Nos dias 27 e 28 de junho, a cidade de São Paulo se transformou no centro das discussões sobre privacidade de dados, transformação digital e geopolítica da informação. O VI Congresso Nacional dos Profissionais de Privacidade de Dados (CNPPD 2025) aconteceu na UNIP Campus Norte, com transmissão ao vivo para todo o Brasil, e teve como tema central a Soberania Digital. A proposta foi debater o papel estratégico da proteção de dados em meio a um cenário global marcado por tensões cibernéticas, controle de infraestrutura e políticas digitais de Estados-nação.
Um evento de referência na América Latina
Considerado um dos maiores eventos sobre proteção de dados e cibersegurança da América Latina, o CNPPD 2025 atraiu participantes de setores como TI, Direito, Governança, Recursos Humanos, Marketing e Compliance, além de acadêmicos e profissionais impactados pela LGPD.
Entre os principais atrativos do evento estiveram:
- Networking com DPOs e especialistas renomados
- Oportunidades de negócios e parcerias estratégicas
- Acesso direto a autoridades internacionais e nacionais
- Participação híbrida com interação ao vivo em todos os painéis
Destaques nacionais e internacionais
Entre as presenças mais aguardadas esteve o Prof. Davis Alves, Ph.D, diretamente dos EUA. Presidente da APDADOS® e um dos primeiros DPOs do Brasil, Alves participou da oficialização da profissão junto à CBO/Ministério da Economia, e já formou mais de 4.500 profissionais da área.
A presença internacional se fortaleceu com nomes como:
- Eng. Maria das Dores, presidente da APD de Angola, que trouxe a experiência da Lei nº 22/11 do país africano;
- Ann Cavoukian, Ph.D (Canadá), autora de “Privacy by Design”, teoria base da LGPD e ex-comissária de Ontário;
- Juan Pablo Gutiérrez (Chile), diretor de Proteção de Dados do HD Group, com atuação no Ministério do Interior chileno;
- Marilice Vidal (Chile), especialista da DAMA Chile, referência em modelagem e integração de dados;
- Ignacio Arevalo (Argentina), advogado do CECYD/APDADOS, com foco em inovação e direito digital.
O painel Brasil-Argentina foi um dos destaques internacionais, promovendo troca de experiências sobre regulação, desafios e inovação na atuação de DPOs na América do Sul.
Representatividade nacional e cases práticos
O evento também deu protagonismo a vozes nacionais relevantes. Entre elas:
- Thompson Cardoso, especialista em Análise Comportamental e Detecção de Mentiras, certificado pelo FBI, com atuação no Ministério Público;
- Mônica Cassa, gerente de Governança Corporativa da SoftTek, especialista em GRC, Segurança da Informação e Cibersegurança.

Os painéis abordaram temas como:
- Guerra cibernética e proteção da infraestrutura crítica
- Integração entre legislações internacionais de privacidade
- Governança de dados e soberania digital em contextos corporativos
- Boas práticas de compliance e gestão de riscos digitais
Conexão, capacitação e soberania
Mais do que um congresso técnico, o CNPPD 2025 se posicionou como uma plataforma de diálogo estratégico e capacitação profissional, reunindo especialistas de alto nível em um ambiente colaborativo. A proposta foi além da proteção de dados pessoais: o evento refletiu sobre como países e organizações devem se posicionar para preservar sua soberania digital diante de dependências tecnológicas, ataques cibernéticos e disputas globais por dados.
Um espaço para quem constrói o futuro da privacidade
A edição de 2025 reafirmou o papel do CNPPD como evento essencial para profissionais que lideram a transformação digital com responsabilidade e visão estratégica. Em um momento em que a proteção de dados deixou de ser apenas um requisito legal e passou a ocupar o centro das decisões corporativas, o congresso se consolidou como espaço de articulação entre tecnologia, regulação e geopolítica da informação.
Ao reunir especialistas da América Latina, África e América do Norte, a iniciativa promoveu um ambiente de troca rica de experiências internacionais, cases práticos e tendências emergentes. A pluralidade de visões e contextos ajudou a reforçar a proteção de dados como um vetor fundamental de competitividade, resiliência, confiança institucional e soberania digital no cenário globalizado.
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