Internet das Coisas (IoT)
O que é Internet das Coisas?
A Internet das Coisas (Internet of Things ou IoT, pela sigla em inglês) se trata de uma rede de objetos físicos habilitados para Internet que conseguem transferir dados e comunicar-se entre si, podendo monitorar e controlar dispositivos e sistemas, mesmo de modo remoto. Estamos falando de itens desde uma simples escova de dentes, uma geladeira ou uma câmera, até um carro com conexão à Internet e dispositivos vestíveis que podem verificar a saúde humana e as condições ambientais. De acordo com a Forbes, podemos chegar ao impressionante número de 27 bilhões de dispositivos conectados até 2025. As empresas que mais utilizam a tecnologia são as que contam com uma tradição na manutenção e automação industrial, além das empresas de Telecom. Embora a tecnologia ainda esteja sendo otimizada e o mercado ainda esteja amadurecendo seu uso, as expectativas são altas. Ao usar a IoT, é possível economizar tempo e recursos, além de realizar a tomada de decisões de modo mais estratégico.
Como surgiu a Internet das Coisas?
A ideia de conectar objetos cotidianos à internet para coletar e compartilhar dados já havia sido proposta em 1999 pelo engenheiro Kevin Ashton, que utilizou o termo “Internet das Coisas” em uma palestra na empresa Procter & Gamble (P&G). A proposta inicial era de que os computadores pudessem saber as coisas usando dados coletados sem a necessidade de intervenção humana, para otimizar atividades do dia a dia. No mesmo ano, houve a criação do Radio Frequency Identification (RFID), uma forma de comunicação wireless usada para detectar objetos. No entanto, foi somente no início dos anos 2000, com a popularização da conectividade sem fio e a redução dos custos de dispositivos e sensores, que a IoT começou a ganhar impulso e se tornar uma realidade em vários setores, como saúde, transporte, manufatura, e agricultura. Em 2005 a ONU publicou o primeiro relatório baseado na Internet das Coisas e, em 2008, o IoT foi reconhecido pela União Europeia. Neste ano, também foi realizada a primeira conferência IoT Europeia.
Como é o funcionamento da IoT?
O sistema de IoT usa a coleta e troca de dados em tempo real. Para isso, os objetos são equipados com sensores que coletam dados do ambiente, entradas de usuário e padrões de uso e os transmitem para a nuvem – são os chamados dispositivos inteligentes. Essa transmissão acontece por conta dos dispositivos estarem conectados à Internet e, por isso, é preciso que ocorra o envio de dados por meio de tecnologias sem fio como Wi-Fi e Bluetooth. Na nuvem ocorre o armazenamento e processamento desses dados para que possam ser utilizados posteriormente por aplicações e sistemas de gerenciamento de dados. Isso pode ser feito por meio de uma aplicação de IoT, que integra os dados recebidos pelos dispositivos de IoT e usa tecnologia de machine learning ou inteligência artificial (IA) para analisar os dados e tomar decisões que posteriormente são enviadas de volta ao dispositivo de IoT, de modo que ele possa responder de forma inteligente às entradas. Os dispositivos podem ser gerenciados por meio de sites e aplicações móveis.
Qual será o impacto do 5G para a Internet das Coisas?
O 5G é a quinta geração de tecnologia de rede móvel e é considerado como uma das principais tecnologias para impulsionar a Internet das Coisas (IoT). Isso porque ele oferece velocidades entre 15 e 30 gbps, reduzindo a latência e ampliando a transmissão de grandes volumes de dados em tempo real. Isso é especialmente importante para aplicações como veículos autônomos e realidade aumentada. Além disso, ele permite a conexão de milhões de dispositivos IoT simultaneamente, o que é vital para aplicações como cidades inteligentes e manufatura. As latências são muito baixas, o que é importante para aplicações críticas, como a segurança e a saúde, onde os dados precisam ser processados e respondidos rapidamente. O 5G ainda oferece maior confiabilidade na comunicação, o que é importante para aplicações críticas, como a manufatura e a saúde, onde a interrupção na comunicação pode ter consequências graves. E, por fim, ele permite a criação de redes privadas para IoT, permitindo uma maior segurança e privacidade dos dados e dispositivos conectados.
Quais são os benefícios da IoT para os negócios?
De modo geral, a Internet das Coisas pode ser implementada em todos os setores para otimizar processos, uma vez que existem diferentes formas de aplicação. Consequentemente, existem benefícios diferentes para negócios diferentes. Confira abaixo:
- Indústria – essa tecnologia pode ser usada para otimizar processos de produção, melhorar a eficiência energética, monitorar e gerenciar ativos e equipamentos, e melhorar a qualidade dos produtos. Existe, inclusive, o termo específico para essas aplicações: IoT industrial (IIoT).
- Agricultura – as aplicações podem incluir o monitoramento e gerenciamento do solo, das plantações, e do clima, o que pode levar a uma melhoria na produção e redução de custos.
- Saúde – ao usar a IoT, é possível monitorar e gerenciar pacientes, coletar dados de saúde, e melhorar a eficiência dos serviços.
- Transporte – monitoramento e gerenciamento de veículos, com o objetivo de melhorar a eficiência do transporte e reduzir o trânsito.
- Varejo – pode ser aplicada para monitorar e gerenciar o estoque, melhorando a eficiência logística e a experiência do cliente.
- Construção – por meio do uso de drones, sensores e atuadores é possível otimizar o monitoramento do processo de construção, melhorando a segurança e reduzindo custos.
Existem ainda diversas outras aplicações das soluções de IoT e benefícios para os mais diversos setores, além de muito potencial a ser explorado.
Quais os principais componentes para implementar a IoT?
A implementação da Internet das Coisas (IoT) envolve vários componentes em sua infraestrutura. Para começar, é necessário contar com os dispositivos inteligentes, que são equipados com sensores IoT para captar e processar dados. As redes (como Wi-Fi e Bluetooth) também são necessárias, uma vez que elas serão usadas para que os dispositivos se comuniquem. Além disso, os dados precisam ser armazenados para serem analisados e isso precisa ser feito com segurança, não é mesmo? Para isso, existem os softwares de computação em nuvem. Inclusive, vale ressaltar que é importante investir em segurança como autenticação, firewall e criptografia para prevenir ataques cibernéticos. Por fim, o processo de análise de dados é importante para extrair insights e realizar a tomada de decisão automaticamente, baseando-se nos dados coletados pelos dispositivos inteligentes. Para que ele aconteça, pode ser necessário implementar Inteligência Artificial, Machine Learning (aprendizado de máquina), além de algoritmos preditivos. Essas tecnologias podem gerenciar e processar o grande volume de dados, além de aprender com eles. O Big Data é, inclusive, muito importante para a IA e para o Machine Learning. Quanto maiores e diversos forem os conjuntos de dados, melhores serão os insights e informações oferecidas pelas análises.