A aplicação de inteligência artificial (IA) no ambiente corporativo tem sido amplamente classificada como uma estratégia que promete ganhos significativos em eficiência e competitividade. No entanto, um estudo recente da IDC, encomendado pela Iron Mountain, destaca a qualidade dos dados como o principal obstáculo para que as organizações maximizem o potencial da IA em suas operações. No Brasil, cerca de 24% das empresas identificam essa questão como um dos maiores desafios, enfrentando dificuldades para garantir que os dados sejam organizados e confiáveis para suportar decisões e aprimorar processos de negócio.
Crescimento Exponencial dos Dados e os Desafios da Nuvem
Os dados gerados globalmente continuam a crescer em ritmo acelerado, ultrapassando 157 zettabytes em 2024, com uma projeção de dobrar até 2027, esse volume crescente de informações está impulsionando a migração para ambientes de nuvem, onde aproximadamente 25% dos dados empresariais já são armazenados, uma taxa que cresce duas vezes mais rápido do que em sistemas locais. Esse aumento exponencial de dados obriga as empresas a repensarem suas estratégias, investindo em soluções de governança que permitam uma gestão eficaz e sustentável dos ativos digitais e a integridade dos dados.
A explosão de dados na nuvem exige processos de governança sólidos para gerenciar a fragmentação e complexidade da informação. Para que a IA seja aplicada de forma eficaz, os dados precisam ser organizados e padronizados, permitindo que se transformem em elementos práticos e aplicáveis ao negócio.
A Qualidade dos Dados como Pilar da Governança na Transformação Digital
A adoção da IA nas operações das empresas depende não apenas da tecnologia em si, mas também de uma governança de dados bem estruturada. Na transformação digital, a integração dos dados exige cooperação e consistência, especialmente em organizações que ainda operam sistemas legados. Nesses contextos, uma governança sólida assegura que os dados possam contribuir eficazmente para decisões mais rápidas e estratégicas.
Para que a digitalização das operações seja bem sucedida, três fatores se destacam: a gestão de mudanças organizacionais, a aplicação contínua dos dados como base para decisões estratégicas e a colaboração com fornecedores de tecnologia que compreendem a dinâmica do setor e oferecem soluções integradas. Apesar desses elementos serem essenciais, desafios como a complexidade dos sistemas antigos, a resistência à inovação e a adaptação das equipes de TI às novas tecnologias emergentes ainda representam barreiras importantes.
Integração de Dados e Soluções Automatizadas
Para superar as dificuldades relacionadas à governança de dados, as empresas precisam adotar plataformas que centralizem e organizem as informações, facilitando o uso da IA para enriquecer o conhecimento organizacional. Essas soluções integradas simplificam a visualização e gestão dos dados, tornando-os acessíveis para toda a empresa. Além disso, a consolidação de sistemas de automação e a padronização das soluções de dados permite às empresas reduzir custos e aumentar a eficiência de suas operações.
Uma abordagem eficaz para organizar e gerenciar dados envolve três etapas principais. Primeiro, a automatização dos fluxos de trabalho ajuda a otimizar processos, reduzir custos, esforços e possíveis erros. Em seguida, a estruturação de dados permite que as informações sejam utilizadas de maneira mais estratégica para aprimorar a experiência dos clientes e colaboradores. Por fim, a implementação de medidas de proteção e conformidade garante que os dados sensíveis sejam devidamente resguardados e em conformidade com as normas de governança.
A Nuvem e o Futuro da Governança de Dados
A migração para nuvem tornou-se essencial para empresas que buscam infraestrutura escalável e otimização na governança de dados, no entanto, essa transição exige uma estratégia de gestão rigorosa, que envolve desde o controlo de armazenamento até à aplicação de políticas de segurança e retenção. Uma governança de dados bem estruturada na nuvem contribui não apenas para a continuidade dos negócios, mas também fortalece o compromisso corporativo com metas ambientais e orçamentárias, aumentando a competitividade e a responsabilidade social das empresas.
Diante desse cenário, investir em governança de dados deixou de ser apenas uma necessidade operacional, passando a representar uma vantagem estratégica para as empresas. Organizações que conseguem organizar e acessar seus dados de forma ágil e segura estão mais preparadas para responder rapidamente às demandas do mercado e inovar em suas áreas de atuação.
O estudo realizado pela IDC em parceria com a Iron Mountain reforça que a qualidade dos dados é um componente fundamental para o sucesso de iniciativas de IA nas empresas. Ao estruturar e gerenciar seus dados com eficiência, as organizações estão melhor posicionadas para transformar essas informações em diferenciais competitivos, acelerando seu crescimento e fortalecendo sua presença no mercado.
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