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terça-feira, setembro 9, 2025
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Como CIOs brasileiros já provam ROI com IA: do case “Nina” à força de vendas virtual

Em entrevista exclusiva ao Itshow, Rodrigo Silva foi enfático: “A inteligência artificial precisa estar no nível estratégico, não apenas na inovação. No fim, ela tem que gerar ROI.” O executivo defendeu que o caminho para CIOs é escolher gargalos críticos, entregar resultados rápidos e conquistar confiança do board.

O executivo ressalta que “É muito normal o CFO questionar. Por isso a estratégia é simples: comece pequeno, meça o que importa e escale.”

ROI de IA começa no problema certo e com prazo curto

Para Rodrigo, os desafios se repetem em diferentes indústrias: processos de order to cash e procure to pay. Ele lembra que o RPA tradicional automatiza tarefas sem decisão. O salto veio com o IRPA e, mais recentemente, com IA capaz de fechar processos ponta a ponta.

Mesmo após dois anos de hype, o mercado ainda mostra ceticismo. “Se a IA for vista apenas como projeto bacana de inovação, ela morre no meio do caminho. O board precisa enxergar resultado no caixa.”

“Nina”: economia de R$ 460 mil e validação do board

Silva compartilhou o case que virou divisor de águas. A colaboradora digital “Nina”, criada sobre o Microsoft Copilot já licenciado pela empresa, centraliza orientações internas e fala em linguagem natural.

“A Nina nos ajudou a economizar três posições e cerca de R$ 460 mil ao ano, sem investimento adicional”, afirma. Em apenas três meses, atendeu +2.000 solicitações com 10% de taxa de abandono, evoluindo de assistente a agente capaz de redefinir senhas ou abrir chamados automáticos. Mais importante: ao mostrar retorno rápido, a Nina financiou outros projetos de IA. “Ela foi a prova de que a IA não é só conceito, é ROI real.”

SDRs virtuais: voz sintética e funil qualificado em vendas B2B

Entre as áreas mais maduras para ROI rápido no Brasil, Silva destaca a automação da força de vendas (SDRs).

“Nossos SDRs virtuais falam com voz clonada; incluindo vícios de linguagem e cacoetes, classificam leads e liberam o vendedor técnico para atuar onde importa. Isso reduz esforço inicial e aumenta foco em vendas consultivas, especialmente no agro e na farma.”

Mesmo em ambientes menos avançados sem CRM, bases simples como planilhas podem alimentar campanhas de confirmação, cobrança e recuperação de carrinhos. O recado é claro: comece com o que você já tem.

Como convencer o CFO: métricas, horizonte e o “ano 2”

A principal barreira é o ceticismo financeiro. “O CFO ainda olha só receita e margem. Melhorar experiência do cliente ou satisfação do colaborador parece intangível.”

A defesa passa por:

  • Pilotos de rápido impacto
  • KPIs objetivos (horas economizadas, erros reduzidos, conversão maior)
  • Separar ganhos tangíveis de reputacionais
  • Benchmark entre pares

Cultura e competências: letramento, mudança e governança

Para escalar, é preciso preparar pessoas. “Não é programar, mas entender modelos, prompts e governança de dados. Agora, a vantagem competitiva está em saber perguntar certo.”

Rodrigo defende:

  • Alfabetização em IA e dados
  • Visão estratégica digital orientada a negócio
  • Gestão da mudança (“não é substituição, é empoderamento”)
  • Ética e governança como pilares de reputação corporativa

Ele conduz um programa de cultura de IA segmentado por público: 1 hora para conselho, 8 horas para CSC, trilhas customizadas para vendas B2B. “Do board ao assistente, todos precisam entender o impacto da IA.” Recentemente o executivo publicou um artigo em sua coluna aqui no portal Itshow sobre cases de Inteligência artificial para c-levels.

O executivo destaca que a participação ativa em eventos de tecnologia é um dos pilares para qualquer CIO que queira se manter relevante. Para ele, esses encontros não servem apenas para atualização sobre tendências, mas sobretudo para ampliar o networking com pares, trocar experiências práticas e conhecer de perto soluções que já estão transformando o mercado.

Como reconhecimento por sua trajetória, Rodrigo Silva foi convidado a ser embaixador do IT Summit 2025, que reunirá mais de 500 líderes de TI e Cibersegurança em São Paulo, com uma agenda dedicada a inovação, transformação digital e aos desafios reais da alta liderança.

Imagem destacando o evento IT Summit 2025
IT Summit 2025

Método ágil: Design Thinking + Scrum em sprints curtas

O modelo que trouxe sucesso para seus casos combina Design Thinking para discovery e Scrum para produção, com sprints de duas a quatro semanas. “Cada microentrega precisa mexer o ponteiro. É isso que engaja o board e mantém patrocínio, além do engajamento máximo da equipe.”

Mensagem final: IA para um futuro mais humano

Para CIOs sob pressão, Silva resume: “Entenda o negócio, priorize gargalos, entregue MVPs.” Ele encerra com uma visão inspiradora: “A inteligência artificial deve nos levar a um futuro mais humano, liberando tempo para o que realmente importa: as pessoas.”

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Marcio Montagnani
Marcio Montagnani
Especialista em Desenvolvimento de Negócios e Empreendedor, com mais de 15 anos de experiência na área de TI e Telecom, atualmente vem impulsionando o crescimento de negócios por meio de planejamento estratégico e soluções inovadoras. Buscando a excelência em todos os empreendimentos.
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