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terça-feira, janeiro 21, 2025
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Genetec Aponta que Empresas Ainda Falham na Integração de Segurança Física e Cibernética

A integração entre a segurança física e cibernética continua sendo um grande desafio para muitas empresas. Essa é a avaliação da Genetec, que divulgou o relatório “Segurança Física: Tendências para 2024”. Segundo Ueric Melo, Gerente de Privacidade e Security Awareness para América Latina e Caribe, a falta de alinhamento entre esses dois mundos cria vulnerabilidades que estão sendo exploradas por criminosos, especialmente devido ao uso crescente de dispositivos baseados em IoT.

Dispositivos IoT Sob Ataque

Os dispositivos conectados, como câmeras de segurança, têm se tornado um alvo cada vez mais comum para ataques cibernéticos. Isso ocorre porque, embora pareçam simples, esses equipamentos possuem capacidade computacional comparável à de estações de trabalho. Na prática, isso os torna ferramentas valiosas para invasores.

Hoje, não basta proteger apenas os sistemas digitais. É fundamental garantir a segurança dos próprios dispositivos de monitoramento, o que chamamos de ‘segurança da segurança’. Câmeras de vigilância, por exemplo, podem ser exploradas por hackers, criando brechas perigosas para as empresas”, explica Melo.

Essa nova realidade demanda mais do que apenas tecnologia avançada. Para lidar com essas ameaças, é necessário um esforço coordenado que envolva mudanças culturais dentro das empresas, onde equipes de Segurança Física e Cibernética trabalhem de forma integrada.

Segurança Física e Cibernética

A interconexão entre o mundo físico e digital é um campo fértil para os criminosos, que sabem aproveitar as vulnerabilidades existentes. Segundo Melo, essa tendência deve se intensificar até 2025, com a popularização de dispositivos IoT no ambiente corporativo.

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Imagem gerada por Inteligência Artificial

As empresas precisam entender que as ameaças não estão mais isoladas. Hackers já sabem como explorar falhas que combinam brechas na segurança digital e física, o que pode resultar em ataques de alto impacto”, alerta.

Essa realidade mostra o quanto é importante que as áreas de segurança patrimonial e cibernética abandonem o isolamento em que historicamente operam e comecem a colaborar de maneira mais próxima.

O Papel dos Comitês de Segurança

Uma das soluções sugeridas pela Genetec para lidar com esse cenário é a criação de comitês de segurança unificada. Essa abordagem é apoiada pela CISA (Cybersecurity and Infrastructure Security Agency), dos Estados Unidos, que recomenda a formação de grupos estratégicos que envolvam gestores de diversas áreas, como CISOs, responsáveis pela Segurança Física e Cibernética e executivos de negócios.

Esses comitês têm o objetivo de promover a integração entre os setores e alinhar as práticas de proteção. Isso ajuda a evitar disputas internas sobre responsabilidades e facilita a criação de uma cultura de segurança integrada.

“O comitê não substitui as decisões específicas de cada área, mas cria um espaço para discutir medidas que envolvem ambos os setores. Essa colaboração é essencial para estabelecer uma cultura de proteção unificada que beneficie a organização como um todo”, afirma Melo.

A Cultura da Segurança Unificada

Investir em uma abordagem integrada não é apenas uma questão de proteger ativos, mas também de criar uma vantagem competitiva. Empresas que adotam uma cultura de segurança unificada conseguem se antecipar às ameaças e mitigar os riscos de forma mais eficaz.

Melo ressalta que essa transformação não é exclusiva de setores com alta exposição a ataques, como tecnologia e finanças. Empresas de todos os segmentos podem se beneficiar ao investir na proteção conjunta de seus sistemas físicos e digitais.

“Quanto mais rápido as empresas entenderem a importância dessa integração, mais fácil será implementar medidas que garantam a segurança de maneira abrangente”, destaca o executivo.

Conscientização Como Pilar da Segurança

Além de mudanças estruturais e tecnológicas, a conscientização dos colaboradores é outro pilar fundamental para enfrentar as ameaças cibernéticas. Programas de treinamento e campanhas internas podem ajudar a educar as equipes sobre a importância da segurança integrada e as melhores práticas para manter os sistemas protegidos.

Quando todos os setores estão alinhados, é possível criar um ambiente onde a segurança é prioridade coletiva. Isso fortalece a capacidade da empresa de responder rapidamente a incidentes e reduz significativamente os riscos”, explica Melo.

Por Que Integrar a Segurança é Essencial?

O cenário atual não deixa dúvidas: integrar a segurança física e cibernética é uma necessidade, não mais um diferencial. O avanço da tecnologia, combinado com o aumento do uso de dispositivos conectados, exige que as empresas repensem suas estratégias para garantir proteção em um mundo cada vez mais digital.

Ao adotar comitês de segurança unificada e investir em treinamento, as organizações podem construir uma base sólida para enfrentar os desafios do futuro. Essa abordagem promove uma visão mais abrangente, que vai além de proteger sistemas e equipamentos, alcançando a criação de uma cultura de segurança resiliente.

Empresas que investirem nessa integração estarão mais bem preparadas para lidar com as ameaças híbridas e proteger seus ativos de maneira eficiente e sustentável. Essa é a chave para garantir não apenas a segurança, mas também a continuidade e o sucesso em um mercado cada vez mais desafiador.

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Natália Oliveira
Natália Oliveirahttps://www.itshow.com.br
Jornalista | Analista de SEO | Criadora de Conteúdo
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