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Ciberataque provoca apagão de sistemas e paralisa voos em aeroportos europeus

Na noite de sexta-feira (19), um ciberataque interrompeu o funcionamento de sistemas vitais para os aeroportos europeus, gerando um caos no transporte aéreo que persiste até hoje. O ataque, possivelmente um ransomware, atingiu plataformas de check-in e embarque, resultando no cancelamento de voos e enormes filas nos aeroportos de várias cidades. Mesmo após três dias, a situação ainda não foi completamente controlada.

O Aeroporto de Bruxelas foi um dos mais afetados, com mais de 70 voos cancelados no domingo (21). Outros aeroportos como o Heathrow, em Londres, e o Berlim-Brandemburgo também enfrentaram dificuldades semelhantes. Apesar dos esforços de restaurar os sistemas, as operações continuam afetadas e com longos tempos de espera para os passageiros.

Como o ransomware causou a interrupção

De acordo com a Agência da União Europeia para Cibersegurança (ENISA), o ciberataque foi causado por ransomware, que sequestrou sistemas da plataforma MUSE. Essa plataforma, desenvolvida pela Collins Aerospace, é responsável por automatizar e gerenciar os processos de check-in, despacho de bagagem e embarque para diversas companhias aéreas em aeroportos ao redor do mundo.

O ataque causou uma disrupção massiva, deixando os aeroportos incapazes de realizar o check-in de passageiros e forçando-os a recorrer a métodos manuais que não eram usados há anos. A RTX, controladora da Collins Aerospace, ainda não revelou todos os detalhes do ataque, mas confirmou que estava trabalhando para restaurar os sistemas.

Impacto global: mais de 70 voos cancelados

O impacto do ataque foi generalizado, afetando diversos países da Europa. Apenas no domingo, mais de 70 voos foram cancelados em aeroportos importantes como Bruxelas, Heathrow e Berlim. A falta de um sistema automatizado de check-in e embarque fez com que os aeroportos dependessem de processos manuais, resultando em longas filas e atrasos.

Mesmo com os aeroportos adotando soluções temporárias, como laptops de reserva e check-ins manuais, o tempo de espera para os passageiros aumentou significativamente. As autoridades de Bruxelas alertaram os passageiros para verificarem o status dos seus voos antes de se dirigirem ao aeroporto e sugeriram que chegassem com mais antecedência do que o habitual.

A resposta da Collins Aerospace

A Collins Aerospace afirmou em comunicado que estava trabalhando ativamente para restaurar a funcionalidade dos sistemas afetados. A empresa confirmou que estava em fase de desenvolvimento de atualizações para restabelecer as operações automatizadas, embora ainda não haja uma previsão exata de quando todos os sistemas estarão novamente em funcionamento.

Até o momento, a Collins Aerospace não detalhou o ocorrido, descrevendo o incidente apenas como uma “disrupção relacionada à cibernética”. No entanto, a empresa sugeriu que a falha poderia ter sido evitada caso os sistemas de segurança tivessem sido mais robustos.

Prevenção de ataques cibernéticos em sistemas críticos

O incidente nos aeroportos europeus reforça a necessidade de uma segurança cibernética mais rigorosa em setores críticos como o transporte aéreo. Aeroportos e companhias aéreas são alvos frequentes de ataques cibernéticos, e a dependência de sistemas automatizados para check-ins e embarques pode criar vulnerabilidades que afetam diretamente a mobilidade global.

Especialistas em segurança recomendam que os sistemas de aviação adotem uma abordagem mais preventiva, com testes regulares de penetração e a implementação de camadas adicionais de segurança, como autenticação multifatorial e monitoramento de dados em tempo real. Além disso, a capacitação de profissionais para lidar com ataques cibernéticos é fundamental para minimizar os impactos em caso de incidentes.

O impacto de ciberataques na infraestrutura crítica

O apagão cibernético nos aeroportos europeus é um reflexo da crescente ameaça representada pelos ransomwares em infraestruturas críticas. O incidente no Aeroporto de Bruxelas e outros hubs europeus ilustra como um ataque pode paralisar operações e gerar consequências econômicas graves para empresas e cidadãos.

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Natália Oliveira
Natália Oliveirahttps://www.itshow.com.br
Jornalista | Analista de SEO | Criadora de Conteúdo
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