Já está no ar o segundo episódio da primeira temporada do Jornada CIO, uma série focada nos principais desafios da TI moderna, transformação digital e resiliência operacional.
No seguindo epsodio, com a participação de Ana Paula Negoro, CIO da Aché Laboratórios Farmacêuticos; Rodrigo dos Anjos, CIO com experiência em setores como agro e saúde; e Aldir Rocha, sócio-diretor da Lozinsky Consultoria. Sob a mediação de Márcio Montagnani. Márcio Montagnani, do Itshow.
O debate aprofundado trouxe reflexões sobre o papel fundamental do CIO para o sucesso das organizações, a importância da cultura para a transformação digital, a governança de TI e a liderança empática em ambientes corporativos cada vez mais complexos.
O CIO no centro das decisões estratégicas
Ao longo do episódio, os convidados destacaram que a tecnologia deixou de ser uma área de suporte para se tornar protagonista na continuidade e crescimento dos negócios. Rodrigo dos Anjos reforçou que “sem TI, não há futuro organizacional possível”. Para ele, o CIO precisa se posicionar como um executivo estratégico, capaz de dialogar com as demais lideranças sobre ROI, EBITDA e planos de expansão.
Ana Paula Negoro complementou afirmando que o desafio do CIO moderno está em equilibrar tecnologia, pessoas, operação e resultados. “É como girar vários pratinhos simultaneamente”, explicou, ressaltando que o profissional precisa desenvolver habilidades interpessoais e de negócio para manter todas as frentes ativas sem comprometer a estabilidade da operação.
Cultura organizacional e maturidade digital
Segundo Aldir Rocha, entender o nível de maturidade digital da empresa é essencial para que o CIO tenha sucesso. Ele reforça que, especialmente em organizações com culturas mais tradicionais, é necessário agir com estratégia e construir alianças internas. “Não adianta forçar uma transformação sem ler o cenário e formar parcerias dentro da empresa”, afirmou.

Os executivos também discutiram casos reais de transformação digital, incluindo iniciativas que partiram de áreas com maior pressão por inovação, como serviços em campo e que acabaram servindo de vitrine para setores mais conservadores dentro da mesma organização.
Governança: do improviso à excelência
A governança de TI foi apontada como fundamental para escalar inovação, garantir eficiência operacional e gerar valor. Rodrigo destacou que “governança é o asfalto da TI moderna”, explicando que sem ela as decisões são tomadas no improviso, com alto custo e baixo retorno.
A discussão também abordou a subutilização de soluções tecnológicas, um problema recorrente em grandes empresas. Para os convidados, o CIO precisa ser protagonista na definição de arquitetura e na governança das soluções, assegurando que elas estejam integradas às necessidades reais do negócio.
Segurança psicológica, liderança empática e retenção de talentos
Um dos trechos mais marcantes do episódio foi o debate sobre segurança psicológica nas equipes de TI. Rodrigo citou estudos que comprovam a relação direta entre ambientes emocionalmente seguros e a capacidade de inovação. “Onde não se pode errar, não se inova”, afirmou.
Ana compartilhou a experiência de lidar com turnover elevado durante a pandemia e destacou que a retenção de talentos depende de ambientes que promovam diálogo, confiança e apoio real aos profissionais. A liderança empática, segundo ela, é parte da responsabilidade do CIO e deve estar alinhada às novas gerações que ingressam no mercado.
Para onde vai a liderança de TI?
Ao final do episódio, os executivos refletiram sobre o futuro da função. Comunicação clara, domínio de finanças, entendimento profundo do negócio, empatia e protagonismo estratégico foram apontados como habilidades essenciais. Aldir ainda acrescentou a importância de o CIO compreender os dilemas do setor em que atua e também os dilemas sociais mais amplos, como saúde mental e transformação cultural.
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