Acontece nesta quinta-feira (28), no Teatro do CIEE, em São Paulo, o 1º Congresso RGB de Governança de Segurança da Informação e Privacidade de Dados. O evento reunirá executivos de tecnologia, especialistas em cibersegurança e autoridades para discutir os principais desafios da era digital, marcada pela intensificação do uso de inteligência artificial (IA) e pela necessidade crescente de regulamentação da proteção de dados.
Com uma programação que se estende das 8h às 18h, o congresso surge em um momento crítico para empresas brasileiras que enfrentam riscos crescentes de ataques cibernéticos, ao mesmo tempo em que precisam se adequar às normas de compliance e governança.
Palestras e painéis de alto nível
Entre os destaques da programação, está a presença do ministro Augusto Nardes, que abrirá o evento com a palestra “Da Governança à Esperança”. Logo em seguida, especialistas discutirão os impactos da segurança da informação sobre a proteção organizacional, além de explorar as novas fronteiras trazidas pela regulamentação da IA no Brasil.
Um dos momentos mais aguardados será o Painel 2, intitulado “Segurança da Informação, Desafios Protetivos em um Cenário de Emprego de IA”. Participam nomes de peso como:
- Rodrigo Pan, COO da Arthur Reis Digital e diretor da Secops Summit
- Cibele Godoy, CIO e doutora em Engenharia Elétrica com foco em IA
- Tomás Degregori, Country Manager da Strike
- Alisson Ferini, presidente do Workplace Advisory Board e fundador/CTO da Natural One S/A
- Alexandre Murakami, Security Practice Director Latam
- Pedro Diniz, CMO da OTG e cloudvBOX
O debate promete abordar desde os riscos éticos até as demandas práticas de proteção em ambientes corporativos que já utilizam IA em processos críticos.
Regulamentação da IA sob a ótica da governança
Outro ponto alto será a palestra sobre regulamentação da inteligência artificial no Brasil, que contará com a presença de Waldemar Gonçalves Ortunho Júnior, presidente da ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados). A discussão deve ganhar relevância em meio à tramitação de projetos de lei que buscam estabelecer regras claras para o uso responsável de algoritmos no país.
Networking e oportunidades para o setor
O congresso também se propõe a ser um espaço estratégico de networking entre líderes de tecnologia, consultores, fornecedores e representantes do governo. A expectativa é que os debates fomentem novas parcerias e soluções voltadas para a cibersegurança corporativa, área que já concentra investimentos bilionários no Brasil e no mundo.
Com coffee breaks e intervalos planejados, o evento favorece trocas informais entre executivos e especialistas, algo fundamental em um setor onde a atualização constante é requisito de sobrevivência.
Por que este congresso importa?
A realização do 1º Congresso RGB reflete a maturidade crescente do ecossistema de TI brasileiro, que começa a se alinhar a tendências globais como:
- Governança digital como pilar estratégico: não apenas uma questão técnica, mas de negócios e reputação corporativa.
- Privacidade de dados como vantagem competitiva: em tempos de LGPD e regulações internacionais, estar em conformidade é diferencial de mercado.
- Uso responsável da IA: o debate sobre riscos éticos, vieses algorítmicos e responsabilidade civil está apenas começando no Brasil.
Contexto do mercado
Segundo dados recentes do setor, os ataques cibernéticos cresceram mais de 30% no Brasil em 2024, afetando especialmente setores como finanças, saúde e varejo. Com a IA sendo cada vez mais empregada tanto por empresas quanto por criminosos digitais, a necessidade de estratégias robustas de proteção nunca foi tão urgente.
Nesse cenário, congressos como o RGB tornam-se fóruns fundamentais para alinhar executivos, autoridades regulatórias e especialistas técnicos em torno de soluções conjuntas.
O 1º Congresso RGB de Governança de Segurança da Informação e Privacidade de Dados marca um ponto de inflexão para a comunidade de TI e segurança no Brasil. Ao reunir líderes empresariais, autoridades e acadêmicos, o evento busca não apenas discutir os desafios atuais, mas também construir as bases para uma governança digital mais resiliente e inovadora, alinhada às exigências de um futuro cada vez mais conectado e automatizado.
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