Um firewall é uma solução de segurança que atua como a primeira linha de defesa contra ameaças cibernéticas, ele monitora e controla o tráfego de entrada e saída em uma rede com base em regras de segurança predefinidas. O objetivo é criar uma barreira entre uma rede interna segura e redes externas não confiáveis, como a internet, para proteger contra acessos não autorizados e ataques maliciosos, os firewalls podem ser implementados em hardware, software ou em uma combinação de ambos, e podem ser configurados para proteger redes de diferentes tamanhos e complexidades.
O conceito evoluiu consideravelmente ao longo das últimas décadas, passando de simples barreiras de filtragem de pacotes para sofisticadas soluções que integram análise de ameaças em tempo real e inteligência artificial hoje, não apenas controlam o tráfego de rede, mas também ajudam a detectar comportamentos suspeitos, isolar segmentos da rede comprometidos e oferecer suporte a políticas de conformidade regulatória.
Como funcionam os firewalls?
Os firewalls funcionam avaliando os pacotes de dados que trafegam por uma rede. Cada pacote é analisado em busca de conformidade com as regras de segurança configuradas. Se o pacote atender às regras, ele é permitido; caso contrário, é bloqueado. Essa inspeção pode ser feita em diferentes camadas do modelo OSI, dependendo do tipo de firewall implementado. Por exemplo, enquanto um de filtragem de pacotes opera na camada de rede, um de proxy pode operar na camada de aplicação.
Os firewalls modernos incluem funcionalidades como inspeção profunda de pacotes (DPI), que permite uma análise detalhada do conteúdo dos pacotes de dados, identificando ameaças ocultas e malwares que possam estar camuflados em tráfegos aparentemente legítimos. Além disso, as soluções avançadas podem integrar aprendizado de máquina para ajustar automaticamente as políticas de segurança conforme a rede evolui.
Redes públicas externas
Redes públicas externas, como a internet, são fontes comuns de tráfego potencialmente perigoso. A internet é um ambiente dinâmico, onde milhões de dispositivos interagem em um ecossistema global. Sem uma proteção robusta, as organizações estão suscetíveis a ataques de phishing, ransomware e outros tipos de ameaças que podem comprometer a integridade dos dados e a continuidade das operações.
Os firewalls configurados para proteger redes corporativas monitoram e filtram continuamente o tráfego que entra e sai, prevenindo ataques como negação de serviço (DDoS), tentativas de intrusão, exploração de vulnerabilidades e ataques de força bruta. Além disso, esses dispositivos podem ser configurados para bloquear endereços IP de fontes conhecidas por atividades maliciosas, proporcionando uma camada adicional de proteção.
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Rede privada interna
Dentro de uma organização, a rede privada interna precisa de proteção para evitar que ameaças internas e externas comprometam dados sensíveis. As políticas de segurança interna são tão importantes quanto as medidas de defesa perimetral, pois muitas vezes as maiores ameaças vêm de dentro da própria organização, seja por erros humanos ou por ações intencionais de colaboradores mal-intencionados.
Os firewalls internos desempenham um papel importante na segmentação da rede, separando diferentes departamentos ou unidades de negócios para evitar a propagação de ataques internos. Essa segmentação é uma prática recomendada de segurança que pode limitar a amplitude de um ataque e facilitar a contenção de uma ameaça, firewalls internos também podem monitorar e aplicar políticas de segurança detalhadas em ambientes de nuvem híbrida, onde a rede corporativa interage com provedores de serviços em nuvem.
Redes de perímetro
As redes de perímetro representam a fronteira entre as redes internas e externas. Nelas, os firewalls são configurados para proteger os pontos de entrada e saída. Além disso, os em redes de perímetro podem ser usados para criar zonas de segurança, como DMZs (Demilitarized Zones), onde servidores públicos são mantidos para minimizar os riscos de acessos indesejados. Essas zonas são projetadas para permitir que determinados serviços, como servidores web e de e-mail, estejam acessíveis a usuários externos sem comprometer a segurança da rede interna.
As redes de perímetro também podem incluir múltiplas camadas que funcionam em conjunto para criar uma arquitetura de defesa em profundidade. Por exemplo, uma organização pode usar um firewall de perímetro para proteger a conexão de internet e outro firewall interno para monitorar o tráfego entre diferentes sub-redes. Essa abordagem oferece uma proteção mais granular e ajuda a mitigar ataques que possam ter passado pelo primeiro nível de defesa.
