As organizações, independentemente do porte ou setor, enfrentam ameaças crescentes à sua infraestrutura digital, desde ataques cibernéticos até interrupções causadas por desastres naturais. Diante dessa realidade, a capacidade de ser resiliente às adversidades é fundamental para garantir a continuidade dos negócios.
Este tema é inerente aos recentes acontecimentos que afetaram o Rio Grande do Sul no mês de maio de 2024, onde fortes inundações ocorreram em diversas cidades causando um prejuízo considerável.
O que é Cyber Resilience?
A resiliência cibernética é um conceito que reúne a continuidade dos negócios, segurança dos sistemas de informação e resiliência organizacional.
Esse conceito descreve a capacidade de continuar a produzir os resultados pretendidos, apesar dos eventos e ataques cibernéticos, catástrofes naturais ou crises econômicas enfrentadas. Em outras palavras, um nível medido de capacidade e resiliência em segurança da informação afeta o quão bem uma organização pode continuar as operações comerciais com pouco ou nenhum tempo de inatividade. Segundo a IBM.
Algumas ameaças à Resiliência Cibernética:
- Ataques Cibernéticos: Ransomware, phishing e ataques de negação de serviço (DDoS) são apenas alguns exemplos das ameaças que podem paralisar operações e comprometer dados sensíveis.
- Erro Humano: Mesmo com tecnologia de ponta, a falta de treinamento ou negligência humana pode causar falhas graves em sistemas críticos.
- Catástrofes Naturais: Inundações, terremotos, furacões e outros eventos climáticos extremos podem destruir datacenters e interromper o fornecimento de energia, colocando sistemas fora do ar.
- Falhas de Infraestrutura: Interrupções no fornecimento de energia, problemas de conectividade e falhas em equipamentos podem prejudicar a continuidade do negócio.
Catástrofes Naturais: Um Risco Subestimado.
Embora a maioria das organizações foque em ameaças digitais, é vital considerar os impactos de desastres naturais. No Brasil, por exemplo, enchentes e tempestades severas são comuns e frequentemente causam danos significativos às infraestruturas de TI. Internacionalmente, terremotos, furacões e incêndios florestais também demonstram como eventos climáticos extremos podem desestabilizar operações.
Empresas devem adotar medidas preventivas como:
● Escolher locais estratégicos e seguros para datacenters.
● Implementar soluções de backup geograficamente distribuídas.
● Utilizar redundância em sistemas críticos para evitar paradas.
Passos para obter Resiliência Cibernética
- Avaliação de Riscos: Realizar auditorias regulares para identificar vulnerabilidades e avaliar os riscos potenciais, incluindo os relacionados a desastres naturais.
- Planos de Continuidade de Negócios (PCN): Desenvolver planos robustos que incluam estratégias de resposta a desastres e recuperação de dados.
- Treinamento e Conscientização: Garantir que funcionários estejam preparados para lidar com crises, evitando erros humanos e facilitando uma resposta coordenada.
- Tecnologia de Backup e Recuperação: Implementar sistemas que permitam a recuperação rápida de dados e aplicativos em caso de interrupções.
- Parcerias e Colaboração: Trabalhar com provedores de serviços e outras organizações para compartilhar recursos e informações em momentos de crise.
- Bônus: Equipes Engajadas: Sabemos que o perfil profissional tem grande variação, e manter e reter pessoas altamente engajadas faz toda a diferença em momentos de adversidade. Este exemplo trago do que vi das equipes realizando trabalhos com água pela cintura durantes as enchentes do Rio Grande do Sul para salvar equipamentos ou dados.
A Importância da Proatividade
Em um mundo onde o “inevitável” pode se materializar a qualquer momento, ser proativo é essencial. Investir em resiliência cibernética é uma questão de proteção, mas também de competitividade e sobrevivência no mercado.
Empresas que demonstram capacidade de enfrentar adversidades com eficiência conquistam a confiança de clientes, parceiros e investidores, criando uma vantagem competitiva em tempos incertos, isso vale também para o setor público.
Conclusão
A resiliência cibernética é uma necessidade estratégica no atual cenário global.
Adotar uma abordagem abrangente e preparar-se para o inesperado é o caminho para garantir a continuidade dos negócios e a proteção de ativos valiosos. Afinal, quando o inevitável acontece, estar preparado faz toda a diferença. Ou seja, realizar somente o básico de Segurança Digital não é mais aceitável para todos os desafios que somos colocados à prova.
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