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sexta-feira, maio 9, 2025
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ESG em debate no 5º episódio da temporada Futurecom Connect

O quinto episódio da temporada Futurecom Connect mergulha em uma discussão essencial para o futuro da tecnologia e das telecomunicações: sustentabilidade e inovação. Apresentado por Márcio Montagnani, o episódio conta com a participação de Maria Emilia Peres, sócia de Estratégia e Inovação da Deloitte, Eduardo Neger, engenheiro e diretor da Abranet, e Daniela Martins, advogada e representante da Conexis Brasil Digital e Telebrasil. Juntos, eles ampliam o entendimento sobre os desafios e oportunidades do setor.

Logo no início, Maria Emilia contextualiza a importância do tema: “A telecom é extremamente necessária. Quando a gente olha para o futuro de qualquer setor, a base é o telecom, é a conectividade”. Essa afirmação sintetiza a relevância do debate sobre uso do espectro para garantir um setor mais eficiente e sustentável.

A relação entre sustentabilidade e conectividade

O episódio destaca como o uso do espectro impacta diretamente a eficiência energética das operações de telecomunicações. “Cada decisão do regulador, como a escolha entre Wi-Fi ou 5G, carrega implicações ambientais e energéticas”, explica Eduardo Neger. Ele lembra que o espectro é um bem escasso, e que sua alocação pode influenciar até mesmo o consumo de bateria dos dispositivos móveis.

Maria Emilia reforça esse ponto ao afirmar que a sustentabilidade hoje exige uma visão integrada e colaborativa: “A provocação da sustentabilidade está nos mostrando que, como empresa, não sobrevivemos sem pensar em algo maior”. Nesse contexto, as empresas precisam pensar além dos limites da própria operação e adotar práticas de inovação que alinhem tecnologia, ESG e estratégia de negócios.

Regulação e infraestrutura: o papel da política pública

Daniela Martins ressalta a importância da infraestrutura de telecomunicações como base para o desenvolvimento econômico e social: “Nós somos o setor de infraestrutura dessa nova realidade. A conectividade está no centro da entrega de serviços públicos, da inclusão digital e do crescimento econômico”. A representante da Conexis também chama atenção para a segurança das redes e a necessidade de proteger a infraestrutura essencial, destacando o impacto dos desafios regulatórios, como a sobreposição de legislações municipais, estaduais e federais.

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Segundo Eduardo, o Brasil tem mais de 20 mil empresas com licença de banda larga fixa, muitas delas em áreas remotas. No entanto, ele lembra que “não adianta termos tecnologia se não houver infraestrutura de rede instalada”, reforçando o papel dos investimentos e da regulação na expansão do acesso e na equidade digital.

ESG: vantagem competitiva

O episódio reforça ainda como o uso do espectro pode ser uma alavanca para práticas ESG. “Quando a gente fala de data centers, a pergunta é: com que tipo de energia eles estão sendo abastecidos?”, complementa Eduardo. O Brasil, com sua matriz energética predominantemente renovável, tem vantagens competitivas naturais, mas ainda enfrenta desafios como intermitência e infraestrutura de distribuição.

Daniela também destaca os programas de autogeração de energia pelas operadoras e as iniciativas de coleta de resíduos eletrônicos como exemplos práticos de ESG. Além disso, o episódio aponta o protagonismo que o Brasil pode ter durante a COP30, trazendo à tona o papel estratégico do setor de telecom nas metas climáticas globais.

Inovação e espectro: o futuro da conectividade

Para além dos desafios, o episódio apresenta caminhos possíveis. Maria Emilia compartilha um case da Deloitte com a McLaren, mostrando como a regulação pode ser usada como motor de inovação. “Eles não veem o regulador como uma barreira, mas como uma oportunidade para inovar dentro das regras”, explica. Essa abordagem se aplica diretamente ao uso do espectro, que precisa ser pensado de forma estratégica para fomentar a inovação em todo o ecossistema digital.

Ao final do episódio, o convite é claro: pensar o uso do espectro como uma questão central para a transformação digital, mas também como um pilar fundamental da agenda ESG e da soberania digital. Para quem trabalha com tecnologia, inovação e telecomunicações, esse debate é indispensável.

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Natália Oliveira
Natália Oliveirahttps://www.itshow.com.br
Jornalista | Analista de SEO | Criadora de Conteúdo
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