Tipos de firewall
- Filtragem estática de pacotes: Este é o tipo mais básico de firewall, que inspeciona cada pacote de dados individualmente com base em critérios predefinidos, como endereço IP, porta e protocolo. Ele não mantém informações de estado, o que pode limitar sua capacidade de analisar fluxos de dados complexos. Por exemplo, se um atacante dividir um ataque em múltiplos pacotes aparentemente inócuos, um firewall de filtragem estática pode não ser capaz de detectá-lo.
- Gateway em nível de circuito: Este firewall monitora sessões TCP e UDP, verificando se a conexão é legítima e garantindo que a comunicação seja segura durante a transmissão. Ele é eficaz para evitar a interceptação de sessões por agentes mal-intencionados. Os firewalls de gateway em nível de circuito trabalham na camada de sessão do modelo OSI e ajudam a verificar a legitimidade de conexões sem analisar o conteúdo dos pacotes, o que pode reduzir a carga sobre a rede e melhorar o desempenho em certas aplicações.
- Inspeção com estado: O firewall de inspeção com estado é mais avançado, pois mantém informações sobre conexões estabelecidas e garante que apenas pacotes correspondentes a conexões existentes ou válidas sejam aceitos. Isso aumenta a eficiência na detecção de tráfego malicioso e reduz falsos positivos, permitindo uma maior fluidez na comunicação legítima. Firewalls de inspeção com estado podem identificar e bloquear tentativas de conexão que não correspondam a nenhuma sessão válida, prevenindo ataques como spoofing de IP e sessões hijacking.
- Proxy: O firewall de proxy atua como um intermediário entre o usuário e a rede, recebendo e transmitindo solicitações. Ele pode examinar o conteúdo dos pacotes de dados e oferecer uma camada adicional de proteção ao mascarar a identidade do cliente. Além disso, os firewalls de proxy podem ser configurados para cache de conteúdo, melhorando a eficiência da rede e reduzindo a carga em servidores externos.
Os de proxy são frequentemente utilizados em ambientes corporativos para controlar e monitorar o acesso à internet, aplicando políticas de uso aceitáveis e protegendo contra sites maliciosos. Eles também podem oferecer funcionalidades avançadas de inspeção de conteúdo, que ajudam a detectar e bloquear malwares embutidos em arquivos de download ou links suspeitos.
Firewall de última geração (NGFW): Os Next-Generation combinam recursos de inspeção de estado com funcionalidades mais abrangentes, como a detecção de ameaças avançadas, controle de aplicativos e prevenção contra intrusões (IPS). Eles são altamente eficientes em proteger redes complexas contra uma ampla gama de ameaças cibernéticas. Esses dispositivos integram funcionalidades de deep packet inspection (DPI), VPNs seguras, detecção de ameaças persistentes e visibilidade de tráfego criptografado.
NGFWs também podem incluir inteligência de ameaças em tempo real, o que permite atualizações constantes para reconhecer novos vetores de ataque. Ao implementar um NGFW, as organizações têm a capacidade de aplicar políticas de segurança mais detalhadas, permitindo um controle mais granular sobre o tráfego de rede e o uso de aplicativos.
Importância dos firewalls
Os sistemas de proteção são essenciais para proteger a integridade e a confidencialidade dos dados, impedindo acessos não autorizados e ataques cibernéticos. Sem eles, a rede se torna vulnerável a intrusões e à exploração de brechas de segurança que podem comprometer informações críticas e interromper operações. A proteção de dados sensíveis é uma exigência legal e regulatória em muitas indústrias, como saúde e finanças, onde falhas de segurança podem resultar em sanções severas.
Esses sistemas também ajudam a manter a produtividade ao limitar o acesso a sites e serviços que possam distrair os funcionários ou representar uma ameaça à segurança. Por exemplo, eles podem ser configurados para bloquear acesso a sites de jogos, redes sociais e outros domínios que não são essenciais para as operações de negócios.
O que a segurança do firewall faz?
A segurança do firewall envolve a aplicação de políticas e regras de controle que protegem a rede contra tráfego malicioso. Isso inclui a filtragem de pacotes, o monitoramento de acessos e o bloqueio de atividades suspeitas. Firewalls modernos são equipados com ferramentas de monitoramento que fornecem relatórios detalhados sobre o tráfego da rede, permitindo que os administradores identifiquem e respondam rapidamente a ameaças emergentes.
Além disso, os sistema de defesa de rede desempenham um papel fundamental na proteção contra ameaças internas, que muitas vezes são subestimadas. Ataques internos podem ser perpetrados por funcionários descontentes ou por agentes que conseguiram se infiltrar na rede por meio de técnicas de engenharia social.
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