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quarta-feira, abril 23, 2025
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Computação espacial e inteligência artificial ganham destaque em tendências tecnológicas de 2025, segundo Deloitte

A Deloitte destaca computação espacial e inteligência artificial como tendências transformadoras para o setor empresarial brasileiro, com impacto direto em setores como saúde e manufatura.

A Deloitte, em seu estudo anual Tech Trends 2025, trouxe um olhar sobre as inovações tecnológicas que estão moldando o futuro digital. A publicação revelou que a inteligência artificial (IA) tem se consolidado como um pilar fundamental para as inovações e transformações em diversas áreas, com destaque para a crescente convergência com outras tecnologias emergentes. Dentre os principais avanços, a computação espacial se apresenta como uma das mais intrigantes, oferecendo novas possibilidades para experiências imersivas e soluções avançadas em ambientes tridimensionais.

Com a evolução das grandes tendências tecnológicas, a IA se mostra não apenas um campo de inovação, mas uma infraestrutura essencial para otimizar processos, como o controle de tráfego urbano, o atendimento médico e a educação. Segundo Rodrigo Moreira de Oliveira, sócio da Deloitte, a IA está se tornando um elemento tão indispensável quanto a eletricidade e a internet, impulsionando a inovação e a competitividade de empresas e governos ao redor do mundo.

A computação espacial e seus impactos no Brasil

A computação espacial, uma das inovações mais interessantes apontadas pela pesquisa, representa a interação com dados e processos em espaços tridimensionais, criando novas formas de visualizar e simular cenários complexos. Quando aliada à inteligência artificial, essa tecnologia tem o potencial de transformar setores como saúde, manufatura e entretenimento.

No Brasil, os avanços nessa área podem ser especialmente disruptivos. De acordo com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Computação Quântica (INCT-IQ), a computação espacial tem o poder de impulsionar setores como a agricultura de precisão, a indústria 4.0 e as cidades inteligentes. Em particular, setores como arquitetura, design e aeronáutica já estão utilizando gêmeos digitais e simulações 3D para aprimorar seus processos produtivos.

Além disso, a combinação de IA e computação espacial pode melhorar a criação de ambientes mais personalizados e imersivos, oferecendo novas oportunidades para empresas brasileiras inovarem em suas operações e no relacionamento com seus clientes.

Inteligência artificial: uma força impulsionadora

A inteligência artificial continua a evoluir, com os Grandes Modelos de Linguagem (LLMs) sendo amplamente adotados para automação de processos e atendimento ao cliente. No Brasil, essas ferramentas já são utilizadas por diversas empresas no setor de comércio, especialmente para o desenvolvimento de chatbots e sistemas de atendimento personalizado.

Uma das iniciativas mencionadas pela Deloitte no estudo é o BNDES Garagem, um projeto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social que tem apoiado startups brasileiras a desenvolver soluções de IA, incluindo a utilização de Modelos Menores de Linguagem (SLMs). Esses modelos são mais acessíveis e eficientes, permitindo a personalização de serviços e a automação de processos, fatores que vêm ganhando terreno entre empresas brasileiras em busca de inovação.

A Deloitte também destaca o surgimento da IA baseada em agentes, sistemas que realizam tarefas específicas de forma mais autônoma. No setor financeiro, por exemplo, essa tecnologia tem sido aplicada em processos de análise de crédito e na detecção de fraudes. No setor da saúde, sistemas de IA já estão sendo utilizados para realizar diagnósticos mais rápidos e personalizados, oferecendo tratamentos mais eficazes aos pacientes.

O papel do hardware na era da inteligência artificial

Outro ponto importante no estudo da Deloitte é o crescimento da demanda por hardware especializado, como chips otimizados para IA. Esses chips são fundamentais para o processamento de dados de forma eficiente e têm sido amplamente adotados em dispositivos como computadores pessoais e objetos conectados (IoT). A tendência também inclui a criação de centros de dados equipados com chips especializados, o que representa um avanço significativo na forma como os dados são processados e armazenados.

Essa mudança tem implicações significativas para a segurança dos dados e a privacidade dos usuários, visto que a computação local pode reduzir a dependência de serviços em nuvem, diminuindo os riscos de exposição de informações sensíveis.

Desafios da cibersegurança na era quântica

A ascensão da computação quântica também traz novos desafios para a cibersegurança. Como a computação quântica pode potencialmente quebrar os sistemas de criptografia tradicionais, as empresas precisam reavaliar suas estratégias de proteção de dados. No Brasil, o setor de cibersegurança está se tornando uma prioridade crescente, à medida que as empresas avançam na digitalização e na migração para a nuvem. A adoção de criptografia avançada é uma medida importante para garantir a segurança das transações, especialmente no comércio eletrônico, onde a proteção de informações sensíveis é fundamental.

Modernização de sistemas empresariais

Além das inovações tecnológicas, a Deloitte também chama atenção para a crescente necessidade de modernizar sistemas e processos nas empresas. A integração de IA nos sistemas empresariais exige maior expertise e gerenciamento, especialmente à medida que as organizações enfrentam um aumento na complexidade de suas operações.

O conceito de AIOps, que envolve a automação de processos de TI com o auxílio de IA, tem sido cada vez mais utilizado para gerenciar ambientes empresariais complexos, permitindo maior eficiência e menos falhas. De acordo com a pesquisa do IDC, 80% das empresas podem ter até mil aplicativos em seus portfólios até 2025, o que exige uma gestão mais sofisticada e automatizada para evitar sobrecarga e falhas nos sistemas.

A publicação da Deloitte reforça como a IA e outras tecnologias emergentes estão remodelando os negócios e oferecendo novas oportunidades para inovação. As empresas que se adaptarem a essas tendências, como a computação espacial e os avanços no uso de IA, estarão bem posicionadas para prosperar em um futuro cada vez mais digital e interconectado.

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