Na cobertura do portal Itshow no SecOps Meetup Football 2025, realizado nos dias 11 e 12 de setembro no Rio de Janeiro, entrevistamos Bruno Siffert , Diretor de Tecnologia da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em conversa exclusiva, ele detalhou os planos da entidade para fortalecer a segurança da informação e impulsionar a transformação digital no ecossistema do futebol brasileiro.
Investimento em tecnologia ainda é desafio para clubes e federações
Bruno apontou que o principal obstáculo enfrentado por clubes e federações está na ausência de investimentos consistentes em infraestrutura tecnológica e soluções de cibersegurança. Embora haja avanços na mentalidade dos gestores, o custo elevado ainda limita a evolução do setor.
“As principais ameaças digitais nos clubes e federações estão ligadas à falta de investimento em infraestrutura e segurança. Existe a intenção de avançar, mas o custo ainda é um grande desafio.”
O executivo ressaltou que falhas na infraestrutura digital não afetam apenas operações internas, mas têm reflexos diretos na experiência do torcedor.
“Quando a tecnologia falha, o torcedor, assim como o consumidor em qualquer indústria, é o primeiro a sentir os impactos.”
Gestão Samir aposta em inovação e transformação digital
Sob a liderança do presidente Samir, a CBF vem adotando uma estratégia considerada agressiva para acelerar a digitalização do futebol nacional. Segundo Bruno, o plano envolve investimentos estruturais que devem atingir federações e clubes de todas as séries.
“A atual gestão da CBF tem um olhar muito voltado à inovação. O presidente Samir está conduzindo um plano robusto de investimentos para modernizar o futebol brasileiro.”
A meta é aumentar a maturidade digital das organizações esportivas, promovendo governança de dados, automação de processos e novos modelos de gestão tecnológica.
Cultura de segurança e educação digital como prioridade
Bruno enfatizou que, antes de grandes investimentos em tecnologia, é essencial desenvolver a base educacional e a cultura de segurança nas entidades esportivas. Segundo ele, a falta de preparo dos profissionais que lidam com dados sensíveis representa um dos maiores riscos ao setor.
“Segurança da informação vai além do digital. É preciso educar toda a cadeia do futebol para lidar corretamente com dados sensíveis e infraestrutura tecnológica.”
“Muitas falhas ocorrem por falta de preparo dos usuários. Sem educação e processos claros, a tecnologia sozinha não resolve.”
Ele defende que programas de capacitação e conscientização em segurança sejam implementados desde os níveis operacionais até a alta gestão dos clubes e federações.

Acessos seguros e padronização fortalecem a confiança
A CBF também está promovendo a adoção de acessos seguros em seus sistemas e plataformas, criando uma camada adicional de proteção para operações críticas. O modelo será replicado para federações estaduais e clubes, alinhando práticas e reduzindo vulnerabilidades.
“Estamos implementando acessos seguros em federações e clubes. Isso faz parte do nosso dia a dia e é fundamental para consolidar a cultura de segurança no futebol.”
Bruno citou ainda o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) como exemplo de órgão que já atua com processos de acesso seguro, servindo de referência para o restante do ecossistema esportivo.
Eventos fortalecem a inovação no esporte
Para o executivo, encontros especializados como o SecOps Meetup Football 2025 são fundamentais para aproximar líderes de TI, fornecedores e prestadores de serviços, ampliando o debate sobre cibersegurança no setor esportivo.
“Eventos como o SecOps Meetup Football aproximam líderes de tecnologia e fornecedores. Isso impulsiona a transformação digital do futebol brasileiro.”
Bruno acredita que a troca de experiências nesses fóruns ajuda a alinhar tendências globais às particularidades do futebol no Brasil, criando um ecossistema mais resiliente e colaborativo.
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