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domingo, setembro 21, 2025
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Vibe Coding: Por que todo executivo deveria conhecer

O mundo dos negócios está passando por uma transformação acelerada, impulsionada pela tecnologia, pela inteligência artificial e por novas formas de criar valor. Nesse cenário, surge o Vibe Coding, uma abordagem que une criação, validação rápida e engajamento contínuo, permitindo que líderes e executivos testem ideias, construam soluções e envolvam pessoas em tempo recorde.

Essa tendência emerge justamente em um momento em que o papel da liderança de TI vem se expandindo além da função técnica. Hoje, CIOs e CTOs assumem posições estratégicas nas organizações, sendo cobrados por velocidade, inovação e impacto direto nos resultados. O Vibe Coding nasce como resposta a essa pressão por agilidade e como um catalisador para a transformação digital efetiva, tirando a inovação do discurso e levando-a à prática do dia a dia corporativo.

O que é Vibe Coding?

Vibe Coding não é apenas programar. É uma mentalidade de criação ágil, em que o código (ou até mesmo o low-code/no-code) vira ferramenta para tirar ideias do papel rapidamente. A proposta é criar protótipos funcionais, validá-los com usuários e ajustar em ciclos curtos, trazendo velocidade e conexão com a realidade.

Mais do que tecnologia, é uma prática que ajuda executivos a experimentar, inovar e engajar times. Em vez de longos projetos que levam meses para entregar resultados, o Vibe Coding aposta em pequenas entregas de valor contínuo.

Esse conceito se aproxima de abordagens como Design Thinking e Lean Startup, mas com uma camada prática mais evidente. Enquanto metodologias tradicionais muitas vezes ficam no plano teórico ou em workshops isolados, o Vibe Coding exige colocar a mão na massa, ainda que em um nível conceitual. Isso muda a dinâmica organizacional e cria um senso de urgência positiva.

Criação: da ideia ao protótipo

Executivos muitas vezes têm grandes visões, mas encontram dificuldade em transformá-las em algo palpável. O Vibe Coding quebra essa barreira:

  • Permite traduzir ideias estratégicas em protótipos reais.
  • Conecta áreas de negócio e tecnologia de forma colaborativa.
  • Usa ferramentas acessíveis como Lovable.dev, que acelera a criação de aplicações web funcionais em minutos.

Ao estimular que a liderança participe do processo de prototipação, o Vibe Coding aproxima decisões estratégicas de testes práticos. Isso reduz o desalinhamento entre as expectativas da diretoria e as entregas técnicas, algo comum em projetos tradicionais de TI.

Validação: aprender com velocidade

No mundo atual, esperar meses para validar uma hipótese pode custar caro. O Vibe Coding traz a lógica de validar rápido, errar pequeno e ajustar continuamente. Com plataformas de prototipagem, executivos podem:

  • Testar soluções com clientes ou equipes internas de forma imediata.
  • Coletar feedback real e embasar decisões com dados e percepções.
  • Reduzir riscos de investimentos em iniciativas sem tração.

Esse ciclo curto de aprendizado está alinhado com o movimento das empresas que buscam “time-to-value” cada vez menor. Em setores como telecom e serviços financeiros, por exemplo, novos produtos digitais são lançados em semanas, e não mais em trimestres.

Engajamento: liderança que inspira

Mais do que criar produtos, o Vibe Coding cria engajamento organizacional. Quando um executivo participa ativamente da construção de soluções (mesmo que em nível conceitual), transmite três mensagens poderosas:

  • Proximidade com a inovação – não está distante da tecnologia.
  • Cultura de experimentação – todos podem criar, testar e aprender.
  • Velocidade como diferencial competitivo – a empresa acompanha a cadência do mercado.

Esse tipo de liderança tem efeito direto na cultura: equipes passam a se sentir autorizadas a inovar, arriscar e propor novas ideias sem medo de falhar, o que é vital para organizações que desejam se manter competitivas.

Diferenciais do Vibe Coding

  • Acessibilidade: não exige ser programador sênior para começar.
  • Ferramentas intuitivas como o Lovable.dev, Replit, Base44 e outras plataformas low/no-code.
  • Rapidez: ideias transformadas em protótipos em dias ou até horas.
  • Integração com IA: assistentes inteligentes ajudam a gerar código, design e fluxos.

Além disso, o Vibe Coding pode se tornar um vetor de transformação cultural. À medida que executivos utilizam essas ferramentas, tornam-se exemplos de protagonismo digital, sinalizando que a inovação é responsabilidade de todos, não apenas do time de TI.

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Ganhos para executivos e empresas

  • Decisões mais assertivas: baseadas em protótipos testados, não apenas em hipóteses.
  • Aceleração da inovação: novas soluções saem do papel rapidamente.
  • Redução de custos: erros e ajustes são feitos em escala menor, antes de grandes investimentos.
  • Cultura de protagonismo: executivos e equipes engajados no processo criativo.

Empresas que adotam essa mentalidade relatam maior alinhamento entre estratégia e execução, e ciclos de inovação mais curtos, o que se traduz em vantagem competitiva.

O Vibe Coding não é sobre programar, mas sobre viver a inovação. Para um executivo, significa transformar visões em realidade, inspirar times e criar impacto no mercado de forma ágil.

Em um mundo em que velocidade e adaptabilidade são diferenciais, conhecer e praticar Vibe Coding pode ser o divisor de águas entre liderar a mudança ou ser surpreendido por ela.

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Rodrigo Silva
Rodrigo Silva
Rodrigo Silva é executivo de TI com sólida trajetória em transformação digital, inovação e governança corporativa. Atuou em setores como energia, saúde, varejo, agronegócio e finanças, liderando programas de modernização tecnológica, integração de sistemas e estratégias de dados. Com experiência como conselheiro e membro de comitês de inovação e digital, contribui para processos de expansão nacional e internacional, M&A e IPO, sempre com foco em geração de valor e resiliência organizacional. Entusiasta de Inteligência Artificial, Data Analytics e automação, Rodrigo dedica-se a apoiar líderes e organizações a navegarem no futuro digital com visão estratégica, eficiência operacional e impacto positivo nos negócios.
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