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sexta-feira, agosto 15, 2025
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Inovação ou morte: o imperativo da era digital

Em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I, então Príncipe Regente do Brasil, montado em um cavalo branco às margens do rio Ipiranga, retirou sua espada da bainha, a ergueu em direção ao céu, e proclamou: “Independência ou Morte”. Esta frase, um marco decisivo na história do país, simbolizou um momento de virada. Mas, qual seria a frase mais importante para os Líderes de TI em um momento em que a tecnologia abre um vasto leque de inovações e disrupções?

“Inovação ou Morte” é a frase que, em minha visão, melhor representa esse desafio.

Lições da história empresarial e o preço da inércia

A história empresarial está repleta de exemplos de empresas que falharam em antecipar e responder às mudanças do mercado. Casos como Kodak, Blockbuster, Nokia e Xerox são amplamente conhecidos. Outro exemplo notável é o da Toys “R” Us, uma das maiores varejistas de brinquedos do mundo, que não conseguiu se adaptar ao crescente mercado online. A falta de inovação em sua estratégia de vendas e na experiência do cliente levou à sua falência em 2017 e ao fechamento da maioria de suas lojas em 2018. Esses casos emblemáticos reforçam uma lição clara: nenhuma empresa está imune às consequências da inércia.

Inovação como cultura, não apenas tecnologia

A inovação não se resume à introdução de novos produtos ou tecnologias, mas sim a uma cultura de constante adaptação. As empresas que prosperam na era digital são aquelas que desafiam constantemente o status quo, reimaginam seus processos e modelos de negócios, e estão dispostas a aprender rapidamente com seus erros. Nesse contexto, a transformação digital não é mais uma escolha estratégica, mas uma necessidade vital para manter a competitividade e relevância.

O papel protagonista do líder de TI

Líderes de TI, como líderes de tecnologia, têm a oportunidade de atuar com protagonismo em processos inovadores. Eles estão na linha de frente da revolução digital, responsáveis por promover inovações que não apenas causem disrupções no mercado, mas que também aprimorem a eficiência organizacional. Por serem os líderes estratégicos com maior proximidade e familiaridade com tecnologias, tanto as consolidadas quanto as emergentes, esses profissionais carregam a honra e a responsabilidade de atuar como catalisadores e promotores de discussões, desvendando o potencial de cada tecnologia e sua influência nos negócios.

A importância dos alicerces tecnológicos

Contudo, é fundamental reconhecer que, para que as tecnologias sejam implementadas de maneira eficaz, maximizando seu potencial em termos de inovação, eficiência operacional, compliance, segurança e atendimento ao cliente, elas precisam de alicerces sólidos. Projetos estruturantes são frequentemente necessários para criar o ambiente adequado onde novas tecnologias possam ser inseridas com sucesso. A adoção de tecnologias como Digitalização/Omnicanalidade e Inteligência Artificial (IA) depende não apenas de algoritmos sofisticados, mas também de uma infraestrutura robusta, com grande capacidade de integrações e acesso a dados.

Sem esse alicerce, tais projetos podem resultar em falhas ou em resultados aquém do esperado, podendo até prejudicar a organização. Portanto, o papel do Líder de TI inclui não apenas a promoção de inovações, mas também a liderança na construção dos alicerces necessários para que essas inovações prosperem, assegurando que a empresa esteja preparada para capitalizar plenamente as novas oportunidades tecnológicas.

Tecnologias emergentes no radar do líder de TI

Líderes de TI devem manter em seu radar as principais tecnologias emergentes, que continuam a oferecer um potencial significativo para transformar os negócios. Entre elas, destacam-se:
• Omnicanalidade: Que integra todos os canais de comunicação e vendas de uma empresa, proporcionando ao cliente uma experiência coesa e contínua.
• Inteligência Artificial (IA): Com importantes cases de sucesso, a IA já está transformando substancialmente grandes negócios, automatizando processos, prevendo tendências e personalizando ofertas em larga escala.
• Automação de Processos: Tanto via RPAs quanto via Agentes de IA, essas tecnologias já provaram que, quando bem utilizadas, permitem a automação de tarefas repetitivas e a liberação de recursos humanos para atividades de maior valor agregado.

Além disso, é fundamental manter no radar tecnologias emergentes como Computação Quântica, Blockchain, Realidade Estendida (XR), 5G aliado à IoT, entre outras que podem criar tanto oportunidades quanto desafios para as empresas. Líderes de TI que acompanharem essas inovações e compreendem como inseri-las de forma estratégica em suas realidades certamente estarão mais bem posicionados para liderar suas organizações rumo ao sucesso.

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Conclusão: Inovação ou Morte como imperativo estratégico

“Inovação ou Morte” não é apenas uma expressão de efeito, mas um imperativo na era digital. As novas tecnologias formam uma rede complexa de oportunidades que, quando bem aproveitadas, podem transformar negócios de diversas maneiras. Empresas que não adotam essa mentalidade correm o risco de ficarem à margem, vulneráveis a serem superadas pelo mercado.

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Jair de Oliveira Junior
Jair de Oliveira Junior
Líder de TI com ampla experiência em gestão de operações complexas, Jair de Oliveira Junior atua como Head de Tecnologia em um grupo líder no setor de varejo e distribuição de peças automotivas, conduzindo as áreas de Aplicações, Infraestrutura, Governança e Segurança da Informação em uma operação com mais de 260 lojas, oito centros de distribuição e presença digital estratégica. Com passagens por consultorias globais e projetos de grande porte, possui sólida vivência na implantação e modernização de ERPs e de soluções especializadas. Bacharel em Ciências da Computação, com MBA em Gestão de TI, especializações internacionais em Data Engineering, Inteligência Artificial e Transformação Digital, Jair também é certificado PMP, PRINCE2, COBIT e ITIL. Apaixonado por inovação e excelência operacional, escreve sobre estratégias e tendências que conectam tecnologia, negócios e resultados sustentáveis
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