O Brasil está prestes a dar um passo importante para fortalecer a sua defesa cibernética com o lançamento da Frente Parlamentar de Apoio à Cibersegurança, proposta pelo senador Esperidião Amin (Progressistas-SC). Esta frente visa criar uma Política Nacional de Ciberdefesa, promovendo um diálogo constante entre os poderes Executivo, Legislativo, a iniciativa privada e a sociedade civil, com o objetivo de criar soluções para a segurança cibernética no país. A reunião inaugural ocorrerá hoje dia 25 de março, no Auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, em Brasília, e será transmitida ao vivo às 14h no link do YouTube. O ITShow estará presente, acompanhando a reunião de perto e trazendo todos os detalhes em tempo real.
O papel do Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC)
Fábio Diniz, fundador e presidente do INCC, destacou a importância dessa frente parlamentar, que busca estabelecer uma política pública eficaz para combater os crescentes ataques cibernéticos. Diniz enfatizou que a cibersegurança não deve ser vista como um obstáculo à inovação, mas como uma base essencial para o crescimento do setor tecnológico brasileiro. “A principal meta é garantir que a cibersegurança seja debatida de forma contínua, avançando tanto na legislação quanto nas práticas de defesa cibernética”, afirmou.
Desafios atuais e a fragilidade do Brasil
O Brasil enfrenta uma realidade alarmante: é o segundo país mais atacado por cibercriminosos no mundo. Apesar disso, o país ainda carece de uma infraestrutura robusta de defesa cibernética. Diniz alertou sobre a fragilidade atual, lembrando que o Brasil, em 2022, registrou mais de 103 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos. O INCC também alertou para o crescente impacto dos crimes cibernéticos, que afetam tanto empresas quanto cidadãos. “Os crimes cibernéticos são uma ameaça real à economia e à segurança pública”, explicou Diniz.
A necessidade de integração entre setores públicos e privados
Uma das principais lições dessa frente parlamentar será a colaboração entre os setores público e privado. A parceria entre essas duas esferas é fundamental para enfrentar a epidemia de crimes digitais e proteger as infraestruturas críticas do país. A criação de uma política robusta de cibersegurança deve permitir o desenvolvimento de um ambiente seguro para a inovação tecnológica, ao mesmo tempo em que mitiga as ameaças cibernéticas.
O futuro da educação em cibersegurança
A capacitação de profissionais e a educação sobre cibersegurança desde a base também são prioridades. Diniz defende que o Brasil deve seguir o exemplo de países como a China, que investem fortemente na formação de cidadãos conscientes dos riscos digitais desde a educação básica. O INCC apoia a criação de programas educativos que promovam o letramento digital nas escolas e cursos técnicos especializados, preparando as futuras gerações para os desafios da cibersegurança.
Caminho para uma política nacional de cibersegurança
A Frente Parlamentar de Apoio à Cibersegurança, aprovada no final de 2024, tem o objetivo de criar uma política pública eficiente para proteger as infraestruturas críticas do país e enfrentar os crimes cibernéticos. O projeto visa um processo contínuo de desenvolvimento de leis e práticas que ofereçam uma defesa eficaz contra ameaças digitais. A expectativa é que, com o lançamento da frente parlamentar e o início das discussões no Senado, o Brasil consiga avançar na criação de uma estratégia robusta de defesa digital. A reunião será transmitida ao vivo às 14h, e o ITShow acompanhará a transmissão, trazendo atualizações sobre as discussões e decisões.
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