O sistema financeiro brasileiro acelerou o passo em direção a uma infraestrutura mais robusta de segurança digital e a uma oferta de serviços financeiros mais fluida. Segundo anúncio feito no Seminário Nacional de Crédito Consignado, a rede bancária projeta R$ 48 bilhões em aportes de tecnologia ainda em 2025. A ênfase recai sobre mecanismos de verificação de identidade no momento da concessão de crédito e sobre a proteção de públicos mais vulneráveis no uso de canais digitais.
O foco dos bancos: identidade verificada e proteção do cliente
A destinação de grande parte dos recursos à autenticação e ao combate a fraudes responde a uma demanda crescente por transações seguras em ambientes digitais. A validação de quem solicita o crédito torna-se pilar do investimento em tecnologia bancária, reduzindo o risco de operações não autorizadas e fortalecendo a confiança no ecossistema. A prioridade inclui soluções de onboarding mais assertivas, biometria, análise comportamental e integrações com bases públicas para checagem de dados, medidas que tendem a diminuir perdas operacionais e elevar a eficiência de backoffice.
O público de aposentados e pensionistas aparece como prioridade: ao enfrentarem barreiras de letramento digital, necessitam de interfaces simples e de reforços de usabilidade. Ao direcionar parte do investimento em tecnologia bancária para essa camada, as instituições não apenas mitigam tentativas de golpes, como também reduzem o custo de atendimento humano, liberando equipes para casos complexos e elevando a qualidade do suporte.
Consignado em expansão e esteira de crédito mais ágil
No crédito consignado, foram registradas concessões de R$ 35 bilhões a 4 milhões de trabalhadores ao longo do ano. A digitalização dessa esteira, sustentada por APIs interoperáveis e por trilhas de verificação, encurta o tempo entre a simulação e a efetiva contratação, o que melhora a experiência do cliente e reduz desistências. Ao mesmo tempo, fluxos automatizados preservam a transparência da operação, com trilhas de auditoria que documentam consentimento, taxas e prazos.
Nesse contexto, o investimento em tecnologia bancária também atua como vetor de competitividade. Com originação mais rápida, escoragem preditiva e integração com folhas de pagamento, as instituições ganham escala sem ampliar de forma proporcional os custos operacionais. Isso favorece ofertas mais acessíveis em segmentos como o consignado, onde o risco é historicamente menor pela garantia do desconto em folha.
Estoque de crédito robusto e confiança no mercado
O sistema bancário opera com quase R$ 7 trilhões em estoque de crédito para famílias e empresas. Esse volume, somado aos aportes em tecnologia, indica disposição de ampliar o alcance do financiamento produtivo e do crédito ao consumo com maior segurança. Em ambientes de juros voláteis, sistemas de gestão de risco, modelos de detecção de anomalias e painéis em tempo real ajudam a calibrar apetite de crédito e a preservar a qualidade da carteira.
A aposta no investimento em tecnologia bancária tende a reduzir inadimplência por meio de análises de renda mais granulares, checagens de identidade multicamadas e monitoramento de comportamento transacional. O efeito indireto é uma melhor precificação do risco, que pode, no médio prazo, contribuir para taxas de juros mais competitivas em linhas com menor nível de perda esperada.
Debate sobre juros: eficiência tecnológica e alívio ao consumidor
A interlocução do setor com autoridades monetárias reforça que taxas de juros elevadas comprimem a capacidade de pagamento das famílias e a disposição de tomar crédito. A modernização de processos da originação ao pós-venda é vista como aliada para baratear a intermediação financeira. Ao reduzir custos operacionais, os bancos têm mais espaço para repassar ganhos de eficiência ao consumidor, sobretudo em produtos de grande escala.
Além disso, a padronização de protocolos antifraude e o uso de dados de forma responsável promovem um ambiente de crédito saudável. Em paralelo, campanhas de educação financeira e interfaces claras ajudam a mitigar erros de contratação, especialmente em públicos com menor familiaridade digital. Tudo converge para uma oferta mais segura e transparente, premissas defendidas por entidades como a Febraban.
O que muda para o usuário dos serviços bancários
Para o cliente final, os efeitos práticos do investimento em tecnologia bancária aparecem na redução de atritos, na velocidade de resposta e na resiliência contra incidentes. Processos de onboarding ficam mais diretos, notificações inteligentes evitam surpresas na fatura, e centrais de atendimento ganham visão 360º do histórico, diminuindo retrabalho. Em canais digitais, a combinação de autenticação forte com monitoramento de sessão reduz a superfície de ataque, beneficiando quem usa aplicativos de forma intensiva.
A jornada de serviços financeiros passa a incorporar checkpoints de segurança quase invisíveis como detecções de dispositivo, localização e padrão de digitação que só emergem ao usuário quando um risco é detectado. Esse desenho preserva a fluidez do uso cotidiano e, ao mesmo tempo, reforça barreiras em transações críticas, como contratação de crédito, alteração de limites e portabilidade.
Perspectivas: padronização, dados de qualidade e escala
A consolidação do investimento em tecnologia bancária em 2025 deve estimular iniciativas setoriais de padronização, compartilhamento seguro de sinais antifraude e melhoria da qualidade de dados. Com modelos mais robustos de detecção e resposta, o setor reduz perdas, melhora o acesso ao crédito e reforça a confiança do público. Em um ciclo que combina escala digital, inclusão e governança, ganha o cliente, que obtém serviços financeiros mais rápidos, e ganham as instituições, com carteiras mais saudáveis e custos sob controle.

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