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terça-feira, junho 24, 2025
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Universo TOTVS 2025: Panorama IA 2025, metade das empresas brasileiras ainda não usa inteligência artificial, revela estudo da TOTVS

Durante a cobertura especial do portal Itshow no Universo TOTVS 2025, realizado nos dias 18 e 19 de maio, em São Paulo, foi apresentado oficialmente o estudo “Panorama IA nas empresas brasileiras” — uma iniciativa da TOTVS, maior empresa de tecnologia do país, em parceria com a H2R Insights & Trends. A coletiva de imprensa reuniu jornalistas, executivos de tecnologia e formadores de opinião do setor, com a presença de Dennis Herszkowicz (CEO) e Cristiano Nobrega (CDAIO) da TOTVS.

O levantamento trouxe dados inéditos e preocupantes: 50% das empresas brasileiras ainda não utilizam inteligência artificial de maneira estruturada. E, mesmo entre as que já iniciaram a jornada, apenas 7% conseguem extrair retorno mensurável do investimento em IA.

“O verdadeiro desafio não é apenas adotar IA, mas saber como, onde e por que usá-la. E hoje, infelizmente, o potencial estratégico da tecnologia ainda é subaproveitado pelas empresas brasileiras”, destacou Cristiano Nobrega, CDAIO da TOTVS.

Adoção lenta, valor percebido em baixa

Segundo o estudo, embora muitas empresas estejam dando os primeiros passos, a maturidade do uso da inteligência artificial no Brasil ainda é tímida:

  • 58% das empresas estão nos estágios iniciais de implementação;
  • 34% em nível intermediário, com algumas iniciativas estruturadas;
  • Apenas 8% se consideram em estágio avançado.

Esse dado revela um cenário de adoção fragmentada e, muitas vezes, sem planejamento estratégico, o que contribui diretamente para os resultados insatisfatórios. Apenas 20% das empresas que usam IA a veem como altamente estratégica. Em contraste, 42% consideram que a IA tem pouco alinhamento com os objetivos do negócio.

“Esses números mostram que muitas empresas ainda enxergam a IA como algo periférico, quando na verdade ela deveria estar no centro da transformação digital”, reforçou Nobrega.

A IA que as empresas conhecem (e a que ignoram)

O Panorama IA revelou que a maior parte das empresas relaciona o uso da tecnologia exclusivamente à IA generativa, como ferramentas de criação de conteúdo e imagens. Os principais usos citados incluem:

  • Geração de conteúdo textual e visual (33% e 29%, respectivamente);
  • Cibersegurança (21%);
  • Chatbots de atendimento (20%).

Esse comportamento reflete uma compreensão limitada do potencial da IA, ignorando soluções já consolidadas como modelos preditivos, machine learning e análises automatizadas, que há anos geram impacto direto em processos empresariais.

“A IA não é uma novidade. Está presente há muito tempo em áreas como previsão de demanda, precificação dinâmica, detecção de fraudes… mas muitas vezes ela passa despercebida por estar tão bem integrada à operação”, explicou Nobrega.

Ferramentas dominantes: da experimentação à integração

A pesquisa identificou que ferramentas de IA conversacional, como ChatGPT, Gemini e Claude, são as mais utilizadas no mercado (40%). Em segundo lugar, aparecem plataformas com IA embutida (33%), que integram recursos inteligentes em seus sistemas de forma quase invisível para o usuário.

Esse movimento reflete a crescente acessibilidade da IA, tornando-se um ponto de entrada prático e de baixo custo para as empresas, especialmente de pequeno e médio porte, que querem iniciar sua jornada digital.

O surgimento dos Agentes de IA: o próximo salto

Entre os temas mais debatidos na coletiva, o surgimento dos Agentes de IA ocupou lugar central. Nobrega explicou que esses agentes representam uma nova geração de soluções baseadas em inteligência artificial, que atuam como sistemas especialistas, autônomos ou semiautônomos, capazes de:

  • Responder a comandos complexos;
  • Tomar decisões;
  • Executar tarefas em tempo real;
  • Se adaptar ao contexto do negócio.

“Os Agentes de IA proporcionam um aumento sem precedentes da capacidade humana. Eles não apenas ampliam o que conseguimos fazer, mas também transformam a forma como pensamos a produtividade nas empresas”, disse Nobrega.

O ROI invisível e as barreiras à evolução

O dado mais preocupante do estudo é que apenas 7% das empresas brasileiras conseguem medir o retorno sobre o investimento (ROI) em inteligência artificial. Para os especialistas da TOTVS, isso está diretamente relacionado à falta de métricas claras, ausência de governança sobre dados e uso superficial da tecnologia.

As principais barreiras identificadas para adoção efetiva da IA incluem:

  • Preocupações com segurança da informação (36%);
  • Escassez de profissionais qualificados (35%);
  • Dificuldade de medir ROI (32%);
  • Resistência à mudança (24%);
  • Integração com sistemas legados (23%);
  • Falta de apoio da liderança (23%).

Esses dados reforçam a necessidade de um planejamento estruturado e multidisciplinar, capaz de alinhar a IA à estratégia da empresa e preparar sua infraestrutura para suportar modelos mais avançados.

Antes da IA, é preciso estar pronto para ela

Para a TOTVS, o sucesso na implementação de soluções baseadas em IA depende de pré-requisitos fundamentais, como:

  • Estar com o ERP na versão mais atualizada;
  • Ter infraestrutura em nuvem, garantindo escalabilidade e segurança;
  • Investir na qualidade e governança de dados.

“A IA depende diretamente da qualidade dos dados. Se a base estiver errada, a decisão estará errada. O trabalho começa muito antes do algoritmo”, ressaltou o CDAIO da TOTVS.

Perfil das empresas entrevistadas

O estudo envolveu 194 empresas brasileiras de diferentes portes e segmentos. A distribuição foi:

  • 25% grandes empresas (acima de R$ 300 milhões/ano);
  • 56% médias empresas (entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões);
  • 19% pequenas empresas (entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões).

Além disso, 78% dos entrevistados atuam diretamente na área de tecnologia, sendo a maioria gerentes de TI — público com influência decisiva na jornada de digitalização.

TOTVS: inovação como compromisso de longo prazo

A TOTVS investiu R$ 3 bilhões em pesquisa e desenvolvimento nos últimos 5 anos, com foco em tecnologias que aceleram a transformação digital de seus mais de 70 mil clientes. O investimento contínuo em IA está alinhado com sua visão de ser o trusted advisor das empresas que lideram setores estratégicos do Brasil.

“As empresas que movem o país fazem com TOTVS — e nosso papel é garantir que elas estejam prontas para o futuro. A IA é parte disso, mas não é tudo. É preciso estratégia, visão e execução”, concluiu Dennis Herszkowicz, CEO da companhia.

Para conferir o estudo na íntegra, acesse: https://conteudo.totvs.com/estudo-inteligencia-artificial

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