A crescente integração da inteligência artificial (IA) em diversos setores do mercado evidencia não apenas seu potencial de transformação mas também a urgência de uma regulamentação adequada.
Marcelo Eduardo Cosentino, vice-presidente de Negócios para Segmentos da TOTVS, destaca a complexidade e a necessidade de uma legislação que aborde tanto as oportunidades quanto os desafios apresentados pela IA, considerando a diversidade de aplicações e os impactos em diferentes segmentos de mercado.
- O Desafio de Regular uma Tecnologia em Expansão
- Colaboração como Chave para uma Regulamentação Eficaz
A Necessidade de Regulamentar a IA no Brasil
Em um cenário onde a inteligência artificial avança a passos largos, o Brasil se vê diante de uma encruzilhada tecnológica e regulatória. A capacidade inovadora e disruptiva da IA, já evidente em diversos setores, coloca em pauta a urgência de uma regulamentação que acompanhe seu desenvolvimento.
Este post explora a importância de estabelecer um marco regulatório para a IA no país, abordando os principais desafios, oportunidades e a necessidade de uma abordagem colaborativa e setorialmente informada.
O Desafio de Regular uma Tecnologia em Expansão
A inteligência artificial vem se estabelecendo como um pilar central na evolução tecnológica de múltiplos setores. Sua capacidade de oferecer ganhos significativos em produtividade e eficiência já é reconhecida mundialmente.
No entanto, o avanço rápido da IA traz consigo uma série de questões éticas, legais e de segurança de dados que demandam uma abordagem regulatória cuidadosa e bem fundamentada. O Brasil, acompanhando a tendência global, encontra-se em um momento crucial para definir o marco regulatório que irá direcionar o desenvolvimento e uso da IA no país.
O vice-presidente da TOTVS aponta para a transversalidade da IA, que já ultrapassa os limites do setor tecnológico, marcando presença em áreas como saúde, educação, direito e marketing.
Essa penetração setorial diversificada requer uma legislação que considere as especificidades de cada área, garantindo que os avanços não sejam impedidos por uma regulamentação genérica e descontextualizada.
Além disso, a maturidade digital de cada segmento influencia a adoção da tecnologia, reforçando a necessidade de um diálogo inclusivo entre reguladores, empresas e especialistas de cada setor.
Colaboração como Chave para uma Regulamentação Eficaz
Para que a regulamentação da IA seja eficaz, é necessário que ela seja tanto abrangente quanto específica. Isso significa reconhecer e endereçar as particularidades de cada setor impactado pela IA. A abordagem “tamanho único” não é viável quando se trata de tecnologia de IA, dado o amplo espectro de suas aplicações e impactos.
A elaboração de uma normativa para a IA no Brasil é um processo que exige a colaboração de diversos atores do mercado e da sociedade. Cosentino enfatiza a importância do envolvimento ativo de todos os stakeholders no estabelecimento de normas, na fiscalização e no apoio ao órgão regulador central.
A participação de especialistas setoriais é fundamental para assegurar que a legislação seja relevante e não restritiva, promovendo o desenvolvimento tecnológico sem prejudicar a inovação.
A caminhada rumo à regulamentação da inteligência artificial no Brasil é complexa e repleta de desafios. No entanto, a abordagem colaborativa entre governo, mercado e sociedade pode facilitar a criação de um marco regulatório que equilibre progresso tecnológico e proteção aos cidadãos.
A iniciativa não só é necessária mas também urgente, dada a velocidade com que a IA está evoluindo e se integrando às diversas facetas da vida cotidiana e do mercado corporativo brasileiro. Este processo, embora demorado, é essencial para garantir que o Brasil se mantenha na vanguarda da inovação tecnológica, ao mesmo tempo em que assegura um desenvolvimento seguro e ético da inteligência artificial.
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