A Fortinet deu um passo decisivo na corrida pela proteção de dados na era da computação quântica. A empresa anunciou a chegada do FortiOS 7.6, versão mais recente de seu sistema operacional de segurança, incorporando um robusto conjunto de recursos de criptografia pós-quântica (PQC) e distribuição quântica de chaves (QKD). A atualização visa preparar organizações, em especial dos setores financeiro, governo, telecomunicações e saúde, para um cenário no qual os algoritmos de criptografia atuais se tornarão vulneráveis.
Com a promessa de disponibilidade sem custo adicional para clientes do FortiGate NGFW e do Fortinet Secure SD-WAN, a Fortinet se posiciona como uma das primeiras empresas de cibersegurança a entregar segurança quântica nativamente integrada em firewalls de próxima geração.
Criptografia de hoje já está sob ameaça futura
A evolução da computação quântica promete transformar radicalmente o cenário da segurança digital. Com sua capacidade de realizar cálculos exponencialmente mais rápidos que os supercomputadores tradicionais, os computadores quânticos poderão quebrar algoritmos de criptografia amplamente utilizados hoje, como RSA e ECC, colocando em risco dados sensíveis armazenados ou em trânsito.
Segundo a Fortinet, cibercriminosos já adotam práticas como “Harvest Now, Decrypt Later”, coletando informações criptografadas hoje para decodificá-las no futuro, quando os recursos computacionais estiverem disponíveis. O alerta é claro: a proteção precisa ser pensada agora.
FortiOS 7.6: o que muda com a atualização
O FortiOS 7.6 inaugura um novo patamar em termos de proteção criptográfica, incluindo:
Criptografia Pós-Quântica (PQC)
A nova versão oferece suporte aos algoritmos ML-KEM, BIKE e HQC, alinhados com os padrões do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) dos EUA. Esses algoritmos são projetados para resistir a ataques quânticos, mantendo os dados seguros mesmo em cenários de alta capacidade computacional futura.
Modo híbrido de criptografia
A Fortinet oferece uma abordagem de transição segura, permitindo “empilhar” algoritmos tradicionais com os pós-quânticos. Isso garante redundância e resiliência durante o período de adaptação entre as duas gerações de criptografia.
Distribuição Quântica de Chaves (QKD)
A nova versão amplia o suporte à QKD — tecnologia baseada na mecânica quântica, que detecta tentativas de interceptação durante a troca de chaves criptográficas, garantindo a confidencialidade desde a origem. A interoperabilidade com os principais fornecedores do setor também foi ampliada.
Interface simplificada
A segurança de última geração agora vem acompanhada de usabilidade aprimorada. O FortiOS 7.6 entrega uma interface de gestão intuitiva, permitindo que equipes de segurança configurem e administrem os novos recursos com maior agilidade e menor curva de aprendizado.
Estratégia da Fortinet mira o futuro, mas começa agora
“Estamos comprometidos em garantir que nossos clientes tenham acesso à tecnologia mais avançada para se protegerem de ameaças emergentes”, afirmou Michael Xie, fundador, presidente e CTO da Fortinet. “O momento para agir é agora. A computação quântica ainda está evoluindo, mas os riscos já são reais e crescentes.”
A iniciativa responde à crescente demanda de líderes de TI por soluções que conciliem inovação, robustez e conformidade com padrões internacionais, especialmente em setores altamente regulados e sensíveis à integridade dos dados.
Segurança quântica: uma nova fronteira estratégica para CIOs e CISOs
Mais do que uma atualização técnica, a Fortinet entrega uma estratégia de futuro. Com o lançamento do FortiOS 7.6, os líderes de TI podem antecipar um movimento essencial para manter a resiliência cibernética em um mundo onde a fronteira entre segurança e vulnerabilidade será ditada por quem se adiantar à próxima era computacional.
CISOs, CTOs e gestores de infraestrutura devem avaliar imediatamente a viabilidade de adoção dos recursos pós-quânticos no ambiente corporativo. A implementação de infraestruturas resistentes ao fator quântico pode ser o diferencial entre garantir a integridade de dados sensíveis ou se tornar um alvo vulnerável em um novo paradigma de ataque digital.
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