Evento destacou os principais desafios da cibersegurança e a necessidade urgente de fortalecer a proteção digital no país
São Paulo, 27 de fevereiro de 2025 Executivos de cibersegurança de diversos setores se reuniram ontem em um evento presencial realizado em São Paulo, promovido pela Akamai em parceria com o INCC (Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime) e o Itshow. O encontro teve como principal objetivo discutir o estudo inédito do INCC, que apresenta um diagnóstico detalhado sobre a cibersegurança no Brasil e propõe estratégias para fortalecer a proteção digital no país.
O evento reuniu especialistas do setor público e privado, reforçando a necessidade de uma abordagem coordenada para enfrentar os riscos cibernéticos emergentes. Além disso, o encontro foi marcado pelo lançamento da pesquisa “Estudo de Impacto da Segurança de APIs 2025“, conduzida pelo Itshow Research, que busca mapear os impactos dos ataques a APIs no Brasil e compará-los com tendências globais.
Estudo do INCC: seis pilares estratégicos para a cibersegurança no Brasil
Durante o evento, foram debatidos os achados do estudo realizado pelo INCC, que identificou seis pilares essenciais para o fortalecimento da segurança digital no país:
- Conscientização e Educação Digital: O Brasil enfrenta um elevado índice de analfabetismo digital, onde a inclusão digital superou a educação digital. Isso cria um ambiente propício para golpes, fraudes e ataques cibernéticos, especialmente entre os mais vulneráveis, como idosos e jovens.
- Capital Humano: O déficit de profissionais de cibersegurança no Brasil ultrapassa 750 mil vagas. A falta de talentos qualificados, aliada à fuga de especialistas para o exterior, compromete a capacidade do país de enfrentar ameaças cibernéticas de forma eficaz.
- Governança e Regulação: O Brasil carece de uma entidade centralizada de cibersegurança que possa coordenar esforços de proteção digital. Diferentes países, como Reino Unido e Austrália, já possuem órgãos governamentais dedicados exclusivamente à segurança cibernética, algo essencial para uma defesa coordenada.
- Engajamento Multi-institucional: A falta de integração entre órgãos de segurança pública dificulta o combate ao cibercrime. Apenas 33% das Secretarias de Segurança Pública (SSPs) compartilham informações entre estados, tornando investigações cibernéticas fragmentadas e ineficazes.
- Investimentos e Incentivos: O Brasil investe 49 vezes menos do que os Estados Unidos na regulação da segurança cibernética. O orçamento do país para cibersegurança é insuficiente e disperso, sem uma rubrica específica dentro do orçamento da segurança pública nacional.
- Dados e Políticas Baseadas em Evidências: A ausência de um hub central de dados impede uma visão clara sobre os crimes cibernéticos. Sem informações confiáveis e tipificações adequadas, o país não consegue mapear os impactos reais do cibercrime e formular políticas públicas eficazes.
Nos últimos meses, o INCC publicou uma série de artigos aprofundando os insights do estudo sobre cibersegurança no Brasil. Clique aqui para conferir!
Pesquisa sobre segurança de APIs: um novo passo na análise dos riscos cibernéticos
Além do debate sobre o estudo do INCC, o evento também marcou o lançamento da Pesquisa de Impacto da Segurança de APIs 2025, uma iniciativa do Itshow Research, em parceria com a Akamai e a Exbiz. A pesquisa visa mapear os impactos dos ataques a APIs no Brasil, trazendo um comparativo exclusivo com os mercados dos EUA e Europa.
Com a crescente sofisticação dos ataques a APIs, essa pesquisa busca entender os desafios enfrentados pelas empresas brasileiras e contribuir para a definição de melhores práticas para proteção digital.
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Segurança digital exige ação imediata
O evento promovido pela Akamai, INCC e Itshow reforçou a urgência da cibersegurança como um tema central para empresas e governos. O estudo do INCC detalha os principais desafios estruturais do Brasil, enquanto a pesquisa sobre segurança de APIs do Itshow Research busca compreender um dos vetores mais críticos de ataques na atualidade.
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