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quarta-feira, fevereiro 5, 2025
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Do Risco à Resiliência Cibernética: A Ascensão do Líder de Segurança Orientado a Negócios

Em um cenário de ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas, a segurança digital deixou de ser uma preocupação exclusiva da TI. Hoje, a resiliência cibernética é um pilar estratégico para qualquer organização, impactando diretamente a continuidade dos negócios, a reputação e até mesmo a sobrevivência da empresa.

No entanto, a realidade brasileira é preocupante: segundo o Índice de Preparação para Cibersegurança da CISCO de 2024, apenas 5% das empresas no Brasil são resilientes contra os riscos cibernéticos. Esse dado alarmante reforça a necessidade urgente dos gestores de TI e Segurança adotarem uma abordagem estratégica e comunicarem o valor da segurança de forma clara e impactante para o conselho.

A lacuna da comunicação: Métricas operacionais x Métricas de negócio

Apesar da importância da cibersegurança, muitos gestores de TI e Segurança ainda enfrentam dificuldades em comunicar seus esforços e resultados de forma clara e impactante para o conselho. A linguagem técnica e o foco em métricas operacionais, como número de vulnerabilidades ou tempo de resposta a incidentes, muitas vezes não traduzem o real impacto da segurança para o negócio.

Essa desconexão entre a linguagem técnica da segurança e a visão estratégica do conselho cria um obstáculo para a tomada de decisões eficazes. Afinal, como investir em segurança se seus benefícios não são compreendidos? A comunicação eficiente, com foco no impacto da segurança para o negócio, é a chave para superar esse desafio.

Ao traduzir métricas operacionais em indicadores de risco e oportunidades, os gestores de TI e segurança podem demonstrar o valor de seus esforços para a continuidade das operações, a proteção da reputação da empresa e a geração de valor para os stakeholders. Essa mudança de perspectiva, de um olhar puramente técnico para uma visão estratégica, é fundamental para que a segurança seja reconhecida como um ativo essencial para o sucesso do negócio.

A necessidade de uma nova abordagem: Traduzindo a resiliência cibernética em valor de negócio

Para transpor a barreira da comunicação e garantir que a resiliência cibernética seja compreendida e valorizada pelo conselho, os gestores de TI e segurança precisam dominar a “linguagem do negócio”. Isso significa ir além das métricas operacionais e traduzir o impacto da segurança em termos que ressoem com os objetivos estratégicos da empresa. Ao conectar a segurança a metas como aumento de receita, redução de custos ou melhoria da experiência do cliente, os gestores demonstram o seu valor tangível para o negócio.

Além disso, quantificar o impacto financeiro dos riscos cibernéticos, incluindo perdas de dados, interrupção de operações e danos à reputação, permite que o conselho visualize o custo potencial de negligenciar a segurança. Por fim, evidenciar o retorno sobre o investimento (ROI) em segurança, seja pela prevenção de perdas ou pela otimização de recursos, reforça a importância da segurança como um investimento estratégico, e não apenas um custo. Essa abordagem baseada em valor permite que os gestores de TI e Segurança se posicionem como parceiros estratégicos do negócio, influenciando decisões e garantindo que a segurança seja parte integrante da estratégia da empresa.

Além do operacional: A cibersegurança como vantagem competitiva

A evolução da cibersegurança nos negócios transcende a mera operação técnica, exigindo que os gestores de TI e Segurança a compreendam como um ativo estratégico que agrega valor e diferencia a empresa no mercado. Para alcançar esse patamar, é crucial integrar a segurança à cultura da empresa, promovendo a conscientização e o engajamento de todos os funcionários, criando assim uma cultura de responsabilidade compartilhada em relação à proteção dos ativos digitais.

Tela de interface de usuário tocada por uma mão, mostrando gráficos e ícones de cibersegurança, destacando a resiliência cibernética.
Imagem gerada por Inteligência Artificial

Além disso, adotar uma abordagem proativa de gestão de riscos, identificando e avaliando continuamente as ameaças cibernéticas, implementando medidas preventivas e planos de resposta eficazes, é essencial para minimizar o impacto de possíveis incidentes. A gestão da segurança da cadeia de suprimentos também se torna vital, avaliando e monitorando os riscos associados a fornecedores e parceiros, garantindo a segurança em toda a cadeia de valor. O acompanhamento contínuo do desempenho dos controles de segurança, identificando e corrigindo lacunas, demonstra a maturidade da organização em relação à segurança.

Por fim, é fundamental ir além da simples existência de ferramentas de segurança, focando na efetividade dos controles e sua capacidade de proteger a organização como um todo, assegurando que a cibersegurança seja um pilar estratégico para o sucesso do negócio.

O gestor de TI e Segurança como líder estratégico

O gestor de TI e Segurança que domina a linguagem do conselho e compreende a cibersegurança como um ativo estratégico tem a capacidade de influenciar diretamente as decisões estratégicas da empresa. Ao apresentar informações relevantes e impactantes sobre os riscos e oportunidades da segurança cibernética, ele se torna um conselheiro valioso, capaz de guiar a organização em direção a um futuro mais seguro e resiliente. Essa habilidade de traduzir a complexidade técnica em termos de negócio permite que o gestor justifique investimentos em segurança, priorizando ações com base no impacto real para a empresa, otimizando recursos e maximizando o retorno sobre o investimento.

Em suma, a cibersegurança não é mais um domínio isolado da TI, mas sim um imperativo estratégico que permeia todos os níveis da organização. O gestor de TI e Segurança que almeja liderar nesse cenário desafiador precisa transcender o papel técnico e se tornar um verdadeiro parceiro de negócios. A capacidade de comunicar o valor da segurança em termos de impacto financeiro, continuidade das operações e proteção da reputação é o que separa os líderes visionários daqueles que se limitam a apagar incêndios.

A jornada para se tornar um líder de TI e Segurança baseado em negócios exige mais do que conhecimento técnico. É preciso desenvolver habilidades de comunicação, gestão de riscos e pensamento estratégico, sempre com o objetivo de traduzir a complexidade da cibersegurança em ações concretas que impulsionem o sucesso da organização.

Aqueles que abraçarem essa transformação estarão preparados para liderar suas empresas em direção a um futuro mais seguro, resiliente e próspero, conquistando a confiança dos stakeholders e consolidando a segurança como um pilar fundamental da estratégia de negócios.

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