Sabe aquele CIO que só fala em IA generativa, low code, metaverso, blockchain e não sei mais o quê, mas tem um legado rodando com gambiarras de 2005, cinco ERPs sem integração e uma infraestrutura pedindo socorro? Pois é. A gente precisa conversar.
Nos últimos anos, muitos líderes de tecnologia compraram a ideia de que “inovar é sobreviver”. Isso é verdade… em partes. A inovação é vital, sim. Mas se ela se torna uma obsessão, fique esperto my brother… a conta chega!!! E não é baixa.
Inovar sem alicerce é construir no vazio
Não é nada incomum ver estar mais preocupado com hackathons, POCs e buzzwords que estão super na moda, do que com a solidez da arquitetura que sustenta tudo isso. O resultado? Sistemas mal conectados, processos engasgados, retrabalho em TI e, o pior: um abismo entre tecnologia e negócio.
Quando a TI corre para inovar “a qualquer custo”, sem olhar para a base – como por exemplo, a governança, os dados, os processos, a segurança e a integração sistêmica – o que nasce é um castelo de cartas. Bonito por fora, mas super instável por dentro.
Tecnologia não é sobre ser moderno. É sobre ser útil
Não adianta ter um chatbot com IA generativa se o sistema de atendimento ainda exige três planilhas e duas ligações para resolver o básico!! Sem falar daquela base de conhecimento que está na cabeça dos colaboradores, ou seja, inexistente.
É por isso que precisamos voltar ao básico (manja do “back to basis”?): a tecnologia precisa estar conectada com a estratégia da empresa!! Volte uma frase e leia novamente… eu agurado.
E isso só acontece quando o CIO para de seguir a sua própria agenda de inovação e passa a atuar junto do negócio, com coragem para tomar decisões difíceis… como “demitir” projetos que não entregam ROI, ou desligar sistemas que só consomem verba e energia.
É preciso coragem para cortar na própria carne
Precisamos ter indignação construtiva. Sabe aquele incômodo positivo que move decisões difíceis, mas necessárias?
É preciso ter coragem para dizer: “Esse projeto é bonito, mas não entrega o que a empresa precisa. Vamos encerrar.” Ou ainda: “Não adianta seguir com esse sistema que ninguém usa. Vamos descontinuar.”
Decisões assim não são populares. mas são estratégicas. E mostram maturidade. Você e seus pares já atingiram esta maturidade, ou continuam discutindo estratégia a partir daquela “decisão política”?
Evangelista da inovação ou um parceiro do negócio?
Quer se destacar? Fale a língua da estratégia!!! Conheça profundamente o negócio, sente-se à mesa com os heads de outras áreas como parceiros, não como fornecedores ou “os caras do TI” que trocam papel da impressora.
Eles passarão a entendem que inovação sem base é só desperdício de energia. E que a TI, para ser estratégica, precisa ser simples, estável, integrada e orientada a resultado.
E você? Já passou por isso?
Se você é CIO, CTO ou líder de tecnologia, me conta:
- Você já se viu preso numa corrida pela inovação sem olhar pra base?
- Já teve que “matar” um projeto que parecia promissor, mas que não fazia mais sentido?
- Conseguiu realinhar a TI com o negócio? Como foi esse processo?
Comenta aqui ou manda este texto pra quem ainda tem dúvida que inovar sem base, é furada! Quem sabe ela não inspira outros líderes a fazerem o mesmo?
No fim do dia, inovar é importante, sim… Mas o básico bem feito, com foco, coragem e alinhamento ao negócio, é o que separa os líderes visionários dos que apenas seguem tendências e trocam o papel da impressora.
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