O CIO em 2025 está diante de um cenário marcado por complexidade, volatilidade e, ao mesmo tempo, oportunidades inéditas de protagonismo. Mais do que gerenciar infraestrutura e sistemas, o líder de TI passa a ser reconhecido como peça-chave na estratégia corporativa. Essa foi a mensagem central do episódio especial da terceira temporada do Itshow com Sergio Lozinsky, que trouxe reflexões sobre carreira, governança e o impacto de temas emergentes como inteligência artificial e cibersegurança.
CIO em 2025: Complexidade crescente
De acordo com Sergio, manter uma empresa competitiva hoje é muito mais complexo do que há poucos anos. O aumento da volatilidade geopolítica, as pressões da globalização e a própria velocidade da inovação tecnológica tornam a vida do CIO mais desafiadora. Como ele aponta, “manter uma empresa competitiva é muito mais complexo do que há poucos anos, não só pela tecnologia e novos entrantes, mas também por fatores como engenharia financeira, globalização e impactos geopolíticos.”
Nesse ambiente, o CIO precisa conhecer profundamente os processos de ponta a ponta, entender a estratégia corporativa e traduzir necessidades em soluções. Não se trata de ser apenas um gestor de tecnologia, mas de um orquestrador capaz de conectar TI e negócio em um mesmo plano de transformação.
Perfil do CIO brasileiro
O episódio mostra que o perfil predominante segue sendo de profissionais experientes, acima dos 40 anos, com pelo menos 15 anos de carreira. Apesar disso, muitos ainda percebem a posição como instável, diante das rápidas mudanças. “Apesar de reconhecerem sua experiência e conhecimento, muitos CIOs percebem o cargo como volátil e nossa análise mostra que essa percepção está correta, diante do avanço das novas tecnologias e do aumento da complexidade dos negócios.”
Esse cenário reforça a necessidade de atualização constante, formação de novos repertórios e preparação para lidar com transformações que chegam cada vez mais rápido.

Persistência e apego à função
Uma das conclusões mais marcantes é que o CIO é um dos executivos que mais persiste em sua própria carreira. Como diz Sergio, “o CIO é um dos executivos que mais persiste na própria carreira, quanto mais surgem novas tecnologias e desafios, mais ele se apega ao cargo.” Isso explica por que, apesar da volatilidade, a maioria não busca transições para outras áreas de gestão, mas enxerga o papel como vocação de longo prazo.
O CIO como orquestrador estratégico
O conceito do CIO como orquestrador ganha força. Ele é o profissional que conecta tecnologia e negócio, lidera equipes, influencia decisões e garante que a inovação ocorra sem comprometer governança e segurança. Sergio resume: “O CIO deve ser um orquestrador: alguém com visão de soluções, capaz de conectar tecnologia e negócio, liderar equipes e orientar a empresa como um todo.”

Essa postura exige também capacidade de articulação política. Para ter voz ativa, o CIO não pode apenas reagir às demandas do board, mas precisa levar uma agenda própria, que antecipe riscos, proponha prioridades e direcione investimentos de maneira clara.
Temas emergentes no radar
Dois assuntos concentram grande parte da atenção: inteligência artificial e segurança cibernética. De um lado, a IA surge como catalisador de produtividade e inovação. Do outro, a segurança se consolida como um dos principais riscos corporativos. Para Sergio, ambos caminham juntos como pontos que definem o futuro do CIO: “Questões como inteligência artificial e segurança cibernética ganharam destaque por influenciarem diretamente a trajetória dos CIOs.”
Governança e cultura
Outro aspecto recorrente é a importância de criar estruturas de governança que permitam descentralizar iniciativas sem perder o controle. Em empresas cada vez mais digitais, é inevitável que áreas de negócio tenham autonomia para implementar soluções tecnológicas. O papel do CIO é garantir parâmetros comuns, padrões de arquitetura e regras de segurança que evitem riscos de shadow IT.
A cultura também tem peso. As empresas que melhor aproveitam seus líderes de TI são aquelas que enxergam a tecnologia como parte inseparável da estratégia, não como um suporte isolado.
O episódio deixa claro que a carreira do CIO é ao mesmo tempo desafiadora e repleta de oportunidades. Ao assumir o papel de orquestrador e antecipar as necessidades do negócio, o executivo de TI pode conquistar relevância inédita no board e liderar a transformação digital com consistência.
Como resume Sergio, “nosso objetivo é apoiar esses profissionais a conduzirem bem suas carreiras, oferecendo uma visão estratégica sobre o papel do CIO no futuro das organizações.”
O relatório completo com os principais achados já está disponível para consulta. No Itshow, você acompanha a análise aprofundada, os comentários de Sergio Lozinsky e os desdobramentos mais relevantes para a carreira e o futuro do CIO.

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