A digitalização deixou de ser tendência e passou a ser condição para competitividade no esporte profissional. Essa foi a principal mensagem de André Gaspar, CEO e fundador da Pro Soccer, durante o SecOps Meetup Football 2025, evento que reuniu executivos de tecnologia e líderes do setor esportivo no Rio de Janeiro.
Em entrevista ao portal Itshow, Gaspar explicou que a Pro Soccer nasceu com o propósito de resolver um problema crônico na rotina de clubes: a fragmentação dos dados em múltiplas planilhas e sistemas isolados, que dificultam a tomada de decisões rápidas e baseadas em evidências.
“Muitas vezes os profissionais trabalham de forma descentralizada, cada um com suas planilhas e sistemas, e isso prejudica a rotina do atleta. Quando unificamos os dados em uma plataforma, todos passam a atuar na mesma página, o que facilita detectar problemas, prevenir lesões e otimizar o dia a dia do clube”, afirmou o executivo.
Segundo ele, esse modelo centralizado reduz ruídos entre departamentos, melhora a comunicação entre profissionais de diferentes áreas e garante uma visão única da operação, o que permite decisões mais ágeis e assertivas.
Automação e governança de dados reduzem atrito operacional
Além de unificar os dados, a plataforma da Pro Soccer automatiza fluxos de trabalho antes manuais, liberando tempo para as equipes técnicas e administrativas focarem na performance dos atletas. Gaspar destaca que a solução foi construída com foco na usabilidade, reduzindo o atrito de uso, algo que considera fundamental para a adoção tecnológica nos clubes.
“Nossa prioridade foi criar uma solução intuitiva, que reduz o atrito no uso e facilita o trabalho do profissional. Em vez de preencher várias planilhas, ele insere os dados uma única vez e já conta com dashboards e análises automáticas”, explicou.
O executivo também alertou que a inteligência artificial só entrega valor quando há dados bem estruturados. Sem governança, os algoritmos não conseguem gerar insights confiáveis.
“Se as informações estiverem espalhadas em planilhas, não há como gerar insights. Com dados centralizados, a IA consegue prever cenários e apoiar decisões estratégicas nos clubes”, disse.
Expansão além do futebol e presença entre os grandes
Apesar do nome, a Pro Soccer já atua em diversas modalidades esportivas, como rugby, basquete, futsal e vôlei, além de manter contratos com metade dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro e com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na entidade, a solução é usada desde as categorias de base até o futebol feminino, apoiando a análise de desempenho e a prevenção de lesões.
“Mesmo nos chamando ProSoccer, rapidamente vimos que nossa solução se aplica a diferentes modalidades e estamos expandindo esse leque cada vez mais”, afirmou Gaspar.
Essa escalabilidade e a arquitetura modular da plataforma têm sido diferenciais competitivos, permitindo que a empresa avance também em mercados internacionais.
TI assume papel central na gestão esportiva moderna
Gaspar defende que a transformação digital no esporte depende do protagonismo das áreas de tecnologia. Para ele, o TI deixou de ser suporte e passou a ser o eixo central que conecta performance, saúde, logística e administração dentro dos clubes.
“Participar de eventos como este é essencial para conectar tecnologia, saúde e performance esportiva. O TI faz a ponte entre todas as áreas e viabiliza a gestão completa de um clube”, afirmou durante o SecOps Meetup Football 2025.
Segundo o executivo, a digitalização está promovendo uma mudança de mentalidade no setor: gestores esportivos precisam pensar como executivos de tecnologia para manter seus clubes competitivos.

Digitalização não é opção: é sobrevivência
Encerrando a entrevista, Gaspar fez um alerta direto aos dirigentes que ainda resistem à transformação digital. Na visão dele, o avanço da tecnologia é irreversível, e os clubes que não investirem em digitalização ficarão para trás.
“Digitalização é inevitável. O mundo gira em torno disso e os clubes que não adotarem essa mentalidade vão ficar para trás”, concluiu.
A Pro Soccer mostra como dados, automação e IA estão redefinindo a gestão esportiva, e como o TI passou a ser estratégico nos clubes.
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