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terça-feira, julho 29, 2025
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Segurança e Cibersegurança: protegendo o dispositivo IoT na era da conectividade

A digitalização acelerada da sociedade tem transformado profundamente a forma como pessoas, empresas e governos se conectam ao mundo. Entre as principais responsáveis por essa mudança estão as tecnologias baseadas em Internet das Coisas. O uso de dispositivo IoT em larga escala já é uma realidade consolidada em setores como saúde, agronegócio, indústria, logística, mobilidade urbana e residências inteligentes. Mas junto com a conveniência, surge um risco crescente: a fragilidade da segurança cibernética nesses dispositivos.

Crescimento exponencial e riscos negligenciados

Dispositivos conectados à internet, como sensores industriais, câmeras de vigilância, smartwatches, geladeiras inteligentes ou fechaduras automatizadas, estão cada vez mais presentes no cotidiano. Apesar de sua utilidade, muitos desses aparelhos operam com sistemas embarcados frágeis, pouco atualizados e sem uma camada robusta de proteção, o que os torna alvos frequentes de ataques.

Cibercriminosos exploram vulnerabilidades em sensores inteligentes para obter acesso não autorizado a redes, manipular dados, desativar equipamentos críticos ou até mesmo sequestrar informações em larga escala. A exposição é amplificada pela velocidade com que os dispositivos são implementados, muitas vezes sem uma política clara de segurança, sem criptografia adequada ou sem autenticação de múltiplos fatores.

A importância da governança digital

Empresas que integram dispositivos conectados em suas operações devem estar conscientes de que cada novo equipamento representa um ponto adicional de entrada para ameaças. O desafio está em equilibrar inovação com proteção. Implementar um dispositivo IoT não pode ser uma ação isolada do planejamento de cibersegurança. Cada sensor, atuador ou tecnologia inteligente inserida na cadeia operacional deve seguir diretrizes rígidas de governança e controle.

Um dos principais riscos está na ausência de padrões de segurança universais. Muitos fabricantes ainda comercializam dispositivos com senhas padrão, firmware desatualizado e portas de acesso abertas por padrão. Em ambientes industriais ou hospitalares, por exemplo, isso pode resultar em paralisação de sistemas críticos, comprometimento de dados sigilosos ou falhas em infraestrutura essencial.

Estratégias de proteção em camadas

Para mitigar os riscos, é necessário adotar uma abordagem em camadas. Isso inclui segmentar redes, atualizar dispositivos regularmente, adotar firewalls específicos para IoT, monitorar tráfego em tempo real e aplicar inteligência artificial para detectar comportamentos anômalos. Além disso, políticas de acesso baseadas em identidade e uso de criptografia ponta a ponta se tornam obrigatórias.

O fator humano também desempenha papel central. Campanhas de conscientização sobre segurança digital, treinamento de equipes técnicas e auditorias periódicas são essenciais para manter um ambiente controlado. Mesmo o melhor sensor conectado pode se tornar uma vulnerabilidade se o usuário final não seguir boas práticas de segurança.

Setores críticos e o desafio da privacidade

No setor de saúde, por exemplo, o uso de wearables para monitoramento de pacientes em tempo real oferece avanços significativos no cuidado, mas também exige cuidados extremos com a privacidade e proteção dos dados coletados. Da mesma forma, em cidades inteligentes, sistemas de semáforos, iluminação pública e vigilância precisam operar em um ecossistema seguro e resiliente.

A legislação também impõe obrigações. Leis como a LGPD no Brasil, o GDPR na Europa e regulamentações específicas de setores críticos exigem que dados coletados por dispositivos conectados sejam protegidos com os mesmos níveis de segurança aplicados a dados tradicionais. Isso inclui rastreabilidade, consentimento, minimização de coleta e resposta rápida a incidentes.

Caminho para a maturidade cibernética

Iniciativas de padronização como o NIST (National Institute of Standards and Technology) e consórcios internacionais de IoT Security Frameworks estão ajudando a estabelecer diretrizes técnicas, mas ainda há um longo caminho a percorrer até que práticas seguras se tornem regra e não exceção.

O investimento em segurança de dispositivo IoT não deve ser encarado como um custo, mas como um pilar da sustentabilidade digital. Em um mundo onde bilhões de dispositivos estarão conectados em tempo integral, proteger cada nó da rede é garantir a integridade do todo. A convergência entre tecnologia, cibersegurança e governança de dados será o diferencial entre empresas resilientes e aquelas expostas à descontinuidade por falhas evitáveis.

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Natália Oliveira
Natália Oliveirahttps://www.itshow.com.br
Jornalista | Analista de SEO | Criadora de Conteúdo
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