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Ciclo de vida de desenvolvimento de software: vantagens, benefícios e a influência da inteligência artificial

O que é o ciclo de vida de desenvolvimento do software

O ciclo de vida de desenvolvimento de um software refere-se ao conjunto de fases desde sua ideia inicial até o momento de sua retirada ou substituição. Esse processo ajuda a nortear os desenvolvedores e otimizar a alocação de recursos. Ao seguir estas etapas, a equipe consegue priorizar as ações mais essenciais, minimizar contratempos e assegurar a satisfação do usuário final.

Administrar corretamente esse ciclo é essencial para possibilitar uma organização eficiente e determinar o momento ideal para realizar cada ação relacionada à construção e manutenção do sistema. Isso resulta em uma gestão de software mais sólida e estruturada. Dessa forma, a equipe tem um domínio ampliado sobre o projeto, reduzindo possíveis vulnerabilidades.

Correção de Erros

No âmbito do ciclo de vida de um software, a fase de retificação de erros é vital para assegurar a qualidade. Nesta etapa, os desenvolvedores se dedicam à identificação e correção de falhas, garantindo que o software funcione conforme esperado.

Modernização

Um aspecto significativo do gerenciamento do ciclo de vida de um software é a capacidade de reconhecer e propor inovações. Os especialistas têm a oportunidade de introduzir melhorias, seja em funcionalidades, segurança ou automação, visando sempre atender às expectativas dos usuários e potencializar sua experiência de uso.

hacker em uma mesa de trabalho com vários monitores, programando softwares
Imagem gerada por Inteligência Artificial (IA)

Modelos de ciclo de vida do software

Alguns modelos de ciclo de vida de um software são: 

Modelo Sequencial

Originado na década de 1970, este modelo é um dos pioneiros no desenvolvimento de software. Nele, as fases são:

1. Especificação de requisitos;

2. Planejamento da arquitetura;

3. Codificação das funcionalidades;

4. Testes de performance e identificação de falhas;

5. Integração no ambiente do usuário.

Sua característica principal é a sequencialidade; cada fase inicia após a conclusão da anterior. Ao finalizar cada fase, um relatório é gerado e revisado por gestores. O Modelo Sequencial prioriza uma estrutura bem definida, garantindo metas claras e evitando alterações que afetem o cronograma.

Abordagem Modular

Introduzido na década de 1980, este modelo valoriza o diálogo entre os desenvolvedores e o cliente. A proposta é dividir o software em módulos com prioridades distintas. Após cada módulo, uma versão parcial do software é apresentada ao cliente, favorecendo ajustes com antecedência. Esse procedimento garante uma resposta rápida às necessidades mais urgentes e uma adaptação contínua às expectativas do cliente.

Evolução Adaptativa

Nessa abordagem, o desenvolvimento ocorre em paralelo à definição de requisitos. Ideal para cenários com requisitos ambíguos, promove um diálogo constante com o cliente. A cada feedback, novas versões são geradas, assemelhando-se a uma evolução contínua, otimizando a satisfação do cliente.

Modelo em V

Esse formato é uma variação do Modelo Sequencial, mas disposto em “V”. Cada fase de desenvolvimento à esquerda corresponde a uma de teste da direita. A entrega ao cliente acontece no término do processo, garantindo um produto com menos falhas devido à ênfase em testes.

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Protótipo

Aqui, um modelo preliminar é construído, refletindo requisitos básicos do cliente. O objetivo é proporcionar uma visualização prática do produto final. Com base nas interações e feedbacks do cliente, refinamentos são realizados até chegar à versão definitiva.

Abordagem em Espiral

Nesse modelo, as fases são repetidas em ciclos contínuos, permitindo avaliações frequentes e ajustes. Cada ciclo representa uma evolução do software, mas exige planejamento meticuloso e constante feedback do cliente.

Os segmentos da “espiral” incluem:

1. Estabelecimento de metas e escopo;

2. Avaliação de riscos e protótipos;

3. Desenvolvimento conforme demandas;

4. Implementação e revisão;

5. Análise de resultados;

6. Preparação para a próxima iteração.

Método RUP

O RUP (Processo Unificado Racional) é uma metodologia iterativa, baseada em práticas recomendadas e diretrizes específicas. É uma abordagem adaptável que enfatiza a produção de software de alta qualidade, respeitando prazos e orçamentos acordados com o cliente. O RUP configura-se conforme as necessidades específicas de cada projeto, garantindo eficiência e qualidade.

Objetivo

A finalidade principal do ciclo de desenvolvimento de software é estabelecer um padrão organizado e metódico, que direcione todas as fases da criação de um programa, desde sua idealização até sua finalização. O ciclo tem o intuito de assegurar a excelência do software, satisfazer as demandas dos usuários e promover um desenvolvimento eficiente e efetivo.

Além disso, esse processo tem como propósito fortalecer a colaboração entre os times, administrar diferentes versões do software, conduzir testes e manutenções apropriados e assegurar uma documentação completa. 

