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Sirena 2025: Wolmer Godoi fala sobre inteligência artificial, cibersegurança e postura da alta liderança

Durante a primeira edição do Sirena Human Risk & Cybersec Conference, realizada em 29 de maio de 2025, na cidade de São Paulo e organizada pela Hekate Inc., o portal Itshow entrevistou com exclusividade Wolmer Godoi, especialista com mais de 27 anos de atuação em segurança da informação. A conversa, conduzida por Márcio Montagnani — diretor de portfólio da Biz Group e colunista do Itshow — integrou a cobertura oficial do evento e trouxe reflexões essenciais sobre o impacto da inteligência artificial nas estratégias de proteção digital, com foco nos riscos emergentes e nas decisões críticas que hoje recaem sobre os executivos de tecnologia.

A era da IA: risco ou oportunidade?

Para Wolmer, a chegada da inteligência artificial ao cotidiano corporativo é irreversível — e com ela vêm desafios que ultrapassam as fronteiras tradicionais da segurança da informação. “Hoje não é possível conceber um profissional de TI que não compreenda as dinâmicas de inteligência artificial, pois essas ferramentas tanto ajudam na produtividade quanto potencializam ataques cibernéticos”, afirmou.

A fala vai ao encontro do contexto atual vivido por executivos de tecnologia: enquanto a IA transforma a forma de produzir e consumir informações, ela também acelera o volume e a sofisticação das fraudes digitais, usando desde deepfakes até dados sintéticos para enganar usuários e acessar ambientes críticos.

Proteção além da tecnologia: o fator humano

Um dos pontos altos da entrevista foi a discussão sobre o elo humano nas cadeias de cibersegurança. “A inteligência artificial facilita a criação de dados sintéticos, imagens e vozes falsas, o que amplia a superfície de ataque e exige mais cautela dos usuários no dia a dia digital”, alertou Godoi.

Essa constatação reforça a importância de programas de conscientização voltados tanto para o público geral quanto para executivos, que muitas vezes são alvos preferenciais em ataques como spear phishing ou engenharia social.

Segurança vs. Inovação: o equilíbrio necessário

A dualidade entre proteger e inovar também marcou a conversa. “A segurança da informação deve buscar equilíbrio com a inovação, pois quem não inova está fora do mercado, mas proteger tudo a qualquer custo é financeiramente inviável”, destacou o especialista.

Para a liderança de TI, isso significa avaliar continuamente os ativos mais críticos do negócio e dimensionar os investimentos em segurança com base no real valor que esses ativos representam para a empresa — tanto em termos financeiros quanto reputacionais.

O papel da IA na defesa digital

Godoi também apontou que “todos os grandes fornecedores de tecnologia estão incorporando inteligência artificial nos seus produtos de segurança”, e essa tendência deve se consolidar. Soluções como EDR (Endpoint Detection and Response) e ferramentas de ameaças comportamentais baseadas em IA estão entre os recursos que prometem tornar a proteção mais preditiva e menos reativa.

Além disso, motores especializados de IA — treinados para identificar padrões falsificados de imagem, voz ou metadados — já são realidade em algumas soluções de nicho, e devem ganhar mercado nos próximos anos.

A arte de priorizar investimentos

Outro destaque da entrevista foi a reflexão sobre como direcionar investimentos em segurança. Godoi utilizou uma metáfora para ilustrar a armadilha de tentar blindar tudo: “Segurança é a prática da paranoia, mas é essencial avaliar se o que se quer proteger realmente justifica o investimento”, afirmou.

Essa análise é vital para diretores de tecnologia e CISOs: alocar recursos de forma inteligente, focando em áreas de alto risco e vulnerabilidade real, e evitando exageros que sacrificam a agilidade do negócio.

O executivo de segurança como parceiro estratégico

O especialista concluiu a conversa reforçando o papel central dos líderes de segurança na tomada de decisão empresarial: “O executivo de cibersegurança precisa estar cada vez mais próximo do negócio, entendendo riscos e investimentos com foco em geração de valor e continuidade operacional.”

No encerramento, Wolmer elogiou a proposta do evento: “O Sirena cria uma ponte fundamental entre o risco humano e o risco cibernético, mostrando como esses dois elementos se complementam na proteção do usuário e da empresa.”

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