17.1 C
São Paulo
sexta-feira, setembro 26, 2025
InícioNewsCiberataque obriga Aeroporto de Bruxelas a cancelar voos pelo terceiro dia consecutivo

Ciberataque obriga Aeroporto de Bruxelas a cancelar voos pelo terceiro dia consecutivo

Um ciberataque teve grandes repercussões no Aeroporto de Bruxelas, levando ao cancelamento de voos pelo terceiro dia consecutivo e afetando outras grandes instalações europeias. O ataque, ocorrido durante o fim de semana, causou uma interrupção nos sistemas de check-in e embarque, comprometendo o processo de viagem para milhares de passageiros.

O Aeroporto de Bruxelas foi o mais afetado, com a decisão de cancelar 140 dos 276 voos programados para segunda-feira, após confirmar que os sistemas comprometidos não estavam completamente restaurados e seguros. A interrupção causou longos períodos de espera e gerou frustração, com o aeroporto recomendando aos passageiros que verificassem o status de seus voos antes de se dirigirem ao local.

Outros aeroportos afetados

O impacto do ciberataque não se restringiu ao Aeroporto de Bruxelas. Heathrow, em Londres, Berlim-Brandemburgo e Dublin também informaram que o incidente afetou suas operações de check-in e embarque. No entanto, em Heathrow, a maioria dos voos foi retomada normalmente, embora os processos de check-in e embarque estivessem com tempos de espera mais longos.

De acordo com a Collins Aerospace, empresa fornecedora do sistema de check-in MUSE, o ciberataque afetou seu software, utilizado em 300 companhias aéreas e 100 aeroportos ao redor do mundo. A companhia afirmou que estava trabalhando para restaurar a funcionalidade dos sistemas o mais rápido possível, sugerindo que os aeroportos afetados poderiam recorrer a check-ins manuais.

O impacto do ataque cibernético na infraestrutura global

O incidente levanta preocupações sobre a vulnerabilidade dos sistemas de transporte aéreo aos ataques cibernéticos. A Collins Aerospace, fornecedora de sistemas críticos de check-in e despacho de bagagens, enfrentou uma série de problemas com o software MUSE, que tem sido usado para gerenciar milhões de passageiros anualmente.

Além da perturbação no Aeroporto de Bruxelas, Dublin e Heathrow também enfrentaram desafios operacionais devido à falha do sistema. No caso de Bruxelas, o uso de processos manuais para check-in resultou em atrasos consideráveis, deixando os passageiros em condições precárias durante a espera. A situação é mais preocupante em um contexto onde a digitalização e a automação são fundamentais para o funcionamento dos aeroportos modernos.

Resposta da Collins Aerospace e segurança cibernética

Em uma declaração emitida no sábado, a RTX, controladora da Collins Aerospace, confirmou que o ciberataque afetou diversos aeroportos e sistemas de check-in, mas que a empresa estava trabalhando para restaurar a funcionalidade o mais rápido possível. A RTX informou ainda que os aeroportos afetados poderiam recorrer a processos manuais para o check-in e embarque dos passageiros.

A falha nos sistemas de check-in é uma das mais graves em termos de segurança cibernética no setor de transporte aéreo nos últimos anos, destacando a necessidade urgente de medidas de segurança mais robustas para proteger as infraestruturas críticas de aeroportos e companhias aéreas. O aumento dos ataques cibernéticos a sistemas estratégicos de empresas aéreas e outros setores críticos, como saúde e energia, alerta para a vulnerabilidade digital que pode afetar a mobilidade global.

Preocupações com a segurança cibernética no setor aéreo

Esse evento não é um caso isolado, uma vez que a indústria de aviação tem sido um alvo frequente de ataques cibernéticos sofisticados. Em dezembro do ano passado, por exemplo, a Japan Airlines também sofreu um ataque cibernético, que resultou em atrasos significativos em voos domésticos e internacionais. Esses ataques têm crescido em frequência e sofisticação, com criminosos cibernéticos explorando a dependência crescente de tecnologias digitais no setor de transporte.

Em resposta a esses incidentes, os especialistas em segurança cibernética estão destacando a necessidade urgente de investimentos em proteção digital, com ênfase na identificação de vulnerabilidades nos sistemas usados em setores críticos como aviação, energia e saúde. A resistência do setor a melhorar a segurança cibernética pode resultar em interrupções maiores e impactos financeiros severos.

A vulnerabilidade digital no setor de aviação

O ciberataque ao Aeroporto de Bruxelas e a outros aeroportos europeus é um alerta para a necessidade de uma fortalecimento da segurança digital no setor de aviação. O uso crescente de sistemas automatizados e baseados em nuvem para check-ins e embarques requer uma infraestrutura de segurança cibernética robusta para evitar que cibercriminosos possam paralisar operações e prejudicar milhões de passageiros.

A RTX e a Collins Aerospace já estão trabalhando para corrigir a falha, mas o incidente deixa uma lição clara: o setor de aviação deve priorizar a segurança cibernética com investimentos contínuos em tecnologia de defesa e treinamento de pessoal para evitar futuros ataques.

Banner IT Summit 970x250 59

Siga o Itshow no LinkedIn e assine a nossa News para ficar por dentro de todas as notícias do setor de TI, Telecom e Cibersegurança!

Natália Oliveira
Natália Oliveirahttps://www.itshow.com.br
Jornalista | Analista de SEO | Criadora de Conteúdo
Postagens recomendadas
Outras postagens