Portanto, o ciclo de desenvolvimento de software visa assegurar que o software seja elaborado de forma ordenada, atendendo a padrões de qualidade, culminando em uma solução robusta e de elevada performance.

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Vantagens do ciclo de vida de desenvolvimento de software

A principal vantagem de traçar, monitorar e avaliar cada etapa do ciclo de vida do software é alcançar uma visão previsível do projeto. Cada movimento no processo de desenvolvimento é meticulosamente orquestrado conforme o plano estabelecido. Portanto, o ciclo de vida do software oferece uma panorâmica completa, permitindo que os especialistas envolvidos tenham uma visão detalhada e controle sobre o projeto.

Isso proporciona à organização uma visibilidade transparente, não apenas na realização de metas, mas também na gestão eficaz de custos e prazos. O ciclo de vida do software maximiza a eficiência, poupando tempo e otimizando o investimento. Além desses pontos, outras vantagens incluem:

  • Garantia de produtos e softwares de excelente padrão e qualidade;
  • Aprimoramento da experiência do usuário;
  • Facilitação da comunicação entre as equipes;
  • Redução da possibilidade de contratempos durante o desenvolvimento do projeto.

3 fases do ciclo de desenvolvimento de software

Independente do padrão de ciclo de vida adotado para criar um software, três etapas fundamentais se destacam:

1. Planejamento

Neste estágio inicial, ocorre uma avaliação do cenário e reconhecimento das demandas dos usuários. Determina-se o desafio que o software busca resolver.

várias caixas coloridas
Imagem gerada por Inteligência Artificial (IA)

2. Construção

Com uma estratégia delineada, avança-se para a etapa de construção. Aqui, atividades como design, criação de protótipos, programação e testes são executadas.

3. Manutenção

Após a disponibilização do software, entra-se na fase de manutenção. Essa etapa abrange o apoio contínuo aos usuários, correções de falhas e implementação de atualizações.

A influência da Inteligência Artificial no ciclo de desenvolvimento de software

A Inteligência Artificial (IA) está se integrando às nossas atividades diárias, funcionando como um amplificador de capacidades humanas. No contexto do desenvolvimento de software, essa influência é ainda mais marcante. Cleyton Ferreira, Diretor de Tecnologia e Produtos na Compass UOL e convidado do 13º episódio do podcast Itshow trouxe alguns insights sobre o uso de IA no desenvolvimento de softwares “para acelerar a entrega de projetos”, pois isso lhes permite “desenvolver, gerar código, testar e entregar software em um tempo muito mais curto do que antes.”

Nesse cenário, a IA se integra em todas as fases do ciclo, desde a concepção até a entrega, possibilitando uma eficácia e rapidez sem precedentes. Ferramentas de IA agora permitem criar protótipos, desenvolver, padronizar e testar softwares em uma fração do tempo que os métodos tradicionais exigiam. Cleyton enfatiza que “a IA no desenvolvimento de software atua mais como um assistente e requer que aprendamos a trabalhar de uma nova maneira.”

Além de acelerar o desenvolvimento, a IA redefine a automação, substituindo tarefas repetitivas e manuais. Essa capacidade da IA como um “programador assistente”, como mencionado por Cleyton, é revolucionária, pois sugere correções, identifica padrões e agiliza processos.

representação digital de inteligência artificial
Imagem gerada por Inteligência Artificial (IA)

Benefícios, desafios e o que o futuro nos reserva

A eficiência da IA traz desafios, particularmente em relação à segurança. Com o aumento da IA, emergem bots aprimorados utilizados de maneira mal-intencionada. No entanto, como Cleyton observa, “existem muitos produtos já no mercado que trazem toda a capacidade da Inteligência Artificial para as etapas de desenvolvimento de software e que agregam a essas etapas a segurança necessária.”

Considerando o futuro, Ferreira visualiza um cenário em que a IA será ainda mais integrada: “No mundo de TI, a IA já atua como um pré-programador, auxiliando e sugerindo, acelerando nosso trabalho. No futuro, partes mais simples do software serão feitas completamente pela IA.” Porém, como bem salientado por ele, ainda existirão áreas que exigirão supervisão humana.

Todos os setores serão impactados pela IA: “Setores com muita consulta textual, identificação de imagens, processamento de texto, imagem, vídeo, serão enormemente afetados”, enfatiza. Ele ainda menciona a integração da IA ao RPA, realçando que muitos clientes já estão usando essa combinação, tornando a automação presente em todos os aspectos, inclusive no desenvolvimento de software.

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Fernanda Martins
Fernanda Martins
Formada em Letras, com pós em mídias sociais, e redatora do portal de notícias Itshow. Já escreveu para vários blogs de cultura pop, produziu conteúdo no Facebook e no Instagram sobre literatura e até escreveu algumas fanfics pela internet. Hoje, se especializa em redação e usa suas habilidades de escrita crítica e literária para trazer mais sensibilidade aos textos e continuar fazendo o que ama.
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