A ética no uso da Inteligência Artificial é um campo com várias dimensões que requer uma abordagem mais abrangente e delicada no cuidar disto, garantindo que os sistemas de IA sejam desenvolvidos e utilizados de forma ética e responsável. O Parlamento Europeu aprovou (2024) a mais ampla e dura legislação dos últimos tempos sobre a utilização da IA e que deve servir de apoio para que o Brasil aprimore estas boas práticas, assim aconteceu com a GDPR (General Data Protection Regulation) na União Européia (UE) e logo em seguida veio a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) conhecida por todos no território Brasileiro.
A segurança da privacidade deve permitir que os dados dos usuários tornam-se uma preocupação fundamental no desenvolvimento e uso de sistemas de IA com o auxílio da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Os desenvolvedores devem adotar medidas robustas de segurança cibernética e garantir o cumprimento de regulamentações de proteção de dados para evitar o acesso não autorizado ou o uso indevido de informações pessoais.
Responsabilidade e Autonomia: Os Desafios da Ética na IA
A responsabilidade daqueles que desenvolvem e implementam sistemas de IA são responsáveis pelo impacto de suas tecnologias. Isso requer a adoção de mecanismos de supervisão e revisão para garantir que os sistemas de IA sejam utilizados de maneira ética e que sejam responsabilizados por quaisquer consequências negativas que possam surgir no decorrer de seu uso.
Os desenvolvedores devem considerar os potenciais impactos sociais com relação ao uso de suas tecnologias. O objetivo deve ser promover o bem-estar humano e evitar causar danos, priorizando o interesse das pessoas sobre outros objetivos, como a eficiência.
A autonomia dos usuários deve ter controle sobre como seus dados são coletados, armazenados e utilizados pelos sistemas de IA. Isso requer a obtenção de consentimento informado e a implementação de mecanismos de controle e transparência para garantir que os indivíduos possam tomar decisões informadas sobre o uso de suas informações pessoais e deve levar em consideração a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
Com base na LGPD, permite que seja evitada a violação da privacidade e se houver, a Inteligência Artificial pode ser usada para coletar e analisar dados pessoais sem consentimento adequado do indivíduo.
Os algoritmos de IA podem refletir preconceitos e discriminação presentes nos dados usados por esta ferramenta. Isso pode levar a decisões injustas ou discriminatórias em áreas como contratação, empréstimos, justiça criminal,dentre outros.
A Inteligência Artificial não pode ser usada de maneira antiética para manipular ou influenciar as pessoas, seja por meio de desinformação, personalização excessiva de conteúdo para manipular opiniões ou comportamentos, ou até mesmo para criar deep fakes (são vídeos, imagens e/ou áudios manipulados por IA) para enganar as pessoas.
Vale notar, que ao implantar a IA sem consideração ética adequada, poderá levar à automação de empregos em massa, causando desemprego e desigualdade econômica.
A dependência excessiva da IA em áreas críticas, como sistemas de saúde ou de segurança, sem uma estrutura ética robusta, pode levar a falhas graves e até mesmo colocar vidas em risco.
O uso não ético da IA pode minar a autonomia humana, seja através do controle excessivo exercido por sistemas automatizados ou da perda de habilidades humanas devido à dependência excessiva do uso desta tecnologia.
Vale ressaltar que a falta de ética pode resultar em responsabilização pelas ações tomadas por sistemas de IA, dificultando a identificação e correção de erros ou comportamentos prejudiciais na sua utilização.
Enfim, a transparência no uso dos sistemas de IA deve ter relação com as suas decisões, garantindo que os usuários entendam como as conclusões foram alcançadas no manuseio deste instrumento no seu cotidiano. Isso não apenas aumenta a confiança nas tecnologias de IA, mas também permite a detecção e correção de possíveis distorções na maneira como pensamos ou erros cometidos no decorrer do processo.
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