Durante a cobertura do SecOps Meetup Agrotech e Indústria, promovido pelo SecOps Summit nos dias 11 e 12 de junho em Passo Fundo (RS), o portal Itshow conversou com Diego Staudt, CTO da DropReal, empresa especializada em cibersegurança. Em entrevista conduzida por Marcio Montagnani, diretor de portfólio da Biz Group e colunista do Itshow, Staudt detalhou como a empresa vem atuando de forma consultiva em diferentes segmentos — do financeiro ao agronegócio — com foco na redução da exposição cibernética e na proteção da mensageria corporativa.
“Nosso trabalho é entender o contexto de cada empresa e aplicar tecnologia que, de fato, esteja alinhada com o negócio. Só assim a segurança é efetiva”, explicou Staudt.
A cibersegurança como pilar do negócio
Com foco em estratégias preventivas e análise de riscos, a DropReal surgiu no setor financeiro e se consolidou como referência na detecção de exposição cibernética. A empresa hoje atua em diversos setores, ajudando organizações a desenvolverem sua área de segurança desde o zero, com projetos que envolvem tanto governança quanto implementação técnica.
“Nosso objetivo é ajudar as empresas a elevar sua maturidade em segurança e proteger seu ativo mais valioso: a informação”, ressaltou o executivo.
Phishing sofisticado ainda é ameaça comum
Um dos temas centrais da entrevista foi a persistência e sofisticação dos golpes via phishing, principalmente em setores como agronegócio e indústria. Staudt destacou que os atacantes têm usado táticas emocionais e engenharia social refinada, como simulações de boletos e descontos, que ainda geram resultados altos para o cibercrime.
“Os golpistas exploram urgência, vantagens financeiras e o comportamento humano para enganar o colaborador — até mesmo executivos de alto escalão”, alertou.
Segurança na mensageria como diferencial
Staudt compartilhou um case real com uma grande empresa do agronegócio, na qual a DropReal implementou uma solução de segurança em mensageria — protegendo o tráfego de mensagens internas e externas com tecnologias adaptadas às particularidades do negócio.
“Utilizamos uma tecnologia robusta, mas o segredo foi ajustá-la à realidade da organização. Isso garantiu a efetividade da proteção”, afirmou.
A solução não só impediu que mensagens maliciosas chegassem a colaboradores, como também bloqueou tentativas direcionadas aos C-Levels, especialmente voltadas à falsificação de boletos e engenharia social.
Abordagem consultiva como diferencial estratégico
Mais do que tecnologia, a DropReal aposta em uma postura consultiva e personalizada para orientar seus clientes na jornada de segurança. Isso envolve mapear vulnerabilidades, entender prioridades e traduzir riscos técnicos em linguagem de negócio — um elo ainda frágil em muitas organizações.
“A tecnologia sozinha não resolve. É preciso que ela esteja em sintonia com os objetivos da organização e com a maturidade da equipe”, disse Staudt.
LGPD e alta gestão ampliam demanda por proteção
O CTO também reforçou que a LGPD e os impactos da pandemia aceleraram a digitalização e, consequentemente, a necessidade de fortalecer os sistemas de segurança. Com isso, áreas técnicas e a alta gestão precisam caminhar juntas, garantindo que a cibersegurança seja tratada como risco estratégico e não apenas operacional.
“Hoje, segurança da informação precisa estar na pauta da diretoria. É uma questão de reputação, continuidade e sobrevivência da empresa”, concluiu.
Considerações finais
Com atuação transversal, a DropReal vem se consolidando como uma parceira relevante para empresas que buscam não apenas proteção técnica, mas também maturidade organizacional em cibersegurança. Ao alinhar soluções com os objetivos do negócio e promover uma abordagem consultiva, a empresa se posiciona como um agente-chave na transformação da postura corporativa diante de ameaças digitais cada vez mais sofisticadas.
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