Durante a cobertura do Mind The Sec 2025, realizada entre os dias 16 e 18 de setembro no Transamerica Expo Center, em São Paulo, a equipe do portal Itshow entrevistou com exclusividade Alexandre Murakami, diretor de Vendas de Cibersegurança da Logicalis. O executivo foi direto ao ponto: a cibersegurança precisa deixar de ser tratada como uma função exclusivamente técnica e passar a integrar o núcleo das decisões estratégicas de negócio.
“A cibersegurança deixou de ser apenas um assunto técnico e passou a ser um pilar estratégico para o negócio, integrada diretamente aos objetivos corporativos”, afirmou Murakami.
Governança de IA e resposta a ameaças ganham protagonismo
Presente pelo terceiro ano consecutivo no Mind The Sec, a Logicalis apresentou um conjunto de soluções voltadas a resposta a ameaças com suporte de inteligência artificial e criação de estruturas de governança de IA com segurança, refletindo os temas mais sensíveis da atual agenda corporativa.
De acordo com Murakami, as empresas enfrentam um volume crescente de incidentes e alertas, o que exige ferramentas mais inteligentes e processos mais maduros para filtrar riscos reais e acelerar respostas.
“Estamos apresentando soluções que aplicam inteligência artificial para aumentar a eficiência das respostas a ameaças e reduzir drasticamente os falsos positivos”, explicou.
O executivo acrescentou que muitas organizações estão correndo para adotar IA sem definir mecanismos de controle e responsabilidade, o que pode ampliar vulnerabilidades e gerar riscos jurídicos e reputacionais. A proposta da Logicalis é oferecer estruturas de governança de IA com segurança baseadas em frameworks reconhecidos internacionalmente, como NIST, SAFE (Google), Trisme (Gartner) e ISO 42001.
“Nosso foco é criar uma governança de IA com segurança baseada em frameworks reconhecidos como NIST, SAFE, Trisme e a ISO 42001”, reforçou.
Alta liderança deve liderar a agenda de segurança digital
Outro ponto de destaque na entrevista foi o alerta para a ausência de executivos de alto escalão nas discussões sobre segurança da informação. Para Murakami, a segurança cibernética só ganhará o peso necessário dentro das empresas quando for incorporada à pauta do conselho e da diretoria executiva.
“Nesses eventos encontramos, além de profissionais especializados, vários executivos como CISOs, CIOs e gerentes. É muito importante essa troca rica de experiências e o compartilhamento de novas ideias”, disse.
O executivo ressaltou que, sem o apoio direto da alta liderança, não há alinhamento estratégico nem investimentos proporcionais aos riscos reais que as organizações enfrentam. A recomendação é clara: CEOs e conselhos precisam compreender o impacto potencial de um incidente e assumir a responsabilidade por definir a direção da estratégia de segurança.
Networking e visibilidade estratégica no Mind The Sec 2025
Além da apresentação de soluções, a Logicalis aproveitou o evento para reforçar sua rede de relacionamentos com clientes e parceiros estratégicos, promovendo conversas de alto nível sobre os desafios da transformação digital segura.
“Participar do Mind The Sec é essencial para fortalecer o relacionamento com clientes e gerar novas conexões na jornada de transformação digital segura”, afirmou Murakami.
Com presença em mais de 25 países e atuação robusta na América Latina, a Logicalis entrega serviços de consultoria, integração e operação em nuvem, redes, data center e cibersegurança, atendendo clientes dos setores de telecomunicações, finanças, varejo, energia, indústria e serviços.
Painel sobre governança de IA encerra participação da empresa
Murakami também mediou um painel sobre governança de IA com segurança, com a presença de Leandro Malandrim (Piego Neto Advogados), Mariana (Leroy Merlin) e Fernando Paula (CISO da Cielo). O debate abordou desde a aplicabilidade da cibersegurança com IA até a criação de estruturas de governança capazes de sustentar decisões estratégicas e mitigar riscos.
“Não basta que os times técnicos entendam as ameaças. Os conselhos precisam compreender os impactos reais de um incidente e incorporar a segurança na estratégia da empresa”, concluiu.
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