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sábado, junho 7, 2025
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Sirena 2025: Marina Ciavatta fala de engenharia social e conscientização

Durante a cobertura exclusiva do portal It Show na primeira edição do Sirena Human Risk & Cybersec Conference, realizada em 29 de maio em São Paulo e organizada pela Hekate Inc., Márcio Montagnani, diretor de portfólio e novos negócios da Biz Group e colunista do It Show, entrevistou Marina Ciavatta, co-idealizadora da Hekate Inc. e especialista em engenharia social. Ela destacou os desafios críticos que o risco humano impõe à segurança digital, ressaltando a urgência da conscientização integrada e da adaptação às novas ameaças.

“A engenharia social é uma ameaça crescente e ainda subestimada no Brasil. Precisamos ampliar o diálogo sobre proteção e educação, tanto dentro quanto fora das empresas,” afirmou Marina.

A importância da conscientização além do setor técnico

Marina enfatizou a carência de espaços dedicados que integrem profissionais de conscientização, segurança da informação, governança e prevenção a fraudes. Segundo ela, é fundamental que eventos e programas de conscientização contemplem toda a organização, não apenas a área técnica.

“Faltava um evento que reunisse especialistas de diversas áreas para trocar experiências e superar desafios comuns,” destacou.

Ela também ressaltou a evolução dos materiais educativos, que agora são elaborados em linguagem acessível para diferentes públicos, facilitando o engajamento de executivos e setores estratégicos.

Simulações reais: o impacto dos testes de engenharia social

Marina compartilhou sua experiência direta na aplicação de testes de invasão social que simulam ataques reais para revelar vulnerabilidades práticas — como o acesso físico pela porta aberta e senhas expostas — e o efeito transformador dessa abordagem.

“Demonstrar o ataque na prática provoca um choque que gera mudanças culturais profundas na empresa,” explicou.

Além disso, salientou que esses testes são essenciais para engajar departamentos como RH, financeiro e marketing, expandindo a cultura de segurança para além da TI.

Inteligência artificial e os novos riscos no horizonte

A inteligência artificial, embora ainda em estágio inicial, já representa um desafio significativo, principalmente com a disseminação de deepfakes e clonagens de voz que dificultam a identificação de fraudes.

“A IA acelera as ameaças cibernéticas, exigindo uma resposta rápida em conscientização e educação para que colaboradores estejam preparados,” destacou.

Este cenário reforça a necessidade de investimentos contínuos em capacitação digital para mitigar os riscos emergentes.

Segurança como prática cotidiana

Para Marina, segurança digital deve ser encarada como um hábito tão natural quanto trancar a porta de casa, um reflexo indispensável da responsabilidade individual e coletiva na proteção dos dados e da identidade.

“Incorporar a segurança no dia a dia é essencial para garantir proteção efetiva contra as ameaças atuais,” concluiu.

Contextualização: a relevância do Sirena Human Risk & Cybersec Conference

O Sirena Human Risk & Cybersec Conference, realizado pela primeira vez em São Paulo, trouxe ao centro das discussões o fator humano como um dos principais vetores de risco na segurança da informação. Organizado pela Hekate Inc., o evento reuniu líderes de TI, especialistas em cibersegurança, profissionais de governança e representantes de diversos setores para debater estratégias que integram tecnologia e conscientização.

Com o avanço constante das ameaças digitais, fica claro que soluções técnicas, por si só, não são suficientes para proteger as organizações. A participação ativa e o engajamento de todas as áreas, aliados a uma cultura de segurança robusta, são essenciais para mitigar riscos relacionados ao comportamento humano, que permanece como o elo mais vulnerável.

Além disso, o evento ressaltou a importância da inovação em programas educacionais que possam acompanhar a evolução das ameaças, incluindo o impacto das novas tecnologias, como a inteligência artificial. Para a alta liderança de TI, a mensagem foi clara: investir em conscientização e cultura organizacional é tão crítico quanto implementar as ferramentas tecnológicas mais avançadas.

Essa perspectiva integrada representa um avanço fundamental para o setor, especialmente no contexto brasileiro, onde a engenharia social tem se mostrado um dos maiores desafios para a segurança cibernética corporativa.

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