Segurança de rede
O que é segurança de rede?
A segurança de redes é uma preocupação crescente em um mundo cada vez mais conectado. Com a disseminação de redes de computadores e dispositivos conectados, os dados e as informações são compartilhados em uma escala sem precedentes. Com isso, a segurança de redes torna-se cada vez mais importante para garantir a proteção de dados e a privacidade dos usuários.
De acordo com um relatório do FortiGuard Labs, o Brasil sofreu 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas, somente no primeiro trimestre de 2022. Com o aumento da quantidade de ataques e a sofisticação com que eles têm sido empregados, torna-se vital implementar ações para a segurança de rede.
Como a segurança de rede se relaciona à LGPD?
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) é uma lei brasileira que regulamenta o tratamento de dados pessoais e tem como objetivo proteger os direitos fundamentais de privacidade e livre circulação de dados.
A segurança de rede tem um papel importante no cumprimento da legislação, pois é responsável por garantir que as informações pessoais dos indivíduos estejam protegidas contra acessos não autorizados, vazamentos, perda e destruição acidental.
A LGPD exige que as empresas e organizações implementem práticas de segurança adequadas para proteger os dados pessoais que coletam, armazenam e processam. Além disso, as empresas devem ser capazes de detectar e responder rapidamente a incidentes de segurança, e notificar as autoridades de proteção de dados e os indivíduos afetados sempre que informações confidenciais forem indevidamente acessadas.
Manter as redes seguras é, portanto, uma parte crucial para garantir que as empresas e organizações estejam em conformidade com a LGPD.
Quais são os tipos de segurança de rede?
Existem vários tipos de segurança de rede, sendo que eles devem ser implementados de acordo com o cenário de ameaças que a empresa identificar. Alguns dos principais são:
- Network Access Control (NAC) – é importante identificar os usuários e dispositivos que estejam conectados à sua rede. A partir dessa ação, a empresa consegue implementar políticas, além de bloquear dispositivos ou conceder acesso limitado, gerando mais segurança.
- Segurança de e-mail – os e-mails são frequentemente utilizados para capturar informações pessoais ou mesmo enviar campanhas de phishing (fraude eletrônica que rouba informações confidenciais). Sendo assim, é de grande importância utilizar ferramentas de segurança para detectar e bloquear ataques e vazamento de dados.
- Firewalls – imagine uma barreira que monitora e controla o tráfego da rede para bloquear possíveis ameaças. Esse é o firewall. Ele pode ser um software, um hardware, ou os dois, e protege as redes internas das redes externas.
- Sistemas de prevenção de intrusões (IPS) – esse tipo de sistema tem como objetivo realizar uma análise do tráfego de rede para reportar e bloquear possíveis ataques. Ele também pode ser usado para ajustar ferramentas e políticas de segurança da organização.
- VPNs – são tecnologias usadas para criptografar o tráfego da internet em tempo real, fazendo com que a identidade seja omitida. O objetivo é proteger informações como acesso em sites e dados baixados, aumentando a privacidade.
- Segurança em redes sem fio – redes sem fio como as wireless também precisam de monitoramento e proteção para evitar ataques cibernéticos. Para proteger esse tipo de rede, é necessário implementar protocolos, métodos e padrões que possam tornar o tráfego de dados mais seguro, como o protocolo EAP (Extensible Authentication Protocol) e o protocolo WPA (Wi-Fi Protected Access).
Esses são apenas alguns exemplos, existindo ainda outras soluções que podem ser utilizadas para a segurança da rede.
Como proteger a rede de uma empresa?
Para proteger a rede da sua empresa contra ataques, existem ferramentas como softwares antivírus, firewalls, VPN, sistemas de prevenção de intrusão, camadas de defesa, entre outros. Além disso, algumas medidas de segurança também podem evitar que a rede fique exposta a crimes cibernéticos. Abaixo listamos algumas delas.
Treinamento de colaboradores
Muitos dos problemas de segurança acontecem por conta de erros humanos. O treinamento dos colaboradores sobre as melhores práticas de segurança pode evitar condutas inadequadas, além de fazer com que saibam como proceder em caso de necessidade.
Política de senhas
As senhas são muito importantes para evitar o ataque de hackers. Porém, elas precisam ser criadas de forma eficiente para cumprir com seus objetivos. Isso pode ser facilitado por meio da adoção de uma política de senhas que conte com regras como trocas periódicas, determinação de nível alto, credenciais e senhas individuais para cada colaborador, entre outras.
Níveis de acesso
Muitas empresas concedem o acesso à rede a todos os colaboradores. Com isso, fica bem mais difícil evitar que ocorra vazamento de dados confidenciais, além de problemas com a perda de dados pela exclusão de um arquivo importante.
Verifique quais informações são necessárias para cada usuário e realize o controle de acesso para assegurar que informações estratégicas estejam disponíveis apenas para usuários autorizados.
Atualização de sistemas
Sistemas desatualizados podem permitir brechas para os cibercriminosos. As atualizações realizadas costumam corrigir falhas que foram exploradas para ataques, por isso é importante realizá-las. Isso se aplica a softwares, aplicativos, drivers, firmwares e firewalls.
Aplicação Web / Proteção de API
A proteção de aplicação web e API é uma abordagem de segurança que visa proteger as aplicações web e as API (interfaces de programação de aplicativo) contra ameaças cibernéticas. Elas costumam ser frequentemente alvos de ataques e, por esse motivo, precisam de técnicas e ferramentas para protegê-las, como a codificação segura, proteção de sessão e tecnologias como o WAF (Web Application Firewall).
Segurança em nuvem
Se os seus dados ficam hospedados em serviços terceirizados de nuvem, saiba que os servidores costumam implementar tecnologias para manter essas informações de forma segura e privada. No entanto, uma parte da segurança também depende dos clientes, independentemente do ambiente de nuvem utilizado (público, privado ou híbrido).
Cada um deles demanda uma necessidade maior ou menor de cuidados por parte da empresa, bem como soluções e métodos de segurança diferenciados para cada um.
Proteção do acesso físico
Não são somente as ameaças externas que podem gerar ataques. É importante que o acesso físico aos servidores e computadores seja limitado. Os computadores precisam conter senhas de acesso e os servidores precisam ficar armazenados com segurança, evitando operações indevidas que causem transtornos e prejuízos.