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quinta-feira, junho 26, 2025
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Futurecom Connect 10º episódio discute redes privadas e transformação digital em ambientes industriais

Foi lançado mais um episódio da temporada do podcast Futurecom Connect, com foco especial no universo de redes privadas e sua relevância para aplicações de missão crítica. Nesta edição, o colunista do portal Itshow e apresentador Márcio Montagnani recebeu Alexandre Vallejo, da Nokia, e Leandro Galante, da NEC, para uma conversa franca e aprofundada sobre os desafios e oportunidades no uso de conectividade em setores como energia, mineração, óleo e gás e agronegócio.

Com mais de uma hora de duração, o episódio está disponível nas plataformas de áudio e também no portal digital.futurecom.com.br, que traz um material de apoio exclusivo, compilando os principais temas abordados ao longo da temporada.

Por que as redes públicas não são suficientes?

Durante a conversa, os especialistas explicaram que redes públicas, por mais eficientes que sejam em determinados contextos, não foram projetadas para operações de missão crítica, onde a continuidade e o controle sobre a infraestrutura de comunicação são vitais.

Leandro Galante comparou redes públicas a roupas prontas do varejo, enquanto as privadas seriam “sob medida”. Isso permite às empresas adaptarem sua infraestrutura às necessidades específicas de operação, ampliando eficiência, segurança e previsibilidade.

Quando falamos em redes privadas, estamos falando em desenhar soluções de forma artesanal para cada cliente. Cada setor, cada planta tem uma necessidade diferente, e é isso que torna o trabalho desafiador e estratégico”, destacou Leandro Galante, da NEC.

Casos práticos e aprendizados do campo

O episódio também destacou um caso real em que uma empresa optou por usar rede pública em um ambiente remoto. Apesar da solução inicial parecer viável, o uso não controlado por parte da população local degradou a performance da rede, comprometendo operações industriais. A solução foi migrar para uma rede privada, onde se podia controlar QoS (qualidade de serviço) e limitar acessos.

4G ou 5G? Depende do caso de uso

Alexandre Vallejo trouxe à discussão uma reflexão importante: muitas aplicações industriais funcionam perfeitamente com 4G, o que torna a tecnologia uma opção madura, estável e financeiramente viável para início de projetos. Já o 5G entra em cenários com demanda por latência ultra baixa e grandes volumes de dados, como sistemas de vídeomonitoramento e operações autônomas em tempo real.

“A decisão por 4G ou 5G não deve ser baseada em hype, mas sim no que cada operação realmente precisa. Em muitos casos, o 4G entrega tudo que a indústria necessita, com excelente relação custo-benefício”, afirmou Alexandre Vallejo, da Nokia.

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“Você pode criar uma camada de cobertura ampla com 4G e, em pontos estratégicos, ativar o 5G onde for realmente necessário”, explicou Leandro. A combinação das duas tecnologias, somada ao Wi-Fi e redes cabeadas, permite um ecossistema híbrido e flexível.

Arquitetura, energia e Edge Computing

Outro destaque foi a importância da resiliência da infraestrutura, não apenas em conexão e espectro, mas também em energia. Ter fontes redundantes e arquitetura bem planejada é essencial. O Edge Computing, por sua vez, vem sendo adotado em casos como vídeomonitoramento, onde o processamento local permite otimizar o tráfego e a resposta operacional.

Cibersegurança no centro da discussão

A segurança das redes privadas também ganhou atenção. A interface aérea com SIM card e autenticação forte torna essas redes mais seguras que redes Wi-Fi. Mas os especialistas alertaram: o elo mais frágil é o humano. Políticas de governança, boas práticas e arquitetura de rede bem desenhada são fatores determinantes para proteger ambientes de missão crítica.

O papel do líder de TI

No âmbito corporativo, os convidados reforçaram que o novo líder de TI precisa ser um elo entre a tecnologia e o negócio. Saber traduzir necessidades operacionais em soluções digitais viáveis, lidar com equipes multidisciplinares, dominar conceitos de cloud, IA, e também negociar internamente são habilidades esperadas.

O futuro das redes privadas

Encerrando o episódio, Alexandre e Leandro foram unânimes: a próxima década verá uma expansão acelerada do uso de redes privadas no Brasil, com aplicações cada vez mais integradas a processos críticos. O episódio reforça que a hora de discutir, planejar e investir é agora.

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