Um estudo recente realizado pela Fortinet revelou que invasões cibernéticas afetaram 47% das indústrias latino-americanas nos últimos 12 meses. Este número reflete a crescente vulnerabilidade das empresas da região às ameaças digitais, com destaque para setores críticos como manufatura, energia e saúde. Desses ataques, 27% das empresas relataram que foram alvo de mais de três incidentes em um único ano, o que levanta um alerta para a fragilidade das defesas cibernéticas na infraestrutura operacional.
Esses dados demonstram como as indústrias da América Latina estão sendo frequentemente atacadas e como a segurança cibernética ainda é vista como uma prioridade secundária em muitas organizações, que ainda enfrentam desafios para proteger suas operações críticas contra as ameaças digitais cada vez mais sofisticadas.
Esses dados demonstram como as indústrias da América Latina estão sendo frequentemente atacadas e como a segurança cibernética ainda é vista como uma prioridade secundária em muitas organizações, que ainda enfrentam desafios para proteger suas operações críticas contra as ameaças digitais cada vez mais sofisticadas.
Invasões Cibernéticas: Impacto nos tempos de recuperação
O estudo também revela que o tempo médio de recuperação após um ataque cibernético é significativamente maior nas indústrias latino-americanas, comparado com outras regiões. Cerca de 46% das empresas afirmaram que precisaram de vários dias para restaurar completamente suas operações após um incidente de segurança cibernética. Isso é um reflexo da falta de estratégias de resposta rápidas e da ausência de planos de continuidade de negócios adequados para minimizar o impacto de tais incidentes.
Em comparação com outras regiões, as indústrias da América Latina continuam a enfrentar dificuldades em restabelecer operações críticas após ataques, o que expõe uma infraestrutura de TI muitas vezes sobrecarregada e vulnerável a falhas prolongadas. O estudo alerta que a velocidade de recuperação é uma questão crucial, já que cada hora de inatividade representa uma perda financeira significativa para as empresas.
Setores mais afetados
Os setores mais vulneráveis incluem manufatura, logística, energia, saúde e petroquímico, onde a dependência de sistemas tecnológicos operacionais (OT) críticos torna as operações mais suscetíveis a interrupções. O uso crescente de sensores conectados, dispositivos IoT e automação inteligente em muitas dessas indústrias amplia a superfície de ataque, criando mais pontos de vulnerabilidade para os hackers.
A manufatura é particularmente afetada por essa transformação digital, já que muitos processos industriais estão se tornando cada vez mais interconectados e digitalizados. Isso cria novas oportunidades para ataques cibernéticos, como ransomware, que podem paralisar as linhas de produção e gerar enormes prejuízos financeiros. Além disso, o setor energético também enfrenta desafios significativos, com infraestruturas críticas sendo frequentemente alvo de ataques cibernéticos, que podem afetar a distribuição de energia e comprometer a segurança nacional.
Avanços na maturidade da segurança OT
Apesar dos desafios, o estudo também revela um dado positivo: a maturidade da segurança OT nas empresas latino-americanas tem evoluído ao longo dos anos. Indústrias com maior maturidade em segurança cibernética demonstram maior capacidade de detectar e responder a incidentes de segurança de maneira eficaz. Essas empresas também são menos propensas a sofrer ataques cibernéticos mais sofisticados e destrutivos, como os direcionados por atores avançados (APT).
Entretanto, a maturidade na segurança OT ainda é um desafio para muitas empresas, especialmente para aquelas que não possuem estratégias de segurança integradas nem uma cultura organizacional focada em segurança digital. A pesquisa indica que a integração de políticas de segurança OT com TI está se tornando mais comum, mas muitas indústrias ainda enfrentam silossamento de dados e falta de comunicação entre departamentos, o que dificulta a resposta ágil e eficaz.
Responsabilidade da alta gestão
A pesquisa destaca que a responsabilidade pela segurança cibernética deve ser atribuída claramente à alta gestão das empresas, incluindo diretores e executivos. Organizações que envolveram seus Chief Information Security Officers (CISO) e equipes de TI em reuniões regulares com a liderança sênior obtiveram resultados melhores na proteção de seus sistemas OT. Essa abordagem de governança é vista como uma das melhores práticas para garantir que a segurança digital seja uma prioridade estratégica para todas as áreas da empresa.
A alta gestão também deve garantir que os protocolos de segurança sejam continuamente revisados e atualizados à medida que novas ameaças surgem. A colaboração entre equipes de diferentes departamentos, como TI, OT e recursos humanos, também é fundamental para garantir que todos na organização compreendam e implementem políticas eficazes de segurança cibernética.
O estudo evidencia que as indústrias da América Latina ainda enfrentam desafios consideráveis em relação à segurança cibernética. Embora a maturidade da segurança OT tenha evoluído, muitas empresas ainda não estão preparadas para lidar com o crescente número de ataques direcionados e ameaças digitais. As empresas precisam priorizar investimentos em segurança cibernética, fortalecer sua infraestrutura de TI e adotar políticas de governança robustas.
Além disso, a alta gestão deve estar mais envolvida no planejamento e implementação de estratégias de segurança, enquanto os funcionários devem ser treinados regularmente para enfrentar novas ameaças. As organizações também devem adotar tecnologias de segurança integradas e realizar simulações de incidentes para garantir que possam responder rapidamente a qualquer crise.
Somente com uma abordagem de segurança proativa e integrada as empresas latino-americanas estarão mais preparadas para proteger suas operações críticas contra invasões cibernéticas e garantir a continuidade dos seus negócios.
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