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domingo, setembro 8, 2024
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Caminhos para a Cibersegurança Nacional: As experiências do Reino Unido e Chile como referências para o Brasil

A era digital trouxe consigo uma expansão sem precedentes da conectividade e da tecnologia. No entanto, essa expansão também aumentou a vulnerabilidade mundial a ataques e crimes cibernéticos, tornando a cibersegurança uma prioridade global incontornável.

Diante de um aumento exponencial e irreversível dos incidentes cibernéticos, países como o Reino Unido e Chile têm desenvolvido e implementado estratégias robustas para proteger suas infraestruturas e cidadãos.

Para que tenhamos uma ideia superficial, somente em 2020, o mundo presenciou um aumento significativo nos ataques cibernéticos, com o ransomware crescendo em 105% (sem contarmos a quantidade imensurável de subnotificações) e os registros de dados expostos aumentando em 141%, segundo o Relatório de Ameaças à Segurança na Internet da SonicWall. 

O National Cyber Security Centre (NCSC) do Reino Unido registrou mais de 723.000 incidentes, enquanto o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) relatou mais de 1,6 milhão de incidentes, destacando a gravidade e a frequência crescente dessas ameaças.

Abaixo, pontuo algumas das estratégias nacionais adotadas pelo Reino Unido e Chile, bem como o atual momento do Brasil, que poderá ser decisivo para a resiliência nacional e segurança da nossa sociedade.

Reino Unido: A resposta britânica envolve uma estratégia nacional de cibersegurança implementada em 2020, que visa não apenas proteger as infraestruturas críticas, mas também aumentar a conscientização pública sobre os riscos cibernéticos.

Chile: O Centro Nacional de Cibersegurança (CNC), estabelecido em 2017, foca no fortalecimento das capacidades do país para defender-se contra ataques cibernéticos, promovendo uma cultura de cibersegurança e cooperação internacional.

Brasil: Em preparação para lançar sua primeira Estratégia Nacional de Cibersegurança (PNciber), o Brasil está iniciando seu posicionamento para fortalecer a cooperação entre o setor público e privado, com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR) cumprindo um papel estratégico e desafiador.

Acredito que o Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime – INCC, o qual atuo, neste momento, como presidente e diretor do centro de inteligência, é uma contribuição relevante da sociedade civil organizada na luta contra o cibercrime no Brasil e no mundo. A atuação no INCC é pautada em 4 pilares, sendo eles: (1) Inteligência, (2) Articulação público-privada, (3) Mobilização e Consenso e (4) Monitoramento de resultados.

Para cumprir sua missão de colaborar na promoção de uma profunda e consistente agenda de segurança cibernética e de combate aos crimes cibernéticos no país, o INCC atua de forma estruturada, estratégica e robusta, realizando acordos de colaboração técnica e acadêmica, bem como diversas alianças estratégicas com o Estado, Governos Estaduais, Forças de Segurança, Defesa Nacional, Iniciativa Privada e Sociedade Civil, sempre com foco na conscientização, letramento digital, criação de estruturas e acordos nacionais e transnacionais, prevenção e resposta às ameaças cibernéticas, contribuindo de forma relevante para o desenvolvimento da resiliência cibernética e para a segurança digital do país.

A troca de experiências e melhores práticas entre países na vanguarda da cibersegurança, como o Reino Unido e Chile, é fundamental. No dia 17 de maio, às 10h00 (horário de Brasília), o INCC está organizando um evento virtual com autoridades do Chile, Brasil e Reino Unido, trazendo uma oportunidade importante para que possamos discutir e compreender os movimentos e iniciativas destas nações, destacando a importância da colaboração global na luta contra o cibercrime. 

cibersegurança
Fonte: Sympla

Ao enfrentar esses desafios com uma abordagem unificada e informada, podemos proteger melhor nossas sociedades digitais contra as ameaças crescentes da era da informação.

O evento é gratuito e patrocinado pelo INCC em parceria com a Universidade de Oxford. Em formato de Webinar, terá tradução simultânea, com limite de inscrições e abertura para perguntas e respostas. Se você, caro leitor, possui interesse no tema e deseja entender melhor o que está acontecendo, participe. A inscrição poderá ser feita  CLICANDO AQUI.

Nos vemos lá!

Fabio Diniz
Fabio Diniz
Executivo experiente com um histórico comprovado de sucesso trabalhando em diferentes setores. Hábil em estratégia, planejamento de negócios, gestão de operações, coaching, mentoring e consultoria. Profissional ativo em serviços comunitários e sociais, com mestrado em Administração de Empresas com foco em Estratégia.
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