Durante a cobertura do Itshow no Mind The Sec 2025, realizado entre os dias 16, 17 e 18 de setembro no Transamérica Expo Center, a equipe entrevistou Danielle Novais, country manager da ESET Brasil, e Thales Santos, engenheiro de soluções da companhia. Os executivos compartilharam a visão da empresa sobre os rumos da cibersegurança e alertaram para os riscos crescentes de ataques digitais, inclusive com a ascensão do crime “como serviço” e o uso massivo de ferramentas na nuvem.
Inovação com inteligência artificial e serviços premium
Thales Santos destacou que a ESET está investindo em soluções que vão além da proteção tradicional. No Mind The Sec, a empresa apresentou seu portfólio de segurança atualizado, com destaque para o uso de inteligência artificial em escala ampliada.
“Estamos apresentando no evento todo o nosso portfólio de soluções de segurança, com destaque para a aplicação de inteligência artificial de forma mais ampla e estratégica”, afirmou Thales.
Entre as novidades, a companhia lançou o AI Advisor, um chatbot que auxilia analistas de cibersegurança a tomarem decisões informadas em tempo real. A solução oferece insights estratégicos baseados na análise avançada das ameaças digitais.
“O objetivo é apoiar os profissionais a estarem mais bem preparados, com informações de qualidade para acelerar respostas e mitigar riscos”, explicou Santos.
Além do uso da IA, a ESET aposta em serviços de Managed Detection and Response (MDR) e suporte premium, refletindo a tendência de que a segurança do futuro será cada vez mais entregue como serviço.
O desafio do crime digital como serviço
Durante a entrevista, Danielle Novais reforçou que o cenário atual exige novas formas de enfrentamento. Para ela, a facilidade de acesso a ferramentas sofisticadas de ataque, oferecidas por grupos criminosos a qualquer pessoa, sem conhecimento técnico, amplia o alcance das ameaças.
“Hoje, qualquer indivíduo pode contratar uma ferramenta de phishing ou até mesmo um ataque mais complexo por valores baixos. Esse fenômeno amplia a escala do risco digital e exige uma resposta coordenada das empresas”, destacou Danielle.
A executiva também mediou o painel “Problemas as a Service: Como lidar com pessoas sem conhecimento, mas com ferramentas de ataques avançadas”, realizado no evento e composto exclusivamente por mulheres do setor de segurança digital.
Segundo ela, além de debater os riscos desse novo modelo de ameaça, o painel reforçou a importância da diversidade como vetor de inovação em segurança da informação.
Diversidade e liderança na cibersegurança
A composição do painel 100% feminino, que incluiu profissionais de destaque de empresas como Magalu, Grupo SBF e TRF6, simboliza um movimento necessário para ampliar a representatividade no setor.
Queremos mostrar que abordagens inovadoras e experiências diversas ajudam a enfrentar problemas complexos de segurança digital. Talento e liderança não têm gênero e é fundamental inspirar novas profissionais a ocuparem esses espaços”, disse Novais.
Para ela, a inclusão de diferentes perfis nas equipes de cibersegurança amplia a capacidade de análise e fortalece a resiliência digital das organizações.
Colaboração e protagonismo da alta liderança
Tanto Thales quanto Danielle reforçaram que a segurança digital não pode ser tratada apenas como uma questão tecnológica. A colaboração entre empresas, especialistas e líderes do setor é fundamental para enfrentar ameaças em constante transformação.
“A segurança não é feita apenas de tecnologia. Um dos pilares mais importantes é a colaboração. O Mind The Sec nos proporciona essa troca de experiências com clientes, parceiros e profissionais do setor”, observou Danielle.
Para a ESET, o papel da alta liderança de TI é fundamental para garantir investimentos adequados, promover cultura de segurança e adotar serviços gerenciados que elevem o nível de maturidade digital.
“Estar pela terceira vez no Mind the Sec reforça nosso compromisso em compartilhar conhecimento e fortalecer o mercado de cibersegurança no Brasil”, completou a executiva.
Contexto do evento
O Mind The Sec 2025 consolidou-se como o maior evento de cibersegurança da América Latina, reunindo executivos de TI, especialistas e autoridades para debater tendências e desafios da era digital. A edição deste ano mostrou que o combate ao crime cibernético exige inteligência artificial aplicada, serviços de resposta gerenciada e diversidade de talentos, sempre sob a liderança estratégica dos executivos de tecnologia.

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