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segunda-feira, abril 21, 2025
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Agro Security Summit – cibersegurança no agronegócio: desafios e oportunidades em debate

A digitalização acelerada no agronegócio trouxe novos desafios em termos de cibersegurança, e esse foi um dos principais temas abordados no Agro Security Summit 2025, realizado em Ribeirão Preto no dia 10 de abril. Durante o evento, a advogada Patrícia Peck, especialista em Direito Digital, Cybersegurança e Inteligência Artificial, discutiu como o setor precisa adaptar-se à inovação digital, ao mesmo tempo em que fortalece sua infraestrutura de proteção de dados. A entrevista foi conduzida por Márcio Montagnani, diretor de portfólio e novos negócios da Biz Group e colunista do portal Itshow.

Transformação digital no agro: o que está em jogo?

No cenário atual, o setor agropecuário brasileiro vive um processo de digitalização cada vez mais intenso, que exige não só investimento em novas tecnologias, mas também na capacitação de profissionais qualificados para lidar com as novas demandas. A especialista Patrícia Peck ressaltou que, embora o agronegócio esteja avançando para um futuro mais tecnológico, essa transformação ainda é descompassada com as necessidades de cibersegurança.

“O agro está cada vez mais digital, mas a aceleração tecnológica não acompanhou o ritmo necessário de investimento em cibersegurança e proteção de dados,” destacou Peck, alertando sobre os riscos que o setor enfrenta em função dessa desatualização nos protocolos de segurança. O uso crescente de tecnologias como IoT, inteligência artificial e big data exige uma proteção robusta para garantir a continuidade das operações no campo.

Os riscos cibernéticos no agronegócio: por que a proteção é urgente?

Com a digitalização, surgem também as vulnerabilidades. A coleta massiva de dados por dispositivos conectados, como drones e sensores agrícolas, amplia as possibilidades de ataques cibernéticos. Segundo Peck, a segurança desses dados e dispositivos não pode ser negligenciada, pois uma brecha pode causar prejuízos significativos para as operações no campo.

“Cada dispositivo conectado à internet, como drones e sensores no agro, pode ser acessado por pessoas não autorizadas se não tiver a camada de proteção adequada. Por isso, a monitoração contínua é essencial,” afirmou Peck. O foco está em evitar o que ela chama de “portas abertas” que podem ser exploradas por atacantes. O aumento de dispositivos IoT no campo representa, portanto, uma nova fronteira para os profissionais de TI que atuam no setor.

Capacitação e sustentabilidade: as chaves para um agro digital seguro

A transformação digital no agro não se resume à adoção de novas tecnologias, mas também exige um forte investimento em treinamento e conscientização das equipes. Para Peck, é fundamental que os profissionais do setor agropecuário se preparem para utilizar as tecnologias de forma eficiente e responsável, garantindo a proteção dos dados sensíveis envolvidos na produção agrícola.

“É preciso que as empresas do setor agro não apenas invistam em tecnologia, mas também treinem suas equipes para usá-la de forma eficiente e sustentável, garantindo a proteção de dados,” enfatizou Peck, destacando que o agro não pode avançar sem a devida atenção à segurança digital.

Esse processo de capacitação também envolve a criação de um ambiente que favoreça a inovação, mas que ao mesmo tempo preserve os dados e processos do setor. A sustentabilidade digital, portanto, deve ser vista como um pilar do crescimento do agro no Brasil.

A necessidade de diversidade no setor de tecnologia e cibersegurança

Outro ponto importante abordado foi a diversidade no setor de TI, especialmente em áreas como cibersegurança. Peck enfatizou que, para fortalecer o ecossistema digital do Brasil, é necessário criar mais oportunidades para as mulheres se inserirem no setor de tecnologia. Esse é um aspecto que, segundo ela, ainda precisa de uma mudança cultural desde a infância, incentivando meninas a se envolverem com tecnologia e inovação.

“A diversidade no setor de tecnologia e cibersegurança é fundamental, e a inclusão de mulheres deve começar desde a infância, com as famílias incentivando as meninas a mexerem com tecnologia,” explicou. A transformação digital no agro, assim, também passa por uma maior inclusão e estímulo à diversidade no setor de TI.

A caminho de um agro digital e seguro

O Agro Security Summit 2025 proporcionou uma análise detalhada dos desafios e oportunidades da digitalização no agronegócio, com um foco claro na segurança da informação e na capacitação profissional. O que ficou claro é que o sucesso do agro digital depende não apenas da implementação de novas tecnologias, mas também de uma abordagem estratégica de proteção de dados, sustentabilidade e inclusão no setor. Como o agro continua a evoluir para um futuro mais tecnológico, a convergência de inovação, segurança e diversidade será essencial para garantir que o Brasil se mantenha competitivo no cenário global.

Confira abaixo a entrevista exclusiva que Patricia Peck Pinheiroconcedeu ao Itshow durante a segunda edição do Agro Security Summit!

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