No dia 27 de Maio, uma operação conjunta entre o Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS) do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e a Polícia Civil de Goiás resultou na prisão de um hacker especializado em fraudes com milhas aéreas e criptomoedas. A ação ocorreu no município de Luziânia, localizado no interior de Goiás, próximo ao Distrito Federal.
O golpe: raspagem de milhas e roubo de criptomoedas
O caso investigado envolvia o acesso indevido a contas bancárias com o objetivo de subtrair milhas acumuladas por meio de programas de pontos. A vítima percebeu o crime ao tentar resgatar passagens aéreas e constatar que seus pontos haviam sido zerados. Além disso, o hacker estava realizando fraudes com criptomoedas no momento da prisão. Na tela do computador apreendido, foi identificado o gráfico da Trump Coin, uma criptomoeda que estava sendo negociada pelo criminoso.
A prisão em flagrante e apreensões
O hacker foi preso em flagrante dentro de sua residência, no momento em que cometia outro crime. Durante a ação, foram apreendidos três armas de fogo, duas pistolas e uma espingarda, R$ 9 mil em espécie e equipamentos eletrônicos usados nas ações criminosas. Além disso, o criminoso mantinha um sistema de monitoramento por câmeras em sua casa, evidenciando o grau de organização e cautela empregado em suas atividades ilícitas.
Investigações e colaboração entre as instituições
As investigações tiveram início após um integrante do Poder Judiciário catarinense ser vítima do hacker. A partir desse incidente, o NIS do TJSC iniciou a apuração, que durou cerca de três meses, até a identificação e prisão do criminoso. O desembargador Sidney Eloy Dalabrida, coordenador do NIS, destacou a complexidade das investigações no ambiente digital, ressaltando a dedicação e competência da equipe para desvendar os chamados cibercrimes.
Impacto das fraudes com milhas e criptomoedas
As fraudes envolvendo milhas aéreas e criptomoedas têm se tornado cada vez mais comuns, representando uma ameaça significativa para consumidores e investidores. No caso das milhas, os criminosos acessam contas de programas de fidelidade para transferir ou vender os pontos acumulados, prejudicando os usuários legítimos. Já no caso das criptomoedas, os hackers utilizam técnicas de engenharia social, como phishing, para obter acesso às carteiras digitais das vítimas e realizar transações fraudulentas.
Essas práticas ilícitas não apenas causam prejuízos financeiros, mas também comprometem a confiança dos consumidores nos sistemas digitais e nas plataformas de fidelidade. Portanto, é essencial que as instituições financeiras e as empresas aéreas adotem medidas de segurança robustas e que os usuários estejam atentos a possíveis tentativas de golpe.
A colaboração entre o TJSC e a Polícia Civil de Goiás demonstra a importância da união entre diferentes instituições no enfrentamento dos crimes cibernéticos. É fundamental que a sociedade esteja ciente dos riscos e adote práticas seguras ao utilizar serviços online, contribuindo para a construção de um ambiente digital mais seguro e confiável.
A operação também destaca a importância da atuação proativa das instituições judiciais na prevenção e combate aos crimes cibernéticos, reforçando o compromisso com a segurança e a justiça no ambiente digital.
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