O Brasil está assumindo um papel significativo na cibersegurança com o lançamento do programa “Hackers do Bem”. Coordenado pela Softex e executado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em parceria com o Senai-SP, o programa visa formar mais de 30 mil profissionais em cibersegurança até 2025, graças a um investimento de R$ 32,6 milhões provenientes da Lei de TICs.
A iniciativa foi anunciada pelo Secretário de Ciência e Tecnologia para a Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, em Brasília, nesta segunda-feira (22), que enfatizou a necessidade de fortalecer a área de cibersegurança no Brasil e investir na formação profissional contínua para garantir um ambiente virtual seguro e confiável.
O programa “Hackers do Bem” é voltado para estudantes de ensino técnico, médio e superior, profissionais de tecnologia em busca de especialização e aqueles que desejam mudar de carreira. O treinamento incluirá aulas ao vivo, exercícios teóricos e práticos, com a utilização de simuladores, vídeos e outros recursos desenvolvidos conjuntamente pela RNP e o Senai-SP, referências na formação de profissionais de tecnologia da informação e comunicação.
No país, mais de 300 mil vagas em cibersegurança permanecem não preenchidas devido à falta de profissionais qualificados na área, segundo o diretor-adjunto de Cibersegurança da RNP, Emilio Nakamura. “O programa ‘Hackers do Bem’, além de desenvolver competências em cibersegurança, estabelece mecanismos de integração dos ecossistemas de ensino, pesquisa, inovação e segurança da informação”, destacou.
Mas o objetivo do programa vai além de simplesmente formar profissionais. O “Hackers do Bem” pretende construir um hub nacional de cibersegurança, integrando instituições como Governo, reguladores, empresas e startups para impulsionar a indústria de segurança cibernética no país.
Ana Oliveira, analista de qualidade da Softex, vê o programa como um meio para diminuir a falta de profissionais da área, além de ajudar a construir uma indústria nacional de segurança cibernética inovadora. “O “Hackers do Bem” vem para colaborar com a construção de uma indústria que apoia pesquisas e produções científicas, que retém especialistas e aposta no reforço constante da cibersegurança no país”, explicou.
Essa iniciativa inovadora promete mudar a paisagem da cibersegurança no Brasil, proporcionando educação de qualidade, formando profissionais especializados e estabelecendo um ecossistema robusto para o desenvolvimento e inovação constantes na área.
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