramos, entre outros.
A criação da frente surge em um contexto de escalada nos ataques cibernéticos, que já atingem todos os tipos de instituições, governamentais e privadas. Com foco em conscientização, integração multissetorial e a necessidade de criação de uma agência nacional de defesa cibernética, a frente pretende mobilizar esforços técnicos, legislativos e culturais.
“A segurança cibernética é um tema transversal que afeta todos os setores do país, sem qualquer distinção, e pode impactar o futuro de todos.” — Senador Marcos Pontes
“O Brasil não está preparado para os desafios cibernéticos atuais, e precisamos agir agora para não ficar para trás.” — Deputada Tabata Amaral
Durante o lançamento, o senador Marcos Pontes — ex-ministro de Ciência e Tecnologia e astronauta brasileiro — destacou a gravidade dos riscos digitais para a infraestrutura crítica do país, incluindo sistemas bancários, redes elétricas e hospitais. Ele defendeu uma abordagem integrada com educação em cultura digital e reforçou a urgência da cooperação internacional.
A deputada Tabata Amaral também alertou para o impacto direto dos crimes digitais em populações vulneráveis, como idosos, mulheres e crianças, e reforçou a necessidade de respostas legislativas rápidas. Ela anunciou a articulação de uma CPI sobre crimes digitais na Câmara dos Deputados, que deve atuar em sintonia com os objetivos da nova frente.
Cibersegurança como prioridade estratégica
Com a presença do Ministro da Defesa, José Múcio, o evento ganhou contornos de estratégia nacional. Parlamentares como Senadora Damares Alves e o Senador Hamilton Mourão reforçaram a importância da frente como espaço institucional para debates técnicos e políticos sobre proteção digital, inteligência artificial e proteção de dados.
A instalação da frente ocorre em meio a movimentações no Congresso para consolidar marcos regulatórios que envolvem segurança digital, combate à desinformação, rastreabilidade de dados e regulação de IA. Especialistas apontam que a criação de uma frente com essa amplitude pode acelerar a tramitação de projetos essenciais e criar pontes entre a iniciativa privada e o setor público.
Próximos passos e articulação com o setor privado
Além da formulação legislativa, a frente pretende ouvir empresas, startups, universidades e especialistas em cibersegurança. O senador Esperidião Amin destacou que o colegiado será “um canal aberto para receber sugestões, críticas e colaborações técnicas”, com reuniões regulares e painéis temáticos.
A presença maciça de parlamentares e especialistas no auditório do Senado é um indicativo claro de que o tema entrou de vez na agenda estratégica nacional. A expectativa agora é que a frente atue como catalisador de políticas públicas e boas práticas de segurança digital, com reflexos diretos no ambiente de negócios, especialmente para CIOs, CISOs e líderes de TI corporativos.
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