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sexta-feira, junho 20, 2025
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Empresas brasileiras adotam ISO 27001 diante de escalada de ataques cibernéticos

Com uma média alarmante de 2.667 incidentes cibernéticos por semana por empresa, o cenário digital brasileiro acendeu um sinal de alerta nas áreas de TI. Em resposta a esse crescimento de 21% nas ameaças registradas em relação ao ano anterior, empresas de diferentes portes e setores estão recorrendo à certificação ISO 27001 como uma estratégia para mitigar riscos, garantir conformidade e proteger sua reputação.

A ISO 27001 estabelece requisitos rigorosos para a implementação de um Sistema de Gestão da Segurança da Informação (SGSI). Embora até o início de 2023 apenas 165 organizações brasileiras fossem certificadas, o volume crescente de ataques e as novas exigências legais, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), vêm impulsionando a adoção da norma em ritmo acelerado.

Compliance, reputação e mercado: a força da certificação

Mais do que uma medida técnica, a adoção da ISO 27001 tornou-se um diferencial competitivo no ambiente de negócios atual. Empresas certificadas não apenas demonstram comprometimento com a segurança, mas também ganham força em negociações comerciais, especialmente em setores altamente regulados e sensíveis à integridade de dados.

“Certificação em segurança da informação não é apenas sobre prevenção. É também sobre governança, confiança de mercado e compliance regulatório”, afirmam especialistas do setor.

Além disso, a norma ISO 27001 ajuda empresas a se alinharem com legislações de proteção de dados no Brasil e no mundo, como a LGPD e o GDPR europeu. Isso permite maior tranquilidade em auditorias, reduz riscos de sanções e amplia a transparência com stakeholders e órgãos fiscalizadores.

Segurança integrada à estratégia de negócio

Entre os principais benefícios observados pelas empresas que adotam a ISO 27001 estão a redução proativa de riscos, a melhoria contínua dos processos internos e o fortalecimento da cultura organizacional voltada à segurança.

A certificação também incentiva práticas de governança robustas, como identificação sistemática de vulnerabilidades e resposta rápida a incidentes. O resultado direto disso é a elevação da resiliência operacional e a otimização da capacidade de continuidade de negócios — algo cada vez mais valioso em tempos de transformação digital acelerada.

Tendência global e impacto no Brasil

Globalmente, a busca pela ISO 27001 cresceu 45% nos últimos anos, impulsionada por novas regulamentações e pela digitalização em escala. No Brasil, esse movimento vem ganhando força com a chegada da nova versão da norma: a ISO/IEC 27001:2022.

Atualizada em outubro de 2022, a nova edição introduz controles mais modernos para lidar com riscos associados à nuvem, inteligência contra ameaças (threat intelligence), segurança no desenvolvimento de software e outros pontos críticos da realidade digital atual.

Empresas já certificadas terão até outubro de 2025 para migrar para a nova versão. Segundo especialistas, essa transição será uma oportunidade para revisar processos, aumentar a maturidade de segurança e consolidar a norma como base para uma governança integrada.

ISO 27001 como base de um ecossistema de governança

Outro movimento importante observado nas organizações é a adoção conjunta da ISO 27001 com outras normas complementares. Entre elas estão a ISO/IEC 27701, voltada para gestão de privacidade, e a ISO 22301, focada em continuidade de negócios.

Essa integração constrói um ecossistema de proteção mais completo, capaz de endereçar desde a privacidade de dados até a resposta a desastres e indisponibilidades críticas. É uma abordagem estratégica que reflete o novo paradigma corporativo: tratar segurança da informação como parte essencial da gestão.

O futuro é de gestão contínua, não apenas certificação

O que antes era encarado como um projeto pontual para atender exigências externas, agora se consolida como um processo contínuo e vital para o posicionamento competitivo das empresas.

Na visão de líderes do setor, companhias que internalizam a cultura da segurança — e não apenas cumprem formalidades — estarão mais preparadas para um ambiente de negócios que exige agilidade, transparência e confiança digital.

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