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China atinge novo marco com sistema de computação quântica atômica em larga escala

Nesta terça-feira, 12 de agosto de 2025, a Universidade de Ciência e Tecnologia da China (USTC), em colaboração com o Centro de Ciência Quântica de Xangai, anunciou a construção do maior sistema de computação quântica atômica do mundo. A equipe, liderada pelos pesquisadores Pan Jianwei, Lu Chaoyang e Zhong Hansen, empregou inteligência artificial para posicionar matrizes atômicas de forma rápida e precisa, alcançando um recorde global que pode impulsionar a computação quântica em escala.

Técnica e desempenho

O sistema utiliza átomos neutros manipulados por pinças ópticas, garantindo precisão, flexibilidade e escalabilidade superiores aos métodos tradicionais. Em apenas 60 milissegundos, as matrizes bidimensionais e tridimensionais foram organizadas de modo que alcançaram a marca de 2.024 átomos sem defeitos. Esse desempenho representa um avanço substancial em termos de tempo de montagem e qualidade estrutural.

A inteligência artificial controla em tempo real os moduladores ópticos, reajustando as pinças e reorganizando todos os átomos simultaneamente, mantendo a estabilidade do arranjo mesmo com o aumento da quantidade de átomos. Tal capacidade abre caminho para a formação de matrizes ainda maiores no futuro.

Implicações para o futuro da computação quântica

Este desenvolvimento coloca a China em posição de destaque na área de computação quântica em larga escala. A construção de matrizes atômicas confiáveis e em quantidade significativa pode servir como base sólida para o avanço de computadores quânticos universais, com maior eficiência e robustez.

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Especialistas que revisaram o estudo consideram que o resultado representa um marco significativo em eficiência e aplicabilidade da física quântica, ampliando o interesse internacional pela tecnologia baseada em átomos neutros.

Comparativo com evoluções anteriores

Nos últimos anos, avanços notáveis foram registrados em diferentes tecnologias de computação quântica:

  • Em dezembro de 2024, a Atom Computing apresentou uma matriz de 1.180 qubits com átomos neutros, hoje uma das maiores já anunciadas.
  • Sistemas como o IBM Condor, com mais de 1.000 qubits superconductores, e as plataformas neutras da Atom Computing mostram que o campo está amadurecendo rapidamente.

No entanto, o novo sistema da USTC difere ao focar em arrays atômicos estruturados com controle preciso por IA. A combinação de montagem ultrarrápida e alto grau de precisão distingue esta conquista tecnológica em relação às plataformas previamente divulgadas.

Relevância científica e tecnológica

A obtenção de matrizes atômicas sem defeitos, integrando IA e controle óptico avançado, representa um salto na consolidação de plataformas baseadas em átomos neutros. Isso pode acelerar o desenvolvimento de computadores quânticos universalmente capazes, que superam limitações de escala e precisão atualmente presentes em outras abordagens.

Além disso, esse avanço pode influenciar pesquisas em criptografia quântica, simulações complexas e processos de descoberta em materiais, inteligência artificial e ciência de novos materiais, ao oferecer um ambiente quântico mais controlado e escalável.

A construção, por parte da China, do maior sistema de computação quântica atômica, com matrizes de até 2.024 átomos organizadas em 60 milissegundos por meio de inteligência artificial, destaca-se como um avanço tecnológico e científico relevante. Essa conquista reforça a posição da China na liderança global da computação quântica, ao mesmo tempo em que promove novas perspectivas para a criação de computadores quânticos universais com precisão e escalabilidade aprimoradas.

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