14.5 C
São Paulo
terça-feira, junho 24, 2025
InícioNewsIrã x Israel: Acusações de Ciberataques Aumentam Tensão

Irã x Israel: Acusações de Ciberataques Aumentam Tensão

O confronto cibernético entre o Irã e Israel ganhou novos contornos, com acusações de ciberataques de grande escala aumentando as tensões entre os dois países. Desde a noite de segunda-feira (16), o Irã tem enfrentado instabilidades na internet e falhas em serviços de telefonia móvel, com suspeitas de um ataque cibernético atribuído a Israel. A agência estatal iraniana IRIB relatou a ocorrência, destacando também que seu estúdio de TV foi atacado.

Guerra Cibernética em Escala Global

A IRIB, agência estatal do Irã, foi clara ao afirmar que o WhatsApp, aplicativo da Meta (empresa de Mark Zuckerberg), estaria coletando dados sensíveis de seus usuários, como localização, e compartilhando-os com os serviços de inteligência de Israel. A Meta rebateu a acusação, afirmando que o WhatsApp utiliza criptografia de ponta a ponta e não rastreia a localização dos usuários, tampouco fornece dados a qualquer governo.

Além disso, um grupo de hackers conhecido como Gonjeshke Darande (ou “Pardal Predador”) reivindicou a destruição de dados do Banco Sepah, uma instituição financeira ligada ao regime iraniano. Segundo o grupo, o banco foi responsável por desviar recursos para financiar terroristas e o desenvolvimento do programa nuclear militar do Irã.

A Retaliação do Irã e a Escalada do Conflito Cibernético

O Irã, por sua vez, intensificou sua resposta com uma série de ataques cibernéticos contra infraestruturas críticas de Israel, incluindo ransomware, malware destrutivo e ataques DDoS. Grupos como APT34, APT35, e APT39 são acusados de estarem envolvidos nessas operações, que também incluem campanhas de desinformação e manipulação de opinião pública.

Segundo a empresa de segurança Radware, Israel está sendo alvo de botnets movidas por Inteligência Artificial (IA), que intensificam a complexidade dos ataques, tornando-os mais difíceis de detectar e neutralizar.

A Radware também alertou as organizações israelenses sobre a necessidade de reforçar suas defesas cibernéticas, com medidas contra phishing e estratégias preparatórias para mitigar ataques de guerra cibernética e desinformação.

Ciberataques: Ameaças Cibernéticas Globalmente

A questão das ameaças cibernéticas não se limita apenas ao Irã e Israel. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, comentou sobre a crescente preocupação com ataques cibernéticos em todo o mundo. Durante uma coletiva de imprensa, ele destacou que a China está disposta a cooperar com outros países para combater as ameaças cibernéticas por meio de diálogo e colaboração internacional.

A Tensão no Oriente Médio e a Entrada de Potências Globais

O Oriente Médio, já instável devido aos conflitos regionais, atingiu um novo pico de tensão com os ataques entre Irã e Israel. Além das disputas cibernéticas, o embaixador iraniano qualificou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de “vigarista” e “criminoso de guerra”. Mais cedo, o presidente dos EUA, Donald Trump, também se posicionou sobre o conflito, pedindo que os iranianos deixassem Teerã.

Enquanto isso, a movimentação de mais de 30 aviões-tanque dos EUA em 48 horas levantou suspeitas sobre uma possível intervenção militar no conflito.

A Justificativa do Governo de Israel

O governo israelense alegou que a ação militar contra o Irã foi uma medida necessária para impedir que o país desenvolvesse armas nucleares por meio da produção de urânio enriquecido. Alega-se que as recentes operações, incluindo a censura de publicações sobre o conflito, visam demonstrar a força do governo israelense diante da contraofensiva iraniana.

A Guerra Cibernética e Seus Efeitos no Futuro

A guerra cibernética entre Irã e Israel é um reflexo das tensões geopolíticas que dominam o Oriente Médio e que agora estão se estendendo para o mundo digital. Esses ataques não só impactam a infraestrutura crítica dos países envolvidos, mas também geram desinformação e manipulação de dados em uma escala nunca vista. O fortalecimento das defesas cibernéticas será essencial para as potências globais, não apenas para proteger suas infraestruturas, mas também para proteger a verdade e a segurança dos cidadãos.

Fonte: revistaforum.com.br

Siga o Itshow no LinkedIn e assine a nossa News para ficar por dentro de todas as notícias do setor de TI e Telecom!

Natália Oliveira
Natália Oliveirahttps://www.itshow.com.br
Jornalista | Analista de SEO | Criadora de Conteúdo
Postagens recomendadas
Outras postagens