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terça-feira, julho 1, 2025
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Setor financeiro lidera ranking de ciberataques em 2025 e acende alerta para segurança digital

O setor financeiro segue como o principal alvo de ciberataques no Brasil em 2025, concentrando 20,18% de todos os incidentes registrados no primeiro trimestre do ano. Os dados, divulgados pela ISH Tecnologia, destacam uma tendência preocupante que já se consolidava nos anos anteriores: a crescente exposição das instituições financeiras às ameaças digitais.

A pesquisa revela que, entre janeiro e março, ocorreram mais de 132 mil tentativas de ataque cibernético, o equivalente a mais de duas tentativas por dia, por organização monitorada. O cenário reforça a urgência de investir em segurança digital, especialmente em setores que operam com dados sensíveis e em tempo real.

Por que o setor financeiro é o mais visado

As instituições financeiras lidam diariamente com informações confidenciais de milhões de clientes, incluindo dados bancários, históricos de transações, documentos pessoais e credenciais de acesso. Esses dados são extremamente valiosos no mercado negro digital, o que torna o setor um dos principais alvos de ataques sofisticados.

Além disso, a digitalização de serviços financeiros, como internet banking, carteiras digitais e transações por aplicativos, aumentou exponencialmente os vetores de ataque. A transformação digital trouxe benefícios em escala, mas também ampliou a superfície de exposição a riscos cibernéticos.

Setores mais afetados por ataques cibernéticos

Embora o setor financeiro lidere o ranking, outros segmentos também enfrentam um volume expressivo de ataques. De acordo com o levantamento da ISH Tecnologia, os dez setores mais afetados no Brasil em 2025 são:

SetorPorcentagem de incidentes
Financeiro20,18%
Governo12,47%
Serviços11,76%
Indústria10,78%
Comércio6,35%
Agricultura6,12%
Energia4,15%
Educação3,98%
Saúde3,98%
Logística3,45%

O destaque para governo e serviços permanece relevante, motivado tanto pela criticidade dos sistemas quanto por questões geopolíticas. Já os setores de agricultura e energia demonstram crescimento no número de incidentes, o que revela a adaptação dos cibercriminosos às novas oportunidades abertas pela digitalização desses mercados.

Evolução e persistência das ameaças

O estudo aponta que o setor financeiro também ocupou a liderança em 2024, com 19,76% dos incidentes, o que evidencia um padrão persistente. A continuidade desses ataques demonstra que, mesmo com investimentos constantes em tecnologia, a sofisticação das ameaças evolui em paralelo.

Outro dado preocupante é o número absoluto de tentativas de invasão por mês. Com mais de 132 mil incidentes apenas no primeiro trimestre, a média ultrapassa duas tentativas por dia em cada empresa analisada. Isso mostra como se tornou indispensável contar com uma política robusta de cibersegurança no Brasil, especialmente em ambientes corporativos críticos.

Engenharia social: a falha que começa nas pessoas

Apesar dos avanços em infraestrutura de proteção, uma das brechas mais exploradas ainda é o fator humano. Os ataques de engenharia social, especialmente o phishing, cresceram consideravelmente. Essa técnica consiste em manipular emocionalmente os colaboradores para que revelem senhas, acessem links maliciosos ou compartilhem informações confidenciais sem perceberem.

Mesmo empresas que investem em tecnologias de ponta continuam vulneráveis quando seus funcionários não estão capacitados para identificar essas tentativas. Por isso, torna-se fundamental implementar programas regulares de treinamento e conscientização, com simulações reais de ataques e feedbacks contínuos.

O papel estratégico da cibersegurança

A crescente ameaça digital exige que a proteção de dados seja tratada como prioridade estratégica e não apenas como uma responsabilidade do setor de TI. Executivos de diferentes áreas devem estar envolvidos na construção de políticas de segurança robustas, que contemplem prevenção, detecção e resposta a incidentes.

Além disso, é essencial o uso de soluções integradas de monitoramento e análise de comportamento, capazes de identificar padrões suspeitos em tempo real. A automação de processos também pode ajudar a mitigar riscos com maior agilidade e eficiência.

A liderança do setor financeiro em ciberataques no Brasil em 2025 acende um alerta importante para organizações de todos os portes. A era digital exige mais do que conectividade, ela requer vigilância constante, capacitação humana e tecnologia de proteção alinhada às novas ameaças.

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Natália Oliveira
Natália Oliveirahttps://www.itshow.com.br
Jornalista | Analista de SEO | Criadora de Conteúdo
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