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segunda-feira, abril 21, 2025
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Agro Security Summit: Cibersegurança no agronegócio – a visão de Nailson Rego sobre os desafios e oportunidades do setor

Durante a segunda edição do Agro Security Summit, realizado em 10 de abril em Ribeirão Preto, Nailson Rego, executivo com mais de 35 anos de experiência no agronegócio, compartilhou sua visão sobre os desafios e as oportunidades de segurança cibernética para o setor. Em conversa com Márcio Montagnani, diretor de portfólio e novos negócios da Biz Group e colunista do portal Itshow, Nailson discutiu a necessidade urgente de soluções específicas para o campo, como a proteção de dispositivos IoT e equipamentos de alto custo, além de ressaltar a importância de frameworks de segurança e da integração de diferentes gerações dentro das equipes de TI.

A necessidade de soluções personalizadas para o agro

Na entrevista, Nailson Rego destacou que o agronegócio precisa de soluções de cibersegurança específicas para as suas particularidades. “A gente não tem uma solução da porteira para dentro. O agro tem muitas coisas específicas”, afirmou. A digitalização do setor e a implementação de tecnologias como drones e máquinas de alto custo têm ampliado as vulnerabilidades, tornando essencial a adaptação das soluções de segurança cibernética.

Rego também apontou o aumento do uso de dispositivos IoT nas fazendas e a crescente digitalização do campo, que abrem portas para novos riscos. “A gente tem drones, tem máquinas de alto custo que estão aí dentro do campo. Isso exige um tipo de proteção mais robusto”, disse o executivo, ressaltando a complexidade de proteger as novas tecnologias em uso no setor agropecuário.

Frameworks e gestão de ativos: passos fundamentais para a segurança

Em seguida, Rego compartilhou sua visão sobre os frameworks de segurança. Para ele, o primeiro passo é escolher o framework adequado para a empresa. “O primeiro passo é escolher o framework. No caso, eu trabalho bastante com o Covid na versão 5”, explicou. Ele destacou que um bom framework não só orienta a escolha das tecnologias, mas também deve ser alinhado com os objetivos estratégicos da empresa, criando uma base sólida para a gestão de segurança.

Além disso, Rego enfatizou que a gestão de ativos é fundamental para garantir a segurança cibernética. “O primeiro passo zero é o seguinte: tem que conhecer a quantidade de ativos que eu tenho. Sem esse primeiro passo, eu não consigo proteger, eu não sei o que estou protegendo.” O executivo alertou que muitas empresas não sabem exatamente o que possuem em suas redes, o que torna a proteção de dados e sistemas uma tarefa difícil.

A importância da cultura organizacional de segurança

A cultura organizacional de segurança também foi um tema abordado por Rego. Ele acredita que a segurança cibernética deve ser responsabilidade de todos na organização, e não apenas da TI. “As pessoas têm que ter consciência, não seja só de TI, mas todos que sentam em uma cadeira, seja ela ou executivo”, destacou. Ele ainda compartilhou uma prática importante de sua rotina: o “Café com Soluções”, um encontro semanal onde diferentes áreas da empresa discutem as melhores práticas de segurança.

Além disso, o executivo sugeriu que práticas como essas são essenciais para criar uma mentalidade de segurança em toda a empresa. Rego explicou: “Algo que você for fazer, se for gerar algo inseguro, você precisa falar com o cara da segurança.” Para ele, essa colaboração é vital para garantir que a segurança cibernética seja uma prioridade para todos os setores da organização.

Engajamento das novas gerações e motivação nas equipes

Outro ponto relevante levantado por Nailson Rego foi sobre a integração das diferentes gerações dentro das equipes de TI. Ele observou que, embora a nova geração de profissionais de TI questione e busque entender o valor das ações, a experiência das gerações mais antigas ainda é essencial para a tomada de decisões estratégicas.

“Eu gosto de fazer bastante analogia. E eu falo para eles que o meu maior sonho é chegar no lugar de trabalho e não ver ninguém. Vai atrás de alguma coisa. Vai num evento. Vai atrás de conhecimento”, afirmou. Rego sugeriu que as equipes se motivem a buscar conhecimento de maneira contínua, seja em eventos ou em outras formas de capacitação. Para ele, a cibersegurança não pode ser tratada como um tema isolado, mas deve estar em constante evolução, o que exige um aprendizado contínuo.

Colaboração no agro: a chave para a segurança

Por fim, Rego destacou a importância da colaboração entre empresas do agronegócio para fortalecer a segurança cibernética. Ele mencionou que, no Hub Uniagro, um braço de segurança foi criado para promover o intercâmbio de informações e experiências entre as indústrias. “A gente está trocando informações entre as indústrias, entre as cooperativas, entre as usinas”, disse, reforçando que a troca de dados e conhecimento é essencial para se proteger contra as ameaças cibernéticas.

Essa colaboração, segundo o executivo, é fundamental para criar uma rede de proteção no setor agropecuário, permitindo que empresas compartilhem boas práticas e enfrentem as ameaças cibernéticas de forma mais eficaz.

Confira abaixo a entrevista exclusiva que Nailson Regoconcedeu ao Itshow durante a segunda edição do Agro Security Summit!

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