Em entrevista exclusiva ao Portal Itshow, Yuri Diogenes, Principal PM Manager na Microsoft e um dos 100 líderes de TI destacados para se seguir em 2024, compartilhou sua visão sobre os principais desafios e tendências no campo da cibersegurança.
Diogenes destacou o crescente foco em DevOps e a necessidade de integração entre o desenvolvimento de código e a segurança na nuvem, citando a falta de maturidade das empresas em adotar ferramentas que identifiquem vulnerabilidades de forma integrada como um dos principais desafios de 2023.
Para 2024, Diogenes prevê que o desafio de proteger o ciclo de vida do desenvolvimento de código até a nuvem continuará sendo uma prioridade. Ele aponta a inteligência artificial (IA) como um fator chave, tanto para facilitar a identificação e remediação de vulnerabilidades quanto como uma nova frente para ataques cibernéticos.
Segundo ele, os “threat actors” vão explorar a IA para encontrar brechas de segurança, o que demanda uma abordagem equilibrada para aproveitar os benefícios da tecnologia minimizando os riscos.

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No que diz respeito à gestão de talentos em TI, Diogenes recomenda que as empresas baixem a barreira de entrada para novos talentos, criando mais posições de nível inicial para permitir que recém-formados e profissionais com menos experiência possam crescer na área de cibersegurança. Ele argumenta que essa estratégia ajudará a preencher as lacunas de talento no setor, ao mesmo tempo que desenvolve uma força de trabalho mais qualificada e diversificada.
Quanto ao papel da automação e IA no trabalho de TI, Diogenes enfatiza que, embora algumas funções possam ser otimizadas por essas tecnologias, habilidades humanas únicas, como soft skills e capacidade de liderança, continuarão sendo essenciais.
Yuri Diogenes ainda sugere que o trabalho remoto e a colaboração digital permanecerão como aspectos importantes do ambiente de trabalho, com muitas empresas adotando modelos híbridos para aproveitar os benefícios do trabalho presencial e remoto.
Ao final da entrevista, Diogenes concluiu que, em 2024, as empresas devem focar em avaliações internas para entender seus riscos específicos de cibersegurança e priorizar investimentos em tecnologias que protejam suas infraestruturas na nuvem.
Ele reitera a importância de adaptar estratégias de segurança às necessidades específicas da empresa e de investir em talentos para garantir uma abordagem de segurança robusta e eficaz.