No 9º episódio da temporada Futurecom Connect, a automação de redes com inteligência artificial foi o tema central de uma discussão entre os especialistas Décio Coraça, da Ciena, e Artur Varejão, da Tecnotree. Eles discutiram como a IA está revolucionando a gestão das redes de telecomunicações, oferecendo uma solução para aumentar a eficiência, reduzir custos e, ao mesmo tempo, ajudar as empresas a se alinhar com os princípios de ESG (ambientais, sociais e de governança).
De acordo com Coraça, a transformação promovida pela IA vai além da simples otimização de processos: “Estamos vendo a inteligência artificial se tornar a chave para simplificar processos, antecipando falhas e otimizando recursos de uma maneira que, até então, não era possível.” Este tipo de inovação é essencial para criar redes mais inteligentes, mais eficientes e, ao mesmo tempo, mais responsáveis.
Como a Inteligência Artificial está transformando a automação de redes com um olhar em ESG
Coraça explicou com clareza o impacto da automação de redes com inteligência artificial no setor de telecomunicações. Ele observou que as redes de telecomunicações, muitas vezes compostas por múltiplos fornecedores e tecnologias, enfrentam sérios desafios de integração e manutenção. A inteligência artificial, segundo ele, surge como uma solução para esses problemas, ao facilitar a convergência das diferentes tecnologias e otimizar a operação.
De acordo com Coraça, “Com a IA, não estamos apenas melhorando a operação das redes, estamos também alinhando essas redes com práticas de ESG, permitindo que as empresas se tornem mais sustentáveis e eficientes.” A IA pode prever falhas antes que elas ocorram, otimizar o uso dos recursos de rede e, assim, reduzir o desperdício, o que contribui diretamente para a sustentabilidade.
Artur Varejão reforçou esse ponto, destacando que a automação de redes com inteligência artificial vai muito além de melhorias operacionais. Ele afirmou: “A automação de redes com IA é um grande passo para as empresas que buscam não só ser mais competitivas, mas também mais responsáveis social e ambientalmente.” Com isso, ele indicou como as operadoras podem integrar práticas de sustentabilidade ao mesmo tempo em que melhoram suas operações, criando uma rede mais eficiente e mais verde.
O Impacto da automação de redes com IA para empresas de telecomunicações e ESG
Para Artur, a automação de redes com inteligência artificial representa uma oportunidade estratégica para as operadoras, especialmente em um mercado tão competitivo. Ele afirmou que, para que as operadoras possam se destacar, é necessário integrar as diversas tecnologias em uma camada comum de inteligência, o que vai melhorar a eficiência e, ao mesmo tempo, permitir que as operadoras se alinhem com os objetivos de ESG.
De acordo com Varejão, “A automação de redes com inteligência artificial não é apenas uma ferramenta para melhorar a performance. É uma forma de as empresas se diferenciarem ao adotar práticas responsáveis e sustentáveis, o que é crucial para o sucesso no longo prazo.” Esse tipo de integração permite que as operadoras façam a gestão de suas redes de maneira mais inteligente, mas também mais responsável, criando uma rede que responde rapidamente a diferentes desafios, incluindo questões ambientais e sociais.
A automação de redes com IA em missões críticas
Outro ponto destacado por Coraça foi a aplicação da automação de redes com inteligência artificial em redes de missão crítica, como aquelas usadas em hospitais. Para ele, a automação é vital para garantir que, em momentos de falhas, a rede se recupere rapidamente para garantir a continuidade dos serviços essenciais.

Coraça afirmou: “Em um hospital, a falha de uma rede pode ter consequências graves. A IA é fundamental para garantir que a rede corrija problemas automaticamente, antes que eles impactem serviços críticos.” Essa capacidade de realizar auto-healing (autocorreção) automaticamente é uma das vantagens mais significativas da IA, especialmente em redes que exigem alta disponibilidade e baixa margem para erros. A IA, assim, se torna uma aliada importante na garantia de segurança e continuidade de serviços críticos.
Redução de Custos e Melhora na Eficiência com Inteligência Artificial: abordagem ESG
A automação de redes com inteligência artificial também tem um impacto direto na redução de custos operacionais. Coraça apontou que a IA é capaz de otimizar o uso de transponders de rede de alta capacidade, o que permite às operadoras aproveitar melhor os recursos existentes, sem a necessidade de novos investimentos em infraestrutura.
De acordo com Coraça, “A inteligência artificial não só melhora a eficiência das redes, mas também permite que as operadoras aproveitem ao máximo o que já têm. Isso resulta em uma operação mais econômica e mais alinhada com as metas de ESG.” Essa abordagem de otimização ajuda as empresas a reduzir o impacto ambiental ao minimizar a necessidade de novos equipamentos e recursos, alinhando-se com os princípios de sustentabilidade.
Desafios e Oportunidades para o Setor de Telecomunicações: automação com IA e ESG
Varejão e Coraça discutiram os desafios enfrentados pelas operadoras ao tentar implementar a automação de redes com inteligência artificial, especialmente em mercados emergentes como o Brasil. Artur comentou sobre a resistência cultural dentro das empresas, onde muitos gestores temem que a IA substitua os trabalhadores humanos. No entanto, para ele, essa resistência é infundada.
“A IA não está aqui para substituir as pessoas, mas para empoderá-las, oferecendo ferramentas que tornam os processos mais rápidos, mais eficientes e, em última instância, mais seguros.” – Artur Varejão
A integração com sistemas legados também representa um desafio, mas ambos os especialistas concordam que essa transição pode ser uma oportunidade para melhorar a segurança e a funcionalidade das redes. Essa adaptação gradual, com foco na sustentabilidade e na inovação, é essencial para garantir que as operadoras permaneçam competitivas e responsáveis.
No fechamento do episódio, Coraça refletiu sobre o futuro da automação de redes com inteligência artificial. Ele afirmou que, com o avanço da IA, as redes se tornarão cada vez mais autônomas, capazes de se adaptar rapidamente às mudanças nas necessidades do mercado e aos requisitos ambientais e sociais.